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Dia da Mulher Africana

Assinala-se hoje, 31 de julho, o Dia da Mulher Africana. A data foi instituída em 1962, na Conferência das Mulheres Africanas, que teve lugar na Tanzânia. 14 países e oito movimentos de libertação nacional acordaram assinalar este dia, que remete para uma reflexão sobre a condição da mulher na sociedade em África.

Hoje, 53 anos depois, a realidade está longe de ser a ideal, apesar dos esforços feitos nesse sentido. Algumas mulheres começam a aceder a uma independência económica e a cargos de decisão e de poder, mas este não é o paradigma dominante.

Em muitos países, as mulheres continuam dependentes dos maridos (no acesso ao crédito, por exemplo) e, nas camadas mais desfavorecidas da sociedade, enfrentam em silêncio a violência doméstica e sexual de que são alvo.

Segundo os mais recentes dados do SIGI, o índice de Instituições Sociais e de Géneros da OCDE, só em Angola 80% das mulheres foram vítimas de violência de género.

Estes dados, relativos ao ano de 2014, resultam de uma análise quantitativa e qualitativa de indicadores referentes à desigualdade de género. O casamento precoce, a poligamia, a mutilação genital feminina, a violência contra as mulheres, a liberdade de vestuário e o acesso ao crédito são alguns dos 12 indicadores que o índice integra.

A partir da avaliação destes indicadores, gera-se um índice que divide os países entre níveis de discriminação (de muito baixa a muito alta). Dos 108 países analisados, verificou-se que os níveis de discriminação mais altos se encontram nos países da África Subsariana, como Sudão, Gâmbia, Mali, Chade, Somália, Zâmbia, República do Níger, República Democrática do Congo, Gabão, Mauritânia, Nigéria, Libéria e Serra Leoa, a encabeçar a lista.

Este ano, as comemorações em África no âmbito do Dia da Mulher Africana decorrerão sob o tema “o empoderamento da mulher na luta contra a pobreza”. Mas em Portugal a data também será celebrada.

Amanhã, dia 1, a Casa Pia de Lisboa, no Restelo, vai receber a primeira edição da Feira da Mulher Africana (FAMA), que contará com diversas atividades culturais e artísticas. A feira visa comemorar, também, os 40 anos de independência dos cinco países africanos de língua portuguesa (Angola, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde).

Foto © Reuters.

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