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Jessica e a escravidão da imagem

“Cada mulher é um mundo muito para além do corpo que a recebe. Apoiem -se. Defendam -se. Não permitam olhares redutores sobre aquilo que somos.” As palavras são da atriz portuguesa Jessica Athayde, em resposta às críticas publicadas nas redes sociais sobre o seu suposto excesso de peso no desfile da Cia. Marítima, na ModaLisboa.

Jessica foi convidada pela marca de beachwear brasileira para integrar o seu desfile de primavera/verão 2015, no passado sábado e depois de divulgadas as fotos, viu a sua imagem ser comentada nas redes sociais, sobretudo por mulheres, com críticas depreciativas ao seu corpo.

A atriz respondeu no seu blog e apelou ao fim deste “bullying permanente”, assumindo-se como voz presente na questão social da “ditadura da imagem”, num caminho “a ser percorrido por todas nós”.

Qual não foi a minha perplexidade quando observo que, a propósito de uma fotografia menos feliz, sou alvo de críticas, comentários desagradáveis e uma série de mimos, próprios deste mundo das redes sociais, em que ainda nos estamos a habituar a viver.

Estes comentários foram feitos na maioria por mulheres. Mulheres, vou repetir. Mulheres que são filhas, mulheres que são mães, mulheres que ainda não perceberam que cada vez que cedem à tentação de atacar outra mulher com base nas suas características físicas, estão a enfraquecer a condição feminina, em vez de lhe dar força.

Estão a cultivar as inseguranças, as desordens alimentares, a escravidão da imagem.

No seu texto, Jessica refere ainda a campanha da ONU #HeForShe, divulgada há umas semanas pela jovem Emma Watson, que invoca a igualdade de género entre homens e mulheres. Jessica apelou para que em Portugal se acrescente, a esse movimento, a #SheforShe, uma manifestação de apoio de mulheres para mulheres.

Imagem de destaque: Jessica Athayde para Cia. Marítima © Rui Vasco.

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