Adjetivar-me a mim própria é um exercício difícil, o que acontece é que geralmente nos refugiamos nos factos. Por isso vamos lá, deixando os adjetivos para quem me conhece. Tenho 36 anos, vivo perto do mar da Aguda, numa das praias mais bonitas a sul do rio Douro, sou uma mãe galinha de duas miúdas giras e mulher feliz de um rapaz simpático.
Em tempos, criei um blog chamado ‘Raparigas Como Nós’, não como uma ode à juventude eterna, que eu não procuro, mas porque acho difícil encontrar uma boa forma de nos dirigirmos a uma mulher sem ser pelo nome, e entre amigas sempre que falamos de um ser feminino dizemos ‘aquela rapariga’. Acho simpático o ser ‘rapariga’.
Este blog ainda me acompanha e é a base de muita coisa que fui fazendo na web. Sou engenheira de formação e atualmente trabalho na personalização de blogs, faço comunicação online para empresas e presto serviços na área do marketing. O meu trabalho é o reflexo de um caminho, e ultimamente tenho mudado muito, pelo que me especializei na adaptação e no ajuste rápido às condições da vida.
Não parar é o mote. Conseguir ter imaginação e energia para tudo é a dificuldade. Trabalho sozinha a maior parte do tempo, mas gostaria de trabalhar mais com outros. A engenharia é a minha formação de base e a escola que me ensinou a pensar, a inventar e a aprender.
Já achei que ia viajar pelo mundo, viver sem grandes laços a pessoas ou lugares, mas depois descobri que isso não era aquilo que eu queria. Fui perdendo pessoas, laços e lugares, e ganhando uma necessidade enorme de criar novos. Ultimamente, os únicos meios de transporte que me levam pelo mundo são a imaginação e a internet. Talvez num futuro próximo volte a andar mais nos comboios e aviões da vida, mas, neste momento, é em casa, com a família, o sítio onde mais quero estar.
Mini Bio:
Nos meus blogs, encontra: Tenho um blog pessoal onde partilho coisas do dia a dia, fotografias que vou tirando, projetos de que gosto, pequenas entrevistas, moda e decoração. O ‘Muda de Página’ é o blog em que partilho o meu trabalho de personalização de blogs.
Peixe escalado
Gosto de quase tudo o que vem do mar, mas um bom peixe, fresco e bem cozinhado, é o rei das minhas preferências. Não sei porquê, mas acho que os algarvios o sabem fazer melhor do que nas outras regiões. Se juntarmos ao bom peixe uma boa localização perto de pescadores, como o Sueste em Ferragudo ou o Algar na praia de Benagil, então temos a refeição perfeita.
Velho
Gosto de colecionar e apreciar coisas e lugares com uma vida longa, anterior à minha. Sou frequentadora de feiras de velharias, casas de caridade, vendas online de vintage, lixo alheio e tudo em que se pode ver e comprar coisas velhas. Apesar de apreciar o moderno e a tecnologia, há algo nas peças de há décadas que exerce uma grande atração em mim. Tenho uma vasta coleção de coisas espalhadas pela casa, que fui reunindo ao longo dos anos. Já é muita coisa para a minha idade. Por isso, ou crio em breve um negócio de velharias, ou vou ter de arranjar muitas casas para decorar. Os sítios onde encontro velharias mais interessantes são o Etsy, a feira de velharias de Ovar, a loja portuense Cata-vento e o lixo algarvio.
Margarida Girão
Aprecio muito as pessoas verdadeiramente criativas. Hoje em dia, é tramado ser-se original e com personalidade num mundo de consumo tão rápido, no qual parece que já tudo foi inventado. Sou superfã do trabalho da Margarida Girão, desde as ilustrações ao design, passando pela fotografia e pela loja de roupa A New Day. Para além de todo o trabalho de excelente qualidade que ela produz, ainda consegue comunicar online de forma original e coerente, como poucas pessoas.
Lancôme
Não tenho peças de roupa muito caras, nem acessórios ou joias. No entanto, sou capaz de pagar bem por um bom creme. Se pudesse, usava tudo da Lancôme.
A casa
Vivo uma relação de amor-ódio com as casas. Adoro casas! Ver, pensar e imaginar o viver é um exercício que faço com frequência. Por outro lado, detesto as tarefas rotineiras: arrumar, limpar, cozinhar, passar a ferro, etc. De todas as coisas que possuímos, a casa onde vivemos é o que interfere mais com o nosso bem-estar. Comigo, pelo menos, é assim. Não sei o que é a casa perfeita, nunca visitei uma, mas sigo atentamente todas as fotografias do projeto portuense SW.ark_Casa na Baixa, que me deixa invariavelmente de coração acelerado com as suas fotografias de pormenores de casas no Porto, que para mim mais parecem quadros.