Sob o mote “A beleza não tem limite de idade”, a psicóloga Filipa Jardim da Silva desafiou Carla Andrino e Ana Bacalhau a falarem acerca do impacto que o envelhecimento tem na sua autoestima e quais os mecanismos necessários para encararem este processo de forma natural. A conversa teve lugar no Women Aging Summit, no fim de semana passado, a propósito de uma talk intimista da Dove.
Carla Andrino
Para Carla Andrino é importante percecionar a menopausa sem tabus, de uma vez por todas: “Estou na menopausa? Sim, estou na menopausa. E isso implica o quê? Tem oscilação de peso? Sim. Tem retenção de líquidos? Sim. Tem redução na líbido? Sim. Tem flacidez? Sim”. Durante a conversa, a atriz recordou o episódio de cancro da mama: “Estou a envelhecer, podia nem sequer estar a envelhecer, podia nem cá estar, por isso não envelhecia. Morria linda, mas tinha morrido aos 40. Estou aqui, ainda por cima depois de ter passado um episódio de cancro da mama que passei… estou viva, estou aqui!”. No fim, reforça de que forma deve ser encarado o envelhecimento, deixando uma palavra de alento a todas as mulheres presentes no evento:
“Eu não sou aquilo que acontece, sou aquilo que eu faço com aquilo que me acontece”.
Ana Bacalhau
“Se calhar, o envelhecimento é visto com uma dureza maior para as mulheres do que para os homens, na minha área”, afirma Ana Bacalhau sobre a discriminação sentida por parte das mulheres, no seio da sua profissão. A artista enaltece ainda, com alguma tristeza, que “existe esta sensação de que as mulheres mais novas vêm substituir as mulheres mais velhas, que a sociedade já não tem uso para as mulheres mais velhas”. No final, deixa a mensagem:
“É preciso deixarmos cair as ideias feitas que temos sobre a idade. O que é isto do envelhecimento? É tirar ou somar? Para mim é somar!”.
A Dove lançou no passado dia 8 de março, Dia da Mulher, um estudo sobre de que forma o envelhecimento afeta a autoestima das mulheres. O estudo é uma das iniciativas da campanha “De body aging a Body Love”, que tem como objetivo inspirar as mulheres a terem mais “good body days” durante o processo de envelhecimento, com o objetivo de mudar o paradigma, visto que 84% das mulheres portuguesas entre os 50 e 59 anos não se sente apreciada ou valorizada.
