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Cientistas prometem reverter sinais do envelhecimento

A nova terapia genética deu resultados em ratos. Daqui a dez anos, espera-se poder testá-la em humanos.

Uma equipa de cientistas do Salk Institute, nos EUA, conseguiu reprogramar células de ratos, fazendo com que estas regressem a um estado (quase) embrionário, de modo a reverter os efeitos do envelhecimento. Dentro de uma década será possível transportar os testes para os humanos, como preveem os investigadores.

Esta inovadora técnica baseia-se no trabalho do investigador japonês Shinya Yamanaka, de 2006, que permitia o regresso a um estado inicial da pele de organismos vivos. Apesar do sucesso deste procedimento, foi observado o aparecimento de algumas complicações, nomeadamente o crescimento de células cancerígenas.

Recentemente, o grupo de investigadores do Salk Institute adaptou a técnica do cientista japonês e reprogramou parcialmente as células, resultando na rejuvenescência da pele.

Dado que o maior fator de risco para o cancro, doenças cardíacas ou neuro degenerativas é “simplesmente a idade”, segundo o comunicado divulgado pela instituição, o principal intuito destes investidores é conseguir reverter o processo de envelhecimento em si, ao invés de combater doenças normalmente associadas a ele.

É de referir que os animais utilizados para testar o procedimento sofriam de progéria, uma doença genética responsável por sintomas idênticos aos do envelhecimento, e que, a partir do momento em que as suas células foram reprogramadas, a sua esperança média de vida aumentou consideravelmente. No final das seis semanas de tratamento, os ratos apresentavam um aspeto mais jovem e saudável.

“Obviamente, ratos não são humanos e sabemos que é muito mais complexo rejuvenescer uma pessoa”, explica o investigador que orientou o estudo, Juan Carlos Izpisua Belmonte. “Mas este estudo mostra que o envelhecimento é um processo muito dinâmico e plástico, e portanto estará mais acessível a intervenções terapêuticas do que pensávamos anteriormente”, acrescenta.

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