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A base da maquilhadora Violette

Falámos, em exclusivo, com a embaixadora da La Mer sobre os truques, os conselhos e o que não pode deixar de fazer para ter uma tez perfeita.

Cabelo castanho-escuro, franja quase a tapar os olhos num risco – que não é bem risco – ao meio, um intenso bâton vermelho mate, mas sem muito mais maquilhagem à vista. É este o look de assinatura da maquilhadora francesa Violette Serrat e é assim que fala à imprensa, em Madrid, na apresentação da nova linha de maquilhagem Skincolor, da La Mer.

Violette é uma das três maquilhadoras internacionais que deu apoio criativo ao desenvolvimento desta nova linha da marca norte-americana especialista em regeneração da pele. Conhecida por uma abordagem da maquilhagem como forma de arte, mas com um look fresco, Violette leva já uma longa lista de nomes sonantes no seu portfólio, tanto do universo da beleza – Dior, M.A.C., Sephora, Kiko, Maybelline –, como fotógrafos – Karl Lagerfeld, Mario Sorrenti –, e publicações internacionais – várias edições da Vogue, Harper’s Bazaar, Interview, Dazed & Confused.

Especialista em maquilhagem de editorial, em revistas, e para desfiles, a maquilhadora francesa acaba de lançar o seu próprio canal de Youtube, onde partilha dicas e tutoriais, sempre com a sua assinatura, muito francesa.

Foi ela, como embaixadora e porta-voz da La Mer para a Europa, que apresentou uma das principais novidades da marca para este outono, a Skincolor, uma linha que inclui uma base fluída (em oito tons), um corretor (em três tons), um pó solto e dois pincéis.

A LuxWOMAN falou em exclusivo com Violette sobre maquilhagem e tudo o que devemos ter com conta na escolha e aplicação da base. Mas não só. Entre uma pergunta e outra, faça uma pausa e aprenda a lição com vários tutoriais da maquilhadora em video.

Quão importante é a base para si?

Acho que o mais importante é a pele e, por isso, temos de nos perguntar, primeiro, se realmente necessitamos de base e, se sim, que tipo de base, porque cada pessoa é diferente. Há quem precise de muita ou muito pouca cobertura. Depois disso, é preciso encontrar uma boa base para trabalhar. Gosto de bases como esta [The Soft Fluid Longwear Foundation, da La Mer] porque se adapta a todas as necessidades, ao poder ser usada numa camada fina e translúcida ou então em camadas, para uma cobertura maior, mas com um acabamento natural.

Para mim é a melhor base para isso. É engraçado o que aconteceu há pouco [várias jornalistas debateram-se durante a apresentação sobre se se importam que a base seja percetível à vista ou não], porque algumas mulheres diziam “eu não me importo se se nota que tenho maquilhagem, o que me interessa é ter uma cobertura total”. Mas agora, já não é preciso escolher. Porque é que não posso ter uma cobertura total e ainda assim ter um aspeto natural? Antes, isso não era possível. É por isso que as mulheres pensam que têm de escolher, mas já não precisam.

Que cuidados tem com a pele antes de aplicar a maquilhagem?

O cuidado da pele vem em primeiro lugar, é o básico, porque pode melhorar tanto a pele que a aplicação da base se torna muito mais fácil. Por isso, para mim, o cuidado faz parte da própria maquilhagem. A cor da tez é o último passo dos cuidados do rosto. Não tem a ver com maquilhagem, mas sim com a forma como consegues uma pele perfeita, não apenas com os produtos que se aplicam, mas com os cuidados antes dessa aplicação. A maioria das pessoas não sabe como cuidar do rosto e lavam a pele com produtos que são muito agressivos… este tipo de cuidados são essenciais!

Quais são os priores erros que se cometem na aplicação da base? Nem tudo se resume a uma boa técnica, não é assim?

A técnica que usei ainda há pouco é muito simples, usei apenas um pequeno pincel para aplicar a base e depois finalizei com os dedos. As mulheres pensam que têm de ser profissionais para obter bons resultados, mas não é verdade! Acho que o primeiro erro é não se questionarem sobre o que pretendem. A técnica é saber o que se quer. A razão pela qual se começa a aplicar a base do centro do rosto para fora é porque, por vezes, é só aí que precisamos dela.

Como prefere aplicar a base: com os dedos, um pincel ou uma esponja?

Depende, uso tanto os dedos e os pincéis, como as esponjas. Em mim, nunca utilizo pincéis, porque gosto de sentir o produto nos dedos, mas nas minhas clientes, utilizo pincéis e por vezes também os dedos, porque me permitem ter um maior controlo. Os dois pincéis desta nova linha da La Mer (um para a base e outro para o pó solto), são muito práticos, especialmente o da base, porque facilita a criação de uma tez natural, mas, ainda assim, sofisticada. Contudo, quem prefere uma maior cobertura com efeito segunda pele, fará melhor em usar uma esponja. Depende, de facto, do que se pretende.

