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Cirurgia Plástica e Medicina Estética: Saúde ou Estética?

A influência da Cirurgia Plástica e da Medicina Estética na saúde física e mental pode ter tanto efeitos positivos como negativos, considerando diversos fatores que serão explorados ao longo deste artigo e que discutimos no decorrer das consultas.

A melhoria da autoestima é um aspeto comum a ambas as áreas, em todas as suas vertentes, e muitas vezes apontada como o único critério para a sua procura. Procedimentos como a lipoaspiração, mamoplastia de aumento e tratamentos de rejuvenescimento facial não invasivos, como aplicação de toxina botulínica ou ácido hialurónico são frequentemente vinculados à busca por melhorias na autoimagem.

Porém, é crucial reconhecer o impacto positivo na saúde física que a Cirurgia Plástica e a Medicina estética oferecem. Procedimentos como a mamoplastia de redução não ajudam apenas em questões funcionais e posturais devido à hipertrofia mamária, mas também contribuem para uma perceção mais positiva da imagem corporal. Da mesma forma, cirurgias de contorno corporal após perda de peso substancial melhoram a mobilidade, higiene e o desconforto associado ao excesso de pele.

Quando nos deparamos com sequelas de tratamentos oncológicos, traumatismos ou patologias congénitas, estas áreas têm um papel vital no restabelecimento funcional, físico e emocional.

Por outro lado, a realização de qualquer cirurgia plástica ou tratamento de medicina estética deve ser sempre precedido por uma avaliação cuidadosa por um médico especializado de forma a evitar expetativas irrealistas e a identificar situações de dismorfia corporal. O papel crescente das redes sociais e a busca pela perfeição têm contribuído para um impacto negativo na saúde mental, gerando expetativas inalcançáveis.

Atualmente, a Cirurgia Plástica e a Medicina Estética adotam uma abordagem holística, encarando a individualidade dos seus pacientes para não abordar apenas a imagem corporal, mas também melhorar a saúde física e mental. Isto reflete-se na autoestima, nas relações interpessoais e até mesmo no sucesso profissional. Equilibrar os ideais físicos com o bem-estar mental e emocional é fundamental. Procurar uma compreensão realista do que estes procedimentos podem ou não alcançar e manter uma comunicação aberta com os profissionais de saúde são passos fundamentais para tomar decisões informadas.

O desafio em delimitar estética e bem-estar reside na intrincada ligação entre imagem corporal e saúde mental. Embora certos procedimentos sejam procurados principalmente para melhoria estética, o impacto no bem-estar de um indivíduo é muitas vezes profundo e multifacetado. Melhorar a aparência pode aumentar significativamente a autoestima, a confiança e as interações sociais, influenciando assim positivamente a saúde mental e emocional. No entanto, traçar uma linha clara entre alterações puramente estéticas e intervenções que melhoram tangivelmente a saúde física ou emocional pode ser complicado, uma vez que muitos procedimentos têm efeitos sobrepostos, influenciando tanto a aparência como o bem-estar geral de formas complexas.

Artigo de Opinião de Rui Lima

Cirurgião Plástico na Up Clinic

Dr. Rui Lima

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