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Blackson inaugura “Happy Blues” dia 26, no Espaço Espelho D’Água

Dia 26 de março o Espaço Espelho D’Água inaugura a exposição “Happy Blues”, de Blackson, artista angolano baseado em Lisboa desde a infância.  São cores e sensações que se traduzem em um renovado corpo de trabalho.

Com inspiração na representação do corpo negro, Blackson procura afirmá-lo na sociedade e no meio artístico. As suas telas espelham a harmonia destes sentimentos aparentemente díspares: “happy” e “blues”. São confrontadas cores fortes e vibrantes, com a liberdade como pano de fundo, e corpos de expressões complexas e indecifráveis, em muito marcadas pelo passado e nostalgia do Blues.

O artista acredita que o mundo vive um movimento de afirmação do ser humano como humano. Momento de radicalização e, ao mesmo tempo, nobre, pois une as pessoas. 

Blackson

Blackson

“Por isso vejo esse movimento como necessário numa sociedade que estava adormecida e que precisava se sentir viva outra vez, que está a evocar antigos ícones dos direitos humanos e lembrar que juntos somos mais fortes”, diz.

São 9 obras acompanhadas de uma instalação. Blackson trabalha com acrílico sobre tela, mas também sobre outros materiais, como objetos encontrados na rua, papelão, sacos, jornais e ainda uma peça em azulejo – “um desafio de um cliente, que me abriu o horizonte muito mais do que imaginava”, conta. “As escolhas dependem sempre do que quero expressar, acho que as telas funcionam melhor nos momentos de maior introspecção e outros materiais funcionam melhor em mensagens mais ‘barulhentas’”, explica o artista, que destaca as obras “Trip”,  que tem ligação direta com sua mulher e seu filho, e “Sad Blues”, criada no processo após a perda de seu pai.

“Sad Blues”, de Blackson

“Sad Blues”, de Blackson

A exposição é resultado de uma fase de mais cumplicidade de Blackson com o seu interno ser, evocando sensações de grande melancolia. Segundo o artista, ao mesmo tempo formou-se uma consciência mais ampla de como as coisas são e como devem ser, criando um equilíbrio entre tristeza e alegria. 

“A arte já muda vidas até muito antes de haver definição do que é a arte. Mudou conceitos, continua a mudar as sociedades, é um dos melhores veículos para se mudar a percepção do que já existe. Tem a ver com o que mais mexe as pessoas, sensações e sentimentos”, diz Blackson, que cita como inspiração os artistas Basquiat, Kerry James Marshal, Noah Davis e Ai WeiWei.

" happy like van gogh", de Blackson

” happy like van gogh”, de Blackson

“Happy Blues” inaugura com a performance dos artistas Carina Amaro, TotySa’Med e Nayela.

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