15 boas razões para conhecer Nantes
Fizemos as malas e fomos perceber o que tem, afinal, esta cidade francesa. Viemos com a mala cheia de boas sugestões!
Foi construído no final do séc. XV por Francisco III, último duque da Bretanha, com duas funções: proteção e símbolo de poder. Convém aqui dizer que Nantes pertencia à Bretanha (aliás, era a capital) e não a França. Ao entrar no castelo, vai perceber que a construção foi feita em diversas fases e épocas, primeiro pelo pai e depois pela filha, Ana da Bretanha, duquesa e duas vezes rainha de França. Grande parte do edifício é em tuffeau (pedra branca típica desta região) e a fachada mais trabalhada foi aquela que foi mandada construir por Ana da Bretanha. Este castelo foi residência real, funcionou como prisão e quartel e foi ocupado pelos alemães durante a guerra. Nos anos 90, foi todo recuperado e abriu portas em 2007. Hoje funciona como Museu de História de Nantes, e tem ainda um espaço de exposições temporárias e um restaurante.
Vale a pena fazer o percurso pelas muralhas para ter uma perspetiva de todo espaço. O acesso ao pátio, às muralhas e ao Jardim do Fosso (onde no verão se realizam diversos concertos) é de entrada livre. Quando sair, aproveite para passar pelo Posto de Turismo, que fica mesmo ao lado (quem sai do castelo, à esquerda)
Château de Ducs de Bretagne
4, place Marc Elder.
www.chateaunantes.fr
Separada pelo rio do resto da cidade, a ilha de Nantes funciona como uma verdadeira artéria criativa da cidade. Este foi possivelmente o espaço que recebeu mais transformações nos últimos anos. Tudo é pensado ao milímetro e aqui o fator criativo é de facto aquele que mais pesa. Não é por acaso que esta alteração contou com arquitetos como Jean Nouvel, Alexandre Chemetoff, Christian de Portzamparc, Barto & Barto e Lacaton & Vassal, entre muitos outros. Além do Carrousel e das Les Machines (fotos seguintes), a ilha alberga a Faculdade de Arquitetura, o Palácio da Justiça e o edifício Manny, a fazer lembrar um ninho.
Se tiver tempo, não deixe de dar uma volta no elefante, que é de longe a maior das máquinas e que consegue transportar 50 pessoas de cada vez, durante 30 minutos. Está tão bem feito que ao longe, sobretudo quando cospe água pela tromba, parece mesmo real! Tem 12 metros de altura, oito metros de largura e pesa ‘apenas’ 48,4 toneladas. O preço da viagem no Le Grand Eléphant também varia entre €5,50 e €8,50.
Les Machines são provavelmente o mais importante cartão-de-visita da cidade, porque as crianças adoram e os pais não se importam nada de lá voltar. Verifique a bateria da sua máquina fotográfica e a memória disponível do seu telemóvel porque vai querer tirar fotografias, umas atrás das outras! Criadas por François Delaroziére e Pierre Orefice e inspiradas no universo de Júlio Verne e Leonardo da Vinci, estas máquinas transportam-nos para um ambiente absolutamente fantástico, naquele que foi em tempos o maior estaleiro da cidade. A estrutura onde estão distribuídas as diversas máquinas faz lembrar uma estufa com um pé-direito de oito metros, cheia de plantas e, de vez em quando, ergue-se uma aranha gigante com patas articuladas, um pássaro com asas de madeira, entre outras criaturas que vão deixá-la de boca aberta. O mais engraçado é que são os próprios visitantes que assumem o comando das máquinas. Quando terminar, pergunte onde é que é a oficina, ou melhor, o L’Atelier de Construction, e aproveite para ver de cima o local onde todas estas máquinas ganham vida. O preço de entrada na La Galerie des Machines varia entre €5,50 e €8,50.
Não se vá embora, porque ainda não acabámos. Falta o Le Carrousel des Mondes Marins, e o nome diz tudo. Este é um carrossel dedicado ao mundo marinho, com três níveis distintos: o mais baixo representa o fundo do mar, o do meio representa o nível do mar e o superior representa a superfície. Lulas gigantes, peixes com asas e escafandros, entre muitas outras máquinas, estão à espera que se sente nelas. Todas têm mecanismos articulados, o que as torna ainda mais interessantes. Imagine, por exemplo, que escolhe a lula. Podem sentar-se duas pessoas, a que está atrás comanda os tentáculos traseiros e faz mover a lula para a esquerda e para a direita, a pessoa que está à frente dá vida aos tentáculos dianteiros, faz a lula pestanejar e olhar para um lado e para o outro. Entre €3 e €8,50 (a segunda volta de carrossel é gratuita).