O que vem em primeiro lugar: o tapa-olheiras ou a base?

Mais uma vez, depende. Para mim, é o tapa-olheiras porque, depois de disfarçadas as olheiras, posso olhar melhor para o meu rosto e ver aquilo de que realmente preciso, o que até pode nem ser muito mais. Para algumas pessoas, a aplicação apenas da base é suficiente para melhorar o rosto, sem sequer de precisarem de tapa-olheiras. Diria então que, se for necessário esconder algumas manchas específicas, comece pelo tapa-olheiras, para conferir uma textura mais seca, e depois aplique a base.

Utiliza pó solto para fixar a base?

Sim, para ajudar a fixar a base e o tapa-olheiras. Este pó da La Mer é uma ferramenta muito interessante para trabalhar, porque é translúcido, não reforça a visibilidade das rugas, nem muda a cor da tez.

Como escolher a base ideal: o que fazer e não fazer?

Primeiro, é necessário encontrar o tom mais ajustado à pele, nem demasiado claro, nem escuro. Para isso, é preciso experimentar um tom mais claro e um tom mais escuro, para saber qual é efetivamente o certo. O que não fazer: se tiver a pele avermelhada, poderá pensar que uma base mais clara seja a ideal, mas por experiência própria, funciona melhor uma mais escura.

Como é que consegue fazer com que a base perdure nos dias mais quentes?

Primeiro é necessário um bom cuidado do rosto e bons hábitos alimentares, acho. Por exemplo, quem tem uma pele oleosa, não vai usar um hidratante em demasia, mas, na verdade, o que a pele precisa é… de água! O ideal é conhecer bem a pele, ter bons cuidados de rosto e depois usar uma base como esta, adaptável. Quando o tempo está mais quente, por vezes a minha pele só precisa de base em torno dos olhos, do nariz e entre as sobrancelhas, nada mais.

O que pensa do contouring?

Em vídeos e fotos, tudo bem, não consigo parar de olhar, é uma transformação tão grande! Mas na vida real, não funciona. Adoraria ver aquelas mulheres, adeptas do contouring, à luz do meio-dia… não seria nada bom de se ver! Essa é a primeira razão por que não acredito nesta técnica. Além disso, existe um forte padrão de beleza, japonês, que nós, as mulheres francesas, adoramos. Se alterarmos muito os nossos traços, como uma cirurgia, de cada vez que nos olharmos ao espelho ao acordar, entraremos em choque… devemos conseguir olhar para o rosto e dizer: ‘Ok, esta é a minha cara. O que posso fazer para melhorá-la?’ Os defeitos, esses, são o que nos identifica.

“As tendências não me interessam. A maquilhagem baseia-se mais na atitude, no tipo de rapariga queremos ser”, disse numa entrevista este ano. É uma visão muito interessante…

A minha formação é em Belas-Artes e Moda, nunca estudei maquilhagem. O que julgo ter aprendido com estes dois cursos é a vestir um rosto com maquilhagem como uma peça de moda, um ‘statement’ de beleza. Ao mesmo tempo, é como pintar, conseguindo os tons certos, etc.

A maquilhagem é uma forma de expressão, uma atitude e depende de como nos sentimos. Se escolhemos uma cor alegre, teremos sentimentos mais alegres. E quando usamos bâton vermelho, sentimo-nos efetivamente diferentes. Se há um dia que não se esteja a sentir muito bem consigo mesma, basta colocar um intenso e luminoso bâton vermelho mate para o dia ser logo diferente.

As tendências são ótimas para me sentir inspirada, para trabalhos artísticos, mas na rotina diária, temos de ser o nosso típico ‘eu’. Por favor, não siga apenas as tendências. Siga antes os seus instintos.

Base: prefere textura em creme, líquida ou pó?v

Prefiro a líquida, é muito prática de aplicar, mas esta textura não se adequa a todos os tipos de pele.

Bâton: gloss ou mate?

O meu look de assinatura é mate, sem dúvida!

Três passos básicos de maquilhagem antes de sair de casa, para as mais preguiçosas.

Uniformizar o tom pele (esconder a vermelhidão, algumas manchas mais indesejadas) com base e/ou corretor, de acordo com o que se pretende, fixar com um pouco de pó solto, máscara e bâton. Deixo uma dica: usar o bâton nas maçãs do rosto e, até, nas pálpebras. Estará pronta em dois segundos. É a mais básica das maquilhagens, mas faz toda a diferença!

Na LuxWOMAN de novembro, agora em banca, descubra outras novidades da temporada no universo das bases, corretores, pós, contouring

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