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Estreia de luxo!

Empresária, empreendedora e apaixonada pelo Todo-o-Terreno, Maria Luís Gameiro vai ser a primeira piloto portuguesa a disputar o “Mini Dakar Europeu”, em Espanha.

Apesar da paixão não passar de um hobby, visto que se move profissionalmente entre  gerente, administradora e CEO de 8 empresas, entre as quais se destaca a MOTIVO-JCB e o Centro Hiperbárico de Cascais, a empresária marcará presença, em junho, no Rally de Andaluzia, a terceira maior prova de Todo-o-Terreno do Campeonato do Mundo da modalidade.

Vamos descobrir de onde partiu o seu gosto pelo todo-o-terreno e como consegue encaixá-lo na sua vida profissional?

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Maria Gameiro

De onde é que partiu esta paixão? 

Sempre gostei de velocidade, mas como os meus familiares e amigos não tinham ligação nem gosto particular pelo desporto automóvel, eu aventurava-me a andar de bicicleta em velocidades excessivas com a minha irmã, e mais tarde enveredei pelo atletismo na modalidade de velocidade no qual consegui títulos europeus.

Assim que tirei a carta de condução – comecei a tirá-la ainda com 17 ano – assumi o controlo da viatura de família, mas aí só podia “matar” o gosto pela condução uma vez que sou uma condutora cuidadosa.

A paixão pelo todo-o-terreno teve início no ano de 2005, ano em que conheci aquele que veio a ser o meu marido. Ele praticava a modalidade e eu adorava acompanhá-lo.

Claro que os meus olhos brilhavam ao ver os carros passar e ansiava por uma oportunidade para também eu entrar num deles e agarrar-me à roda. Aconteceu em 2009!

Estreei-me na Baja Portalegre que é a prova rainha do Todo-o-Terreno em Portugal e consegui acabar logo na minha primeira vez. Adorei!

Como se sente por ser a primeira piloto portuguesa a disputar o “Mini Dakar Europeu”?

Quando a equipa pensou na inscrição nesta prova, nem pensei no assunto, mas deixa-me feliz.

Estive mais de 10 anos sem competir e só voltei este ano. Tenho um carro potente e muito diferente daqueles que conduzi, e por essa razão tenho de fazer uma reaprendizagem na condução e adaptação ao carro.

O nosso campeonato é muito competitivo, dos melhores do mundo, e eu sou a única mulher piloto no Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno.

Tenho de fazer kms para ganhar experiência e o Rally de Andaluzia, este “Mini Dakar Europeu”, trazer-me-á os kms que preciso. É uma prova muito desafiante e dura, serão muitos kms nos quais vou correr com os melhores do mundo.

Ser a primeira mulher portuguesa a fazê-la, deixa-me a responsabilidade acrescida de, além de dar o meu melhor, representar o meu país de que me orgulho muito e as mulheres portuguesas em particular!

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Como concilia o seu trabalho com este hobby?

Com organização!

Sou gestora de várias empresas de ramos de actividade bem diferentes e com dinâmicas também elas diferentes, maquinaria, saúde, com o Centro Hiperbárico de Cascais, arquitectura  etc,. Só por si, é um desafio, mas eu gosto deles!

Tenho de ser eficiente nas decisões e saber delegar tem sido o meu maior desafio. Preciso de tempo para tomar as decisões importantes.

Este hobby em particular não nos permite distrações, é um desporto radical e com riscos e por isso temos de estar focados.

Por esse motivo, quando corro não posso pensar em trabalho, pelo que funciona como “terapia” para manter uma mente sã!

Tem sido especialmente difícil, agora que está a treinar para a competição?

Este é um hobby que exige uma preparação física muito grande e este “Mini Dakar Europeu” é das provas mais difíceis e exigentes ao nível físico e psicológico pela sua duração, 6 dias!

Tenho feito aulas de ginásio mais específicas para esta preparação e faço sessões de Oxigenoterapia Hiperbárica no Centro Hiperbárico em Cascais, para recuperação muscular e prevenção de lesões.

Nas empresas tenho o apoio incondicional dos meus colaboradores, que me apoiam nesta fase mais intensa. Mas com organização e planeamento tudo se consegue!

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Já pensou dedicar-se em exclusivo a este hobby?

Honestamente, nunca me passou pela cabeça por dois motivos, o primeiro, porque gosto muito do que faço, das empresas que giro, dos projetos que tenho, e o segundo, e não menos importante, porque este hobby não me sustenta, bem pelo contrário. É um hobby caro, com pouca visibilidade (ainda! …darei o meu melhor para o dar a conhecer) pelo que não temos em Portugal atletas desta modalidade que vivam apenas dele. No estrangeiro há alguns profissionais mas não por cá, infelizmente.

De qualquer modo, há sonhos que concretizaria se houvessem patrocínios que o permitissem.

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