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Conselhos de uma microbiólogo para lidar com o pólen

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, estima-se que as alergias afetam cerca de um terço da população em Portugal. Uma alergia é uma doença em que o sistema imunitário reage em excesso a uma substância que normalmente não é prejudicial para o organismo. As substâncias que causam reações alérgicas são chamadas alergénicas.

Entre as mais frequentes estão a asma, rinite, eczema, urticária, alergias a alimentos ou a medicamentos. A rinite, uma das mais frequentes, está muito ligada à exposição a ácaros do pó de casa, pólens, fumo do tabaco e ambientes poluídos.

Partículas do pólen presas a um fio de cabelo, vistas sob um microscópio

Partículas do pólen presas a um fio de cabelo, vistas sob um microscópio

“Se observa que os seus espirros constantes, nariz a pingar, olhos lacrimejantes e comichão na garganta são mais ativos em determinadas estações do ano, pode estar a sofrer de uma alergia ou sensibilidade ao pólen”, afirma Joanne Kang, investigadora sénior da Dyson. “Há uma conceção errada de que a estação do pólen é a Primavera. No entanto, dependendo da sua localização e clima, as plantas desenvolvem-se e polinizam em diferentes estações e durante diferentes períodos de tempo. Portanto, o pólen pode estar presente durante todo o ano.”

Embora os sintomas possam ser tratados através de medicamentos, o conhecimento dos estímulos de alergia permite-lhe antecipar melhor as crises e tomar precauções quando necessário. Os microbiólogos da Dyson deixam três dicas para ultrapassar esta fase da melhor forma:

1. Antecipe as crises de alergia

Cada tipo de pólen causa uma reação diferente: algumas pessoas são alérgicas ao pólen das árvores, o que é comum na Primavera; outras têm problemas com o pólen das gramíneas, que é mais típico do Verão, e outras com o pólen das ervas daninhas, que é comum no Outono. Em climas tropicais e mais temperados, onde os fetos prosperam e as plantas não precisam ficar adormecidas no Inverno, a polinização pode ocorrer durante todo o ano. Ao aceder ao site da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica pode ter acesso ao boletim polínico do país e perceber onde e quando estão mais intensos os diferentes alergénicos. 

Além das estações do ano, a temperatura, a hora do dia, a humidade e a pluviosidade também afetam a quantidade do pólen. Muitas plantas libertam pólen de manhã cedo e quando o tempo está ensolarado e quente; sob estas condições, é provável que a quantidade de pólen dispare. Evitar as atividades ao ar livre nestes momentos é muito importante para reduzir os sintomas de alergia.

Em suma, conhecer o tipo de pólen que desencadeia os sintomas da alergia e a altura do ano em que atinge o seu pico permite antecipar as crises de alergia e tomar medidas preventivas para as minimizar.

2. Procure possíveis gatilhos em casa

De acordo com o Global Dust Study da Dyson, apenas 1 em cada 10 pessoas tem noção que o pólen faz parte do pó da casa. Sendo os esporos do pólen tão pequenos e leves, e com a contínua troca de ar entre o ambiente interior e exterior, é inevitável que partículas de pó exterior como o pólen entrei para dentro de casa. Estas partículas podem agarrar-se ao cabelo, à roupa e até ao pelo dos animais de estimação.

O Global Dust Study mostra que 1 em cada 5 pessoas usa os sapatos da rua dentro de casa, enquanto 2 em cada 3 pessoas não mudam de roupa quando entram em casa3. Tirar sapatos antes de entrar em casa e mudar de roupa reduz imediatamente a probabilidade de partículas de pólen circularem dentro de casa.

O estudo também revela que cerca de 1 em cada 2 donos de animais de estimação permitem que estes subam para as suas camas. A restrição do acesso dos animais de estimação aos quartos de dormir e a limpeza regular do pelo dos animais evita que os pelos soltos, o pólen e outras partículas que podem agarrar-se a eles sejam desalojados e espalhados pela casa

3. Assegure uma rotina de limpeza

Embora a maioria das pessoas limpe regularmente as suas casas, é importante aspirar mais do que apenas o chão. As partículas de pólen são extremamente pequenas e leves, pelo que podem ser transportadas pelo ar. As janelas abertas permitem que o pólen entre em casa e adira às superfícies, incluindo parapeitos de janelas e cortinas. Móveis, tecidos, almofadas, colchões, sofás e tapetes, entre outros, podem conter pólen durante meses e afetar a saúde e o bem-estar mesmo fora da estação do pico do pólen.

A melhor maneira de reduzir os sintomas de alergia ao pólen é minimizar a exposição ao alergénico. A aspiração regular de várias superfícies em casa, especialmente tapeçarias e outras áreas negligenciadas, contribui em muito para minimizar a exposição ao pólen em casa. No entanto, o ato de aspirar pode fazer com que partículas de pó subam e sejam transportadas pelo ar e potencialmente inaladas. É recomendado utilizar um purificador do ar para remover o pólen e os alergénicos transportados pelo ar.

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