Mais informações em www.lesmachines-nantes.fr.
Nantes está rodeada de água, não é por acaso que a apelidam de ‘pequena Veneza do oeste’, por isso, porque não aproveitar para fazer um cruzeiro e descobrir o estuário do Loire de forma diferente? A ideia é sair de Nantes e ir até Saint-Nazaire ver de perto a fauna e a flora típicas desta região e uma mão-cheia de obras que fazem parte da mostra. ‘O Estuário’ é uma coleção permanente assinada por vários artistas contemporâneos, que pode ser vista gratuitamente e inclui 30 obras em 23 sítios distintos, entre Nantes, Saint-Nazaire e a zona sul do estuário. Existem várias opções: partida de Nantes para Saint-Nazaire (2h30) só ida (pode regressar de comboio), €23. Nantes/Saint-Nazaire (ida e volta), €35. Os cruzeiros começam em abril e decorrem até outubro. Mais informações em www.marineetloire.fr
Pode optar pelo passe de um, dois ou três dias. Vantagens? Pode andar de transportes públicos, como autocarro, metro e alguns barcos. Pode ver exposições com audioguia no Castelo dos Duques da Bretanha, entrar no Museu Júlio Verne, andar de carrossel e visitar a galeria Des Machines. Pode comprar os passes e informar-se das várias regalias no Posto de Turismo (9, rue des États), no aeroporto e em alguns hotéis. Preços: 24h, €25; 48h, €35; e 72h, €45. Passe de família (dois adultos + duas crianças) €67, €94 e €121, respetivamente.
É mesmo construir e não plantar. Por enquanto, a ideia só está no papel, mas o desafio é o de construir uma árvore gigante (pode ver um pequeno exemplo por cima da cafetaria e loja do Les Machines), onde as pessoas podem andar e onde diversas máquinas vão ‘viver’. Vai chamar-se Árvore das Garças-reais, terá 35 metros de altura e 50 metros de diâmetro, e no topo vão estar duas garças-reais versão máquinas. A árvore será uma espécie de jardim suspenso, onde os visitantes poderão andar de ramo em ramo. Aceitam-se donativos, se quiser participar no projeto é só chegar-se à frente.
Aconteça o que acontecer, a Cantina já faz parte de todas as voyages a Nantes. O que é? Uma cantina onde todos estão convidados a usufruir de uma refeição sem grandes luxos – frango com batatas fritas de produtores locais – e a um preço acessível. A ideia é mesmo sentar-se à mesa com outras 300 pessoas e conviver num ambiente descontraído e sem formalidades.
Fica na rua com o mesmo nome, por isso não há nada que enganar. Este mercado é um mundo e é sobretudo uma tentação. Comecemos pelo interior. Existem padarias de fazer inveja às melhores lojas gourmet, uma variedade imensa de saladas para levar, enchidos, pâtés e especialidades da região. Na véspera do regresso a casa, vá a Beillevaire, uma espécie de paraíso dos queijos com um serviço excelente, e se disser que vai de avião, fazem-lhe uma embalagem a vácuo especial. Avisamos desde já que vai ser difícil escolher. Dê a conhecer as suas preferências e deixe-se levar pelas mãos experientes de quem sabe o que está a vender. Se já estiver com alguma fome, antes de sair, experimente uma galette de farinha de centeio biológica. Se quiser comprar legumes e morangos de produtores locais, eles estão cá fora. Por que não abastecer-se e ir fazer um piquenique nas margens do rio?
Todos os verões – este ano começou a 1 de julho e termina a 28 de agosto –, a cidade desafia artistas, designers, jardineiros, cozinheiros, DJs e graffiters a expressar a sua criatividade em espaços públicos. O melhor é estar atenta ao programa, disponível em www.levoyageanantes.fr, para não perder mesmo nada!
