Rita Alves. 37 outonos. Mãe de um Guerreiro de Voz Branca com 5 anos. Professora de 1º ciclo e coordenadora do Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa (Instituto Piaget). Licenciou-se em Educação Física e sempre se dedicou à condição física… das palavras. “Gosto de pensar nas palavras e de escrever. Tenho vários sonhos, mas o que me traz a esta página é: parar no meu tempo diário, encontrar-lhe algo de bom e escrevê-lo”.
Mini bio:
Idade: Quase 38 outonos
Naturalidade: Lisboeta, mas de alma alentejana
Blog: Beijos Sabura
No meu blogue encontra: Beijos Sabura, que são momentos de prazer e muita alegria. Beijar Sabura é querer olhar, sentir e partilhar pequenos nadas que nos enchem a alma: um sonho, uma palavra, uma música, um gesto, um pensamento, uma vontade, uma ideia, uma luta, um início ou um fim. No Beijo Sabura encontra tudo o que possa ficar à memória da pele!
Locais sagrados em Portugal – Pôr do sol de Sagres
Sou rapariga para apontar sempre as coordenadas para sul. Das várias paisagens pintadas de dourado, azul e verde que existem por aquelas bandas, há algumas que são sagradas. Sagres é uma das minhas paisagens preferidas, serve para renovar, esfoliar e acalmar a mente. Agradeço ao Universo todos os espetáculos que se passam por lá: o pôr do sol, o vento, o recorte da costa. Outro espetáculo bonito em Sagres, mas que já paga imposto, é o restaurante A Sagres do simpático Sr. João. Passem por lá e peçam-lhe todos os mimos que a casa oferece. Nesta rota pelo Barlavento, também é obrigatório visitar o mar da Praia do Beliche, do Zavial, da Carrapateira e, a Sotavento, ir até Cacela (onde não se pode falhar a Casa Azul).
O Alentejo
Costumo dizer que sou alentejana em tudo menos na naturalidade e nos coentros (detesto-os). Toda a minha família é ribatejana e albicastrense, não há ninguém alentejano, por isso creio que este amor é uma ligação cósmica. A paisagem alentejana é leito materno, é tranquilidade. O sotaque das suas gentes é o que mais me encanta, soa a embalo. Colando o sotaque à música, surge o cante alentejano, para mim um hipnotizador. Adoro Vila Viçosa mas nunca lá estive, ainda hei de perceber esta fixação…
Contadores de histórias – Nicolás Buenaventura Vidal
A primeira vez que ouvi uma história contada por um ‘profissional’ foi em 2001, a partir desse momento nunca mais me escaparam do ouvido. Há gente maravilhosa a contar histórias, na realidade todos somos contadores, mas há pessoas verdadeiramente dotadas para tal. Desafio-vos a espreitarem um serão de contos, ou um encontro de narração. Em Portugal já temos bons festivais de narração, eu destaco ‘Palavras Andarilhas’ (bianual, início de setembro), em Beja.
Aqui ao lado, em Guadalajara de Espanha, todos os anos, na segunda semana de junho, podemos assistir a uma verdadeira maratona de contos durante várias dezenas de horas! Vale a pena! Depois, podem ainda procurar as vozes dos seguintes contadores: Nicolás Buenaventura Vidal (Colômbia), Carles García Dominguez (Espanha), Tim Bowley (Inglaterra), Cristina Taquelim (Portugal) e as vozes de todos os vossos amigos.
Viagens – NY
Quase todos os dias viajo na Maionese Airlines, é um sonho maravilhoso e já fiz várias voltas ao mundo. Mas no mundo real, prefiro viajar para sul, e para países onde possa chocar com o seu mundo. A Nova Iorque foi a minha viagem de emancipação e a que fiz ao deserto do Saara, a mais surpreendente. Vou gostar de conhecer Cabo Verde, Israel, Colômbia, Austrália, Timor, Vietname…
Aromas – Jo Malone
Quando tinha uma cútis esticada, não ligava nenhuma a cremes, mas aos 24 anos apaixonei-me pela Clinique e aos 35 pela Clarins. Em equipa que ganha não se mexe. Tal como nos cremes, não mexo na equipa de perfumes: Jo Malone (Orange Blossom), L’Eau d’Issey Miyake e L’Eau par Kenzo. A desaparecida linha Kenzo Ki – pelo menos em Portugal – era a que me completava na perfeição. Mas a minha fixação é por bâtons do cieiro!
Educação – Sebastião da Gama
Sempre exerci a minha profissão na valência do primeiro ciclo, considero-me uma sortuda. A minha área preferida é a iniciação à leitura e à escrita. Acredito numa educação diferenciada, cooperada, participativa e repleta de amor. Gosto de caminhar com o João dos Santos, o Agostinho da Silva, o Movimento da Escola Moderna, o Sebastião da Gama, o Vygotsky, a minha professora primária, os meus amigos professores e, sobretudo, com cada uma das crianças que está à minha frente. E acredito que “Pelo sonho é que vamos”!
Literatura infantojuvenil – ‘A Árvore Generosa’
Trabalho e invisto nesta área há cerca de 13 anos. É uma das melhores ferramentas para a aprendizagem da leitura e da escrita, e não só!
Em Portugal temos excelentes escritores, dois dos quais me impressionam pela capacidade de brincar com as palavras: o António Torrado e o Álvaro de Magalhães. O meu livro? ‘A Árvore Generosa’, de Shel Silverstein, (Bruaá Editora).
Petiscos e amigos – Estrela da Bica
Prefiro petiscar a fazer uma refeição completa. Não gosto de cozinhar.
O melhor sítio para sair: Lisboa, onde a noite começa por uma cerveja numa esplanada, passa para um jantar na Estrela da Bica (aberto só para jantares), desce para o Cais do Sodré ao Bar da Velha Senhora e termina com umas mornas no B’Leza, onde, mais do que dançar, gosto de ver os outros dançar. Tudo isto regado por bons amigos, abraços fortes e muitos sorrisos.
Sol e Mar – sol e mar
Morando na margem sul do Tejo, aproveito muitos instantes para terminar o dia, com o meu filho, junto ao mar. Entregamos ao Rei Neptuno as palavras que nos magoaram durante o dia e ficamos com a certeza de que ele nos devolverá palavras bem mais bonitas. Preciso de sol e de mar.
Música
Convido o Vinicius de Moraes a todas as horas e para todos os lugares; o Gonzaguinha com o “O que é, o que é”, para levantar ainda mais energia positiva; o Ayub Ogada, para trabalhar concentrada; o Jorge Palma, para cantar no carro com o meu filho; a Cesária Évora e o Tito Paris, para dançar de olhos fechados; os Real Combo Lisbonense, para o bailarico.