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Cameron Diaz: a nova Miss Hannigan

Cameron Diaz é uma das protagonistas de ‘Annie’ , a versão contemporânea do clássico musical gravado em 1982, que já chegou às salas de cinema portuguesas.

Segundo a atriz, que interpreta o papel de Miss Hannigan, a cruel supervisora do orfanato onde Annie está, o convite deixou-a muito assustada: teria de dançar e cantar em frente às câmaras, mas aceitou o desafio, e, depois de cumprida a missão, confessa que adorou cada minuto das filmagens.

Cameron explica, na primeira pessoa, como foi fazer parte do elenco deste clássico da Broadway, filmado por Will Gluck.

‘Annie’ significou diversão, trabalho árduo ou uma mistura das duas coisas?

Muita diversão! Foi divertido fazer parte de algo tão arreigado nas memórias de infância das pessoas. Foi mesmo bom! É interessante ver a ansiedade em torno do lançamento, ver como as pessoas estão entusiasmadas. As pessoas dizem-me espontaneamente: “O meu filme favorito é ‘Annie’! Vi-o umas cem vezes em criança!” Faz mesmo parte do imaginário da infância, as pessoas identificam-se com o filme, que teve impacto num número enorme de vidas, de todas as idades, de todos os contextos demográficos. Foi mesmo giro estar no cenário, sabendo o que estávamos a fazer e tentando ser fiéis ao original, mas também modernizando-o e fazendo algo que se relacionasse completamente com os dias de hoje.

Um filme como este gera mais empoderamento para as raparigas? A Annie está a tentar sobreviver num mundo difícil.

Sim, absolutamente! Vemos uma miúda que tem de aprender a tomar conta dela própria. Esse é o tema da história: como ela é espertalhona e forte, todas as formas como ela consegue escapar-se das coisas, como ela, apesar de ser uma criança, consegue fazer tudo – mas a verdade é que uma criança não devia ter de fazer tudo aquilo. Cada criança devia ser amada e ter quem tomasse conta dela. As crianças deviam poder ser crianças o máximo de tempo que pudessem. Cada criança merece ter um lugar onde se sinta segura. Sim, é bom conhecer o mundo, ser capaz de tomar conta de si própria, mas, ao mesmo tempo, é importante que haja alguém que a possa apoiar e proteger. Essa é a verdadeira história de Annie, uma miúda que está sozinha no mundo à procura dos pais e que encontra uma pessoa que lhe diz: “Vou tomar conta de ti, vou proteger-te, vou dar-te uma cama para dormir, vou ensinar-te a ler, vou dar-te educação, conforto e amor, um sítio onde te sintas segura e dizer-te sempre que estou aqui para ti.” É tudo que que qualquer um de nós quer.

Viu o filme quando era pequena? Revisitou-o enquanto se preparava para o papel?

Sim, vi-o em miúda. É muito difícil chegar-lhe aos calcanhares, por isso quis fazer uma interpretação completamente diferente, uma coisa minha, mas que lembrasse a história original. Houve algumas ocasiões em que consultei o filme para perceber o que é que a Miss Hannigan ia fazer agora, o que é que ela ia fazer a seguir, mas o tom do filme é diferente: é do Will Gluck, tem o seu humor, a sua forma de dirigir as equipas de uma forma muito alargada. Ele queria que a Miss Hannigan fosse completamente cómica

Quantas canções canta?

Como solista, canto ‘Little Girls’ and ‘Who Am I?’, e depois participei em ‘Tomorrow’, que foi fantástico, e também cantei a ‘Easy Street’ com Bobby Cannavale!

De qual gostou mais?

‘Easy Street’ e ‘Little Girls’ foram verdadeiramente divertidas de cantar, mas gostei muito de todas. Não tenho uma preferida. Acho que são todas supergiras! Sia fez a banda sonora e acho que fez um trabalho fantástico com as canções antigas, atualizando-as, e construindo canções excelentes! ‘Who Am I?’ é uma canção inteiramente nova e ficou fantástica. Cantámo-la em conjunto, a Quvenzhané, o Jamie e eu, em simultâneo.

Como se sente ao participar num filme que pode ter tanto impacto e tornar-se um daqueles filmes de referência, vistos vezes sem conta ao longo dos anos?

Foi o que aconteceu com o filme original, até com um segurança enorme, com quem me cruzei uma vez, e que me disse com uma voz profunda: “Annie é o meu filme favorito.” Sinto-me abençoada e afortunada por ter tido oportunidade de fazer parte disto. Foi espetacular, e acho que as pessoas vão adorar o filme. Vão ver todas as coisas que adoram no filme original e vão ficar deliciadas com todas as coisas novas e a forma como as casámos tão bem. O realizador Will Gluck fez um trabalho fantástico.

Descreveria o filme como um conto de fadas moderno?

De algum modo, sim, mas, na sua essência, é uma história alcançável. Nem todos vamos encontrar um multimilionário disposto a cuidar de nós, mas todos deveríamos ter a possibilidade de encontrar a pessoa que nos ame, e isso começaria pelo amor-próprio.

Que idade tinha quando viu o original?

Acho que tinha uns dez anos.

Imagem de destaque: Cameron Diaz © Junket PhotoCall.

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