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‘Baleia Azul’. O desafio online que pode levar adolescentes ao suicídio

Em Portugal, o jogo já é conhecido em meio escolar. A morte de dois jovens está a ser investigada no Brasil.

Chama-se ‘Baleia Azul’ e consiste num desafio online, um jogo disputado nas redes sociais, em que os jovens participantes são desafiados por alguém, uma espécie de mentor, a cumprir 50 desafios muito violentos, avançou esta quarta-feira o Jornal de Notícias.

As tarefas ordenadas podem ser tão diferentes e perigosas como ficar o dia inteiro a ver filmes de terror, ouvir músicas psicadélicas ininterruptamente, mutilando o próprio corpo ou desenhando com uma faca uma baleia no braço. O derradeiro desafio será provocar a própria morte, ou seja o suicídio.

Tratam-se de grupos no Whatsapp ou no Facebook dos quais fazem parte os tais ´mentores’, administradores dos grupos, que ordenam a execução das tarefas e os adolescentes envolvidos vão publicando vídeos ilustrativos do cumprimento da tarefa. Uma vez no jogo, se a criança manifestar vontade de desistir e de sair, é dissuadida e pressionada a manter-se no ‘jogo’, recebendo ameaças dirigidas a si e aos seus familiares.

No Brasil, há duas mortes, a de um jovem de 19 anos e outro de 16, suspeitas de terem a ver com este perigoso jogo. Os dois jovens estavam envolvidos neste desafio e a investigação gira em torno de grupos de Whatsapp, com mais de 100 pessoas, que vão ser questionadas. Há outros casos de tentativas de suicídio, de duas adolescentes de 14 e 15 anos, também relacionados com a participação em grupos deste tipo.

Este jogo assustador terá surgido pela primeira vez na Rússia, onde se relaciona o suicídio de 130 jovens ao jogo disputado nas redes sociais. Também há preocupação em Inglaterra, França e Roménia, onde já existem campanhas de informação e prevenção junto das escolas. Em Portugal já é tema em reuniões com encarregados de educação, uma vez que as crianças já ouviram falar sobre o jogo.

Alterações de comportamento, isolamento, passar muito tempo ao telefone, angústia e irritabilidade, aparentemente imotivada, ou marcas no corpo inexplicáveis podem ser sinais de alerta.

Crianças e adolescentes com uma menor autoestima e com mais dificuldade de sociabilização, por terem mais necessidade de se sentirem valorizadas, pertencentes a um grupo, de conquistar desafios e de experimentar sensações fortes, serão os mais vulneráveis, mas todas podem cair neste tipo de enredo, pelo que, não custa estar alerta e conversar sobre o tema.

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