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Vêm aí as alergias… Cuidado!

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Sabia que uma em cada três crianças portuguesas sofre ou já sofreu de doença alérgica? Segundo os mais recentes dados da Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica, cerca de 80% das doenças alérgicas começam nos primeiros anos de idade.

Saiba o que fazer para as combater, segundo os conselhos da pediatra Paula Vara Luiz e vá acompanhando o seu blog, ‘O Blog da Tia Paula’, criado recentemente, para obter respostas aos problemas mais comuns.

O que é que são as alergias?

As alergias podem ser de vários tipos, e a forma de se manifestarem é variada. Caracterizam-se pela resposta exagerada do sistema imunitário face à presença de uma substância que se encontra no ambiente circundante, num indivíduo alérgico ou atópico.

Quais são as alergias mais comuns?

As alergias têm vindo a aumentar na sua prevalência. A rinite alérgica é a mais frequente na Europa, afetando cerca de 10 a 15% da população. Por sua vez, a asma atinge 8 a 10%, e em Portugal sabe-se que cerca de 11% das crianças entre os 6 e 11 anos sofre da mesma doença.

Em bebés muito pequenos, a predominante é a alergia às proteínas do leite de vaca (APLV). A maioria das alergias em lactentes são alimentares, podendo manifestar-se por eczema, vómitos/diarreia, urticária e problemas respiratórios. A partir do primeiro ou do segundo ano de vida, as alergias respiratórias começam a ser mais frequentes (pó, ácaros, etc.). Na idade pré-escolar/escolar associam-se as alergias aos pólenes.

Em que idade é que surgem?

As alergias surgem em qualquer idade, desde o recém-nascido ao adulto, e podem afetar qualquer pessoa. Contudo, se pai e mãe as apresentarem, a probabilidade de terem filhos alérgicos é de 75%. Existe, pois, aquilo a que chamamos uma predisposição genética para as alergias. Neste caso não se herda o tipo, mas sim a tendência para doenças alérgicas.

Na primavera, que cuidados é que devemos ter?

Com a chegada da primavera, surgem as alergias aos pólenes. Apesar de estas substâncias existirem na atmosfera durante todo o ano, é nesta estação que as suas concentrações são mais elevadas.

E porquê? É nesta altura do ano que a polinização das plantas ocorre mais intensamente, sobretudo nos dias de sol e vento, o que faz com que os grãos de pólen se concentrem mais no ar que respiramos.

Em Portugal, a causa de alergia a pólenes mais frequente é a das gramíneas, sendo o seu pico máximo em maio e junho.

Que tipo de tratamentos é que se pode fazer?

Não existe cura para as alergias, uma vez que a existência destas é genética, mas com determinados cuidados e tratamentos, os seus sintomas podem ser quase inexistentes.

Se a criança tem um pediatra que a assiste de forma regular, os sintomas de alergias, seguramente, não passam despercebidos. Dependendo da intensidade do quadro clínico, o pediatra pede os exames complementares de diagnóstico necessários para a avaliação, e eventualmente medica de forma preventiva ou encaminha, mesmo, para uma consulta de Alergologia.

Existem terapêuticas eficazes na prevenção e no controlo das crises, assim como no tratamento dos sintomas agudos. Exemplos:

– Anti-histamínicos orais e tópicos

– Antileucotrienos

– Corticoides orais inalados e tópicos

– Imunoterapia Especifica (IE), que consiste na administração (via subcutânea ou via sublingual) de pequenas doses dos alérgenos em causa na criança, de modo a desenvolver “defesas” específicas quando contacta com esses mesmos alérgenos, evitando assim a reação alérgica habitual.

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