Na primavera de 1972, a polícia invadiu um apartamento no sul de Chicago, onde foram presas sete mulheres que faziam parte de uma rede clandestina. Usando nomes falsos e vivendo em locais escondidos para se protegerem a si e ao seu trabalho, os acusados construíram uma rede clandestina para mulheres que procuravam abortos ilegais, seguros e acessíveis. Eles tratavam-se como “Jane”.
Esta história está agora retratada no documentário The Janes, realizado pela nomeada ao Oscar Tia Lessin e pela nomeada ao Emmy Emma Pildes, e estreia dia 9 de junho, na HBO Max.
Partilhando relatos em primeira mão das mulheres do centro do grupo, muitas a falarem oficialmente pela primeira vez, The Janes divulga a história de um grupo de foragidas improváveis. Desafiando as leis que proibíam o aborto, a Igreja Católica que o condenou e a máfia de Chicago que sempre lucrou com isso, os membros de “Jane” arriscaram as suas vidas pessoais e profissionais para apoiarem mulheres com gravidezes indesejadas. Na era pré-Roe contra Wade – uma época em que o aborto era crime na maioria dos estados e até mesmo a circulação de informações sobre o aborto era um crime em Illinois – o grupo “Janes” realizou abortos gratuitos e de baixo valor para cerca de 11 000 mulheres.
Membros que faziam parte das ‘Janes’
Com manchetes em jornais e indicações de que o Supremo Tribunal podia derrubar Roe contra Wade numa decisão futura, o filme oferece uma descrição extremamente oportuna das “Janes” e relembra uma época nos EUA antes que o direito constitucional ao aborto fosse legalizado.
Membros que faziam parte das ‘Janes’
O filme inclui descrições emocionantes de mulheres que fizeram abortos na organização secreta e das mulheres no centro de “Jane”, incluindo Heather Booth, Judith Arcana, Marie Leaner, Diane Stevens, Eleanor Oliver entre outras, bem como opiniões de advogados, médicos e outros que refletem sobre a época, incluindo um homem que realizou abortos e passou a ensinar os “Janes” a fazer o procedimento.
