Catarina Mina é uma marca que acredita numa moda diferente, uma moda mais humana, e que concentra os seus esforços em questionar, repensar, refletir e tomar decisões levando em consideração um coletivo. Uma moda que se sustenta num futuro de colaboração muito mais que de disputa.
A ideia de uma moda diferente sempre seduziu Celina Hissa, fundadora da marca de carteiras artesanais Catarina Mina. Uma moda que pergunta muito mais que responde. Um produto que já vem com um ponto de interrogação. Quem desenhou, fez, reviu, cuidou da sua bolsa até que a mesma chegasse a si? E outras muitas questões que a designer queria ver respondidas. E por isso criou a Catarina Mina – a primeira marca com custos de produção transparentes do Brasil.
E a pegada da Be We trouxe Catarina Mina até Cascais, onde a marca é vendida em exclusivo. Aqui, aposta-se na reinvenção dos laços entre artesãos, designers e público. A história começa em Itaitinga – um município brasileiro do estado do Ceará, pertencente à Região Metropolitana de Fortaleza.
Um Banho de Transparência e Respeito
Em 2015, a marca resolveu abraçar o que já era a sua própria alma: o artesanato. Mas como abraçar o handmade e privilegiar o fazer manual sem que o foco disso tudo fossem as pessoas? O artesão e o designer! Quem cria, quem se põe a criar com linha e agulha, quem costura, quem revê, distribui as peças.
Depois de alguma reflexão, Celina resolveu expor os custos envolvidos no processo de produção de cada uma das peças. Uma forma de chamar a atenção não só para as suas prioridades, mas de questionar o que muitas vezes implica fazer/produzir um produto de moda. E foi pioneira. Essa iniciativa está desenhada para levar o consumidor em direção a perguntas como: “O que há por trás e como funciona a cadeia de moda e de produção de uma forma geral? Que estilos de vida e pensamentos incentivamos com as nossas formas de consumo?”
A ideia é simples. Menos esforço financeiro investido na exposição da marca e mais dedicação a quem realmente faz a Catarina Mina. Isso concretiza-se na escolha da matéria-prima, no valor pago às costureiras e artesãs e também através do respeito à sua forma específica de produção. As crocheteiras têm a segurança do salário mensal, mas trabalham nas suas casas, no seu tempo e no seu ritmo próprio. São as artesãs que traçam o caráter da Catarina Mina e participam efetivamente dos lucros da empresa.
Catarina Mina. Be We
A marca faz uma partilha honesta dos bastidores com o projeto “Uma Conversa Sincera” – onde se questiona, conversa, repensa, e principalmente inclui o consumidor neste diálogo. Consumidor, artesão e designer numa roda, numa Conversa Sincera.
O grupo de artesãs de Itaitinga, a 40km de Fortaleza, é o parceiro mais antigo e numeroso do projeto #umaconversasincera, que rege a Catarina Mina! As peças são todas feitas em crochê, com mãos e cabeças 90% femininas. 35 mulheres com força de trabalho atrelada a um saber manual secular, sob os olhos atentos da matriarca Aldenice Felix, que há 30 anos tem o crochê como ofício.
Celebra-se Autenticidade
#umaconversasincera é quando: o consumidor sabe quem faz a sua bolsa, fio a fio, quem passa a corrente, costura o forro. O consumidor sabe quem desenha, inventa, fotografa, escreve. O consumidor sabe quem faz a newsletter, a produção. Sabe quem lá em Itaitinga forma uma roda e ensina a arte de enlinhar, de entrelaçar, o bordado, a tapeçaria, a costura manual. Sabe quem embala. Sabe tudo sem perguntar a ninguém, porque tudo é público, tudo é transparente. É por isso que toda a gente (colaboradores, artesãos e consumidores) é um pouco sócio da Catarina Mina.
Todos os que fazem parte da Catarina Mina colocam um pedaço de si e do seu mundo em cada modelo. E todas as bolsas da Catarina Mina à venda na Be We vêm com um cartão assinado pela artesã que fez.
Catarina Mina. Be We
Porquê na Be We?
A loja é o concretizar de um projeto exclusivo em Portugal, que tem na base da sua curadoria a origem e impacto das marcas que escolhe. Nas prateleiras e charriots da Be We existe um pouco de tudo mas o denominador comum chama-se impacto positivo. Marcas com diferentes visões e bandeiras, mas assentes na sustentabilidade, na preservação do ecossistema, na importância da partilha e na comunhão do coletivo.
As marcas que fazem parte do portfólio Be We dão-nos peças que resistem à passagem do tempo, que representam momentos, lugares e pessoas. Como Catarina Mina, aqui em destaque.
É importante lembrar que cabe-nos a nós, consumidores, ter mais consciência sobre o nosso papel e exigir que as empresas do setor tenham além de um posicionamento mais responsável, a capacidade de efetuar mudanças palpáveis na sua cadeia de valor.