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Beto Perez, fundador do Zumba

Beto Perez nasceu em Cali, na Colômbia, em 1970. Desde que se lembra que a dança é a sua paixão. Depois de ter ganho um concurso nacional de lambada na Colômbia, foi aceite numa das melhores academias de Cali para estudar dança. Ao mesmo tempo, ensinava aeróbica.

Um dia, a caminho de uma das suas aulas, apercebeu-se de que tinha deixado as músicas de aeróbica em casa. Procurou na sua mala, encontrou algumas cassetes de merengue e salsa e ensinou a primeira aula de Zumba de sempre.

Em 1999, decidiu vender todos os seus pertences e mudou-se para Miami, à procura do sonho americano. Não falava inglês, dormiu duas noites na rua, mas lutou contra as adversidades e conseguiu criar um negócio multimilionário.

Hoje, viaja por todo o mundo para dar aulas e workshops. Na sua curta paragem em Lisboa, Beto falou-nos sobre o estilo de vida no qual a Zumba se transformou e no seu negócio, ou não estivéssemos na Bolsa de Lisboa:

Para quem criou a Zumba?

A Zumba desenvolveu-se como um estilo de vida. Criámos a Zumba para as pessoas que não gostam de fazer exercício. Este é o segredo do meu negócio. É para 95% da população. Há pessoas que não gostam de exercício mas gostam de festa e não têm tempo para ir ao ginásio. O que eu fiz foi pegar na festa e levá-la para o ginásio. A vida é uma celebração, e a Zumba é uma celebração!

Porque é que alguém que queira fazer exercício deve apostar na Zumba e não noutra modalidade?

Porque recuperámos aquilo que se perdeu durante 20 anos, que é criar uma rotina de exercícios que seja divertida, efetiva e fácil. Acho que as pessoas se cansaram e deixaram de ir ao ginásio porque as coreografias eram complicadas, difíceis e para profissionais. O que eu quis foi fazer algo fácil e divertido.

Porque é que decidiu ir até aos EUA?

Porque é a terra das oportunidades! É muito difícil ter-se sucesso lá, mas, assim que se consegue, é uma porta para o mundo.

Tinha alguma noção das proporções que ia tomar?

Sim, claro que sim. Sempre foi o meu sonho!

Porque é que a Zumba é um desporto para todos?

Porque não há contraindicações. É uma festa. A Zumba é uma diversão. Toda a gente, independentemente de raça, cor, religião… Todos gostam de dançar. Na cultura de todos os seres humanos, existem a dança e a celebração. A Zumba é isso mesmo. É uma fórmula tão fácil que ninguém a analisou. Eu não a analisei, isto saiu por pura oportunidade e coincidência.

Não pode ser uma moda?

Não, porque é um programa que trabalha com a música, e a música está sempre a renovar-se. O que passa de moda é o instrutor, não a Zumba. As pessoas acham que a Zumba é uma moda, mas não sabem que eu trabalho nisto há 20 anos.

O que se pode fazer para chamar mais homens?

Se os homens souberem que a Zumba é o lugar perfeito para conhecer uma mulher, vêm logo! Quando os homens entram na aula, são os reis. Eu, por exemplo, nunca tive dinheiro, nem era muito bonito, mas, por saber dançar, sempre tive sorte com as mulheres! As mulheres gostam de homens que dançam.

A Zumba pode ser visto como um negócio só de dança?

A Zumba é um estilo de vida. É um negócio em que há muitos outros negócios, como roupa, DVDs, videojogos, acessórios, educação, eventos, caridade, música…

Que conselhos daria a jovens empreendedores?

Os jovens têm algo muito bom, que é a energia e a garra, mas têm também algo negativo, que é a impaciência. Querem ser milionários e ter tudo antes de chegarem aos 30. Isso é muito complicado e difícil, muitos poucos o fazem. O que eu digo é: levem o seu tempo. Há que cair para ter sucesso. É normal falhar. Retomem, reorganizem e procurem as pessoas ideais, a altura ideal, o tempo ideal para conseguir lançar o vosso negócio.

A sua vida ainda vai dar um filme?

Eu gostaria, há algumas propostas, muita gente me pergunta: “O que vai acontecer agora?” Eu digo que Deus me deu a criatividade e parte apenas de mim reinventar-me. Cada pessoa impõe o seu próprio limite, e para mim não há limites.

Alguma vez vai deixar de dançar?

Não. Não acredito. Espero que não!

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