É a mais antiga brasserie da cidade, abriu portas no dia 1 de abril de 1891, por isso os seus créditos estão mais do que firmados. Este é um espaço que sempre foi apreciado por artistas, como André Breton e Jacques Prévert e foi aqui que o realizador Jacques Demy filmou ‘Lola’, no início dos anos 60. O La Cigale tem história, mas está longe de ser um local datado. O que é que se come? Pode optar por umas ostras (a partir de €11,50, seis unidades), seguir para um salmão fumado tradicionalmente (€13) e terminar com um tártaro de vaca charolesa preparado na sua mesa (€17,50). Para sobremesa, porque não terminar com um mil-folhas tradicional aromatizado com Grand Marnier que pode ser partilhado (€13)? A lista é enorme e este é apenas um pequeno exemplo do que pode encontrar. O espaço é lindo de morrer, com os tetos e as paredes todas trabalhadas. Apostamos que vai passar grande parte da sua refeição a olhar para cima! Convém fazer reserva. Fica no n.º 4 da place Graslin, mesmo em frente à Ópera. www.lacigale.com
Este memorial é uma espécie de mea culpa por todo o passado de Nantes relacionado com a escravatura – era neste porto que muitos barcos atracavam e voltavam a seguir viagem, naquela que era a rota dos escravos. Em vez de enfiarem a cabeça na areia como se não fosse nada com eles, prestam homenagem a um passado menos brilhante através do memorial que se estende ao longo de 400 metros. Aberto das 9h às 20h.
- Morangos em forma de gelado, numa das várias geladarias Fraiseraie espalhadas pela cidade. Os morangos são produzidos pelos próprios e os gelados não têm conservantes, corantes, nem aromas artificiais. www.lafraiseraie.com
- Uma fatia de Gâteau Nantais, uma tarte típica de Nantes, com amêndoa e rum.
- O vinho branco Muscadet, a casta mais conhecida desta região.
- Os caramelos de manteiga, o caramelo salgado e os macarrons da Maison Georges Larnicol. www.larnicol.fr
- Os doces da casa Debotté, que só em Nantes tem seis lojas diferentes. As especialidades da casa são os Le Raisin Liqueur (100 g/€8,30) e os Macarons (100 g/€8,30) que não têm nada a ver com os macarrons tradicionais, estes são pequenos bombons com bolacha crocante no interior.
- Os rebuçados Berlingot e Rigolette, que existem em todas as boas casas.
- Morangos em forma de gelado, numa das várias geladarias Fraiseraie espalhadas pela cidade. Os morangos são produzidos pelos próprios e os gelados não têm conservantes, corantes, nem aromas artificiais. www.lafraiseraie.com
- Uma fatia de Gâteau Nantais, uma tarte típica de Nantes, com amêndoa e rum.
- O vinho branco Muscadet, a casta mais conhecida desta região.
- Os caramelos de manteiga, o caramelo salgado e os macarrons da Maison Georges Larnicol. www.larnicol.fr
- Os doces da casa Debotté, que só em Nantes tem seis lojas diferentes. As especialidades da casa são os Le Raisin Liqueur (100 g/€8,30) e os Macarons (100 g/€8,30) que não têm nada a ver com os macarrons tradicionais, estes são pequenos bombons com bolacha crocante no interior.
- Os rebuçados Berlingot e Rigolette, que existem em todas as boas casas.
Este é já o quarto verão que o ilustrador e escritor infantil Claude Ponti é convidado a dar largas à sua imaginação e espalhar a sua obra no Jardin des Plants. Haverá algo mais agradável do que juntar arte e um jardim botânico num dia quente de verão?
Fica no 32.º e último andar da Torre Bretanha, um mamarracho, mas que oferece uma vista absolutamente espetacular! Chama-se Le Nid, porque todo o conceito desenhado pelo artista Jean Jullien deste bar/miradouro está relacionado com o ninho de um pássaro. Os bancos e as mesas são ovos, o bar é o interior de um pássaro que se estende ao longo do espaço. Pode subir para ir ver a vista de 360 º, mas também aproveitar para beber um copo. A torre é visível de toda a cidade, por isso não há nada que enganar.
Além de ser um edifício imponente, tem a particularidade de ter demorado 457 anos a ser construído, a primeira pedra foi colocada em 1434 e a última, em 1893. Foi ocupada pelas tropas alemãs durante a Segunda Guerra Mundial e bombardeada pelos aliados, razão pela qual os únicos vitrais originais são aqueles que estão por trás do órgão, todos os outros são réplicas. Veja de perto o túmulo dos Duques da Bretanha.
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