“The Pelicot Rape Case” estreia amanhã, dia 12 de fevereiro, na Max
O que leva mais de 70 homens a alegadamente decidirem participar num dos crimes mais chocantes da história jurídica francesa? E o que leva uma mulher sozinha a escolher falar a sua verdade perante o mundo para os levar à justiça? “The Pelicot Rape Case” examina os terríveis crimes de Dominique Pelicot e contrasta-os com a dignidade e coragem da sua ex-mulher, Gisèle.
Foto de Berzane Nasser/ABACA/Shutterstock
Durante quase uma década, Gisèle Pelicot foi drogada e abusada pelo seu marido Dominique Pelicot sem ter conhecimento. Ao mesmo tempo, ele convidou dezenas de outros homens para a violarem. Por opção da própria Gisèle, o julgamento foi aberto ao público, na sua determinação de expor o violador – não a vítima. Pois, como a mesma afirmou, “a vergonha tem de mudar de lado!”. A sua corajosa abertura para partilhar a sua história aterradora com o mundo tornou-a num ícone do feminismo. Em dezembro de 2024, o tribunal francês condenou Dominique Pelicot à pena máxima de 20 anos de prisão.
Foto de GUILLAUME HORCAJUELO/EPA-EFE/Shutterstock
O documentário examina os crimes de uma perspetiva psicológica, jurídica e cultural, além de ouvir vozes da comunidade Mazan, onde os Pelicot viveram uma reforma aparentemente idílica. Dirigindo-se a quem esteve no tribunal todos os dias do julgamento e a quem assistiu de longe, o filme questiona como é que estes crimes puderam não ser denunciados durante tantos anos, o que isso significa para a forma como a agressão sexual é vista em França e no resto do mundo e que perguntas difíceis os homens precisam de se fazer sobre a masculinidade moderna.
“The Pelicot Rape Case” estreia amanhã, dia 12 de fevereiro, na Max.
