Jornalista de formação, mãe orgulhosa de uma menina-bebé, apaixonada pela luz natural e pelas coisas simples da vida. Vive bem perto do Porto, à beira-mar, com a maresia a entrar pela janela a cada novo dia. Nas horas vagas, dedica-se de corpo e alma à fotografia.
Colabora com a edição online da revista Visão, na rúbrica “Tapas, Vida e Viagens”, na qual dá a conhecer restaurantes, hotéis e sítios interessantes que merecem ser visitados; e também com o caderno P3 do jornal Público, em que partilha receitas saudáveis. Sempre que pode, parte pelo mundo fora em busca de novas culturas e sabores.
Mini Bio:
No meu blog encontra: Muita fotografia de autor, receitas, projetos D.I.Y., trivialidades e pormenores do dia a dia, sítios que me marcam e muitas aventuras em viagens por esse mundo fora.
Café Vitória
O Café Vitória, no Porto, convida-nos a entrar, a sentar, a relaxar sem pensar no que vem a seguir. Somos embalados ao som de músicas do mundo, enquanto nos demoramos na difícil tarefa de escolher um snack para almoçar. É tudo tentador, desde os ovos mexidos com farinheira aos minipregos de lombo com mostarda de Dijon. Persuadidos na preguiça de fim de semana, por ali vê-se gente que lê demoradamente o jornal, enquanto saboreia um petisco ou um dos muitos chás que este café tem à disposição. Nos dias de verão, a esplanada ao ar livre é a cereja no topo do bolo.
Eurostars Douro Hotel
Um hotel fluvial na margem do Douro, camuflado em plena natureza. Este pequeno paraíso fica a quarenta quilómetros da Foz, no Porto, fundido na encosta à beira-rio, entre os socalcos das vinhas que serviram de inspiração ao arquiteto João Pedro Serôdio. Os 42 quartos gozam de imensa luz natural e de uma vista panorâmica sobre a grande serpente azul. Como se a tranquilidade envolvente não bastasse para relaxarmos, o hotel dispõe ainda de um spa com piscina interior, sauna e todos os serviços de massagem e beleza.
No restaurante panorâmico, podemos degustar o melhor da gastronomia local e provar o melhor dos vinhos. As noites de verão são quentes e propícias a saborear as estrelas e os sons do rio numa das confortáveis esplanadas do hotel. Quem não se sente rejuvenescido ao acordar literalmente em cima do rio?
A Sandeira
São, provavelmente, as melhores sandes do Porto. Maravilhosas combinações de sabores, num pão fresquinho, acompanhado de uma limonada caseira. Desta vez, provámos a sandes Douro [de frango, queijo de cabra e maçã], e a D. Luís [de presunto, brie e tâmaras].
O espaço é pequeno, colorido e acolhedor, e a música de fundo é um mimo: músicas do mundo, cubana e brasileira, reggae ou indie. Ao fim de semana, A Sandeira está aberta até à meia-noite. Para descobrir os sabores destas sandes com nomes que homenageiam a Invicta, só precisamos de acompanhá-las de um copo de vinho.
Leitaria da Baixa, Porto
Um lugar amoroso e extremamente acolhedor, com a sua esplanada com cadeirinhas de madeira, flores, andorinhas esvoaçantes nas paredes e muitas coisas boas para comer. As opções são muitas, mas recomendo vivamente os croissants estaladiços, os queques de cenoura com recheio de chocolate e os cremosos capuccinos. Depois? Depois um passeio pela baixa mais bonita do país é o melhor início de fim de semana que podemos ter.
Mercado Biológico
Sábado é dia de Mercadinho Biológico. Nesta feirinha, podemos encontrar de tudo um pouco, desde legumes frescos a fruta da época, leguminosas e frutos secos. Tudo devidamente certificado.
É bom saber que, pelo menos neste tipo de mercados, os produtos não têm tantos pesticidas e, na sua produção, foram tidas em conta formas sustentáveis para a não-agressão do ambiente.
Este mercadinho tem a vantagem de acontecer no maravilhoso Parque da Cidade, convidando a um passeio demorado na melhor companhia, enquanto saboreamos uma deliciosa broinha caseira de batata-doce.
Baía de Halong
O lugar que mais me marcou e encantou na Ásia foi esta baía vietnamita, classificada pela Unesco como Património Mundial. Não é de admirar. Ao velejar entre os seus 2000 rochedos, somos transportados para um majestoso cenário de piratas, povoado por ilhas, cavernas, praias e formações rochosas de tirar o fôlego. Depois, é deixarmo-nos ir com a paz profunda das águas da baía, explorar os preciosos recantos num caiaque e relaxar nas águas quentes ao pôr do Sol.
O doce balanço da água e da brisa morna das ilhas faz-nos acreditar que sim… Existe mesmo um Paraíso Mágico na Terra, ou não fosse este o lugar que serviu de inspiração ao filme ‘Avatar’.
Kruger Park
O maior parque natural da África do Sul, com 19 mil quilómetros quadrados, é um santuário de vida selvagem e o mais visitado por turistas em busca de safaris. Foi uma das experiências mais excitantes que vivi até hoje.
Não é para menos, nem é todos os dias que ficamos a poucos metros de distância (dentro de um jipe descapotável, sem qualquer proteção) de hipopótamos, girafas, zebras, leões, elefantes, búfalos, leopardos e todas as criaturas maravilhosas e livres que vivem na selva.
Maputo
Em Maputo, senti-me em casa. Fala-se a nossa língua, as pessoas são calor em forma humana, o cheiro, a beleza da cidade, as acácias, os jardins, o passado e bonitas memórias da minha família. Ali há um calor húmido, há o cheiro a terra fundido com o aroma de fruta e flores, a consciência de ‘tempo’ que não foge, a calma, o jeitinho de vida relaxado.
As praias de águas transparentes, tépidas e cristalinas, as areias finas, os coqueiros (que de vez em quando fazem das suas). Um pôr do sol arrebatador como nunca vi em lado algum, aquela luz que só mesmo em África se consegue vislumbrar. O andar a pé descalço, a vida ao ar livre e em contacto com a natureza. É África… Que mais poderei acrescentar?
