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Leia com atenção para ouvir melhor

Sabia que as otites são um dos principais motivos de ida às urgências dos hospitais? Isoladas ou associadas a outra sintomatologia, as otites provocam dor e desconforto e são um dos motivos que mais levam pessoas às urgências dos hospitais, aos atendimentos permanentes, bem como às consultas do dia a dia, de adultos e crianças.

Aqui ficam alguns cuidados e informações que deve conhecer para prevenir problemas e melhor cuidar dos seus ouvidos.

Atenção ao inverno…

No inverno, é preciso ter especial cuidado. Ao contrário das otites externas, que têm maior prevalência no verão, estando sobretudo ligadas à entrada e à retenção de água no ouvido, as otites médias agudas crescem 30 a 40% no inverno, estando maioritariamente associadas a infeções respiratórias.

São infeções bacterianas ou virais que se desenvolvem no ouvido médio e, apesar de poderem manifestar-se em qualquer idade, são muito comuns em crianças pequenas, nomeadamente entre os 3 meses e os 3 anos de idade. Muitas vezes manifestam-se como complicação de uma constipação.

Cuidado com as crianças

Nas crianças a prevalência da doença é maior. Associadas a amigdalites e a adenoidites, as otites surgem com frequência na criança, tornando-se muitas, vezes recorrentes e provocando episódios de surdez mais ou menos prolongados.

Quando as otites médias agudas não são bem tratadas podem provocar otites serosas, a principal causa de surdez infantil, de atraso na fala e de, consequente, insucesso escolar. E quais são os sintomas? Quando as crianças revelam atrasos na fala, pedem para aumentar o som da televisão ou não conseguem ter atenção nas aulas, este poderá ser um alerta para uma otite serosa. “Na nossa consulta recebemos muitos pais que se queixam de que os filhos têm défice de atenção, atraso na linguagem, mau rendimento escolar…”, revela João Paço, diretor clínico do Hospital CUF Infante Santo e também professor catedrático de Otorrinolaringologia da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa.

A otite serosa consiste na presença de líquido seroso ou mucoso por trás do tímpano, nas cavidades do ouvido médio, sem que haja sinais inflamatórios agudos, ou seja, febre ou dor, constituindo, portanto, uma patologia silenciosa, já que mesmo que provoque dor no doente, esta é muito ligeira. A otite serosa manifesta-se sobretudo pela sensação de ouvidos ‘tapados’ e diminuição de audição. Quando resolvida a otite serosa, a audição é recuperada. No entanto, a sua persistência e a não sujeição a um tratamento pode evoluir para uma surdez definitiva, devido à libertação de mediadores inflamatórios tóxicos para o ouvido.

Como fazer a prevenção?

A prevenção das otites está na redução dos fatores de risco, nomeadamente nos hábitos de higiene, na lavagem de mãos e ensinando a criança a assoar-se. Outros fatores de risco são o uso de chucha, que não deve ser totalmente abolido, pois também traz benefícios, e a exposição ao fumo do tabaco. “Também está contraindicada a utilização sistemática das piscinas, já que é outro dos fatores que podem provocar ou agravar as otites”, refere João Paço, também coordenador do Centro Clínico Universitário de Otorrinolaringologia do Hospital CUF Infante Santo, um dos centros mais avançados do País e distinguido com quatro prémios da Academia Americana de Otorrinolaringologia. O aleitamento materno, pelo menos durante os primeiros três meses de vida, aumenta o nível de proteção das crianças, especialmente no primeiro ano de vida.

Consulte um especialista!

Centro Clínico Universitário de Otorrinolaringologia do Hospital CUF Infante Santo

Tel. 213 926 100

Travessa do Castro, 3, Lisboa

www.cufinfantesanto.pt.

Imagem de destaque: StockExchange.

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