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Florencia Etcheves: “eu não queria, em hipótese alguma, inventar uma Frida que não existe”

Autora dos romances “La Virgen en tus ojos”, “La hija del campeón”, “Cornelia”, “Errantes” e “La Sirena”, Florencia Etcheves lançou este ano o livro A Cozinheira de Frida. Muito vivido e rico nas descrições dos trajes e penteados de Frida Khalo, ao mesmo tempo que capta as suas pinturas e os elementos que retratou, a história foca-se na amizade, no amor e na lealdade como fontes de sobrevivência e mostra um lado mais pessoal e íntimo da artista. A autora do livro em entrevista.

O livro é baseado numa história verídica ou partiu da sua imaginação?

Tudo o que tem a ver com as circunstâncias de Frida e Diego é imaginado, mas retirado da realidade. Trabalhei com documentos, arquivos e bibliografia mexicana sobre eles e com as minhas próprias visitas aos locais da Cidade do México que os acolheram. Nayeli Cruz, a cozinheira e protagonista do romance, não existiu. Inventei-a para criar uma ligação com a segunda metade do romance: Buenos Aires no presente e a misteriosa herança de Paloma, a neta da cozinheira.

“A Cozinheira de Frida”

“A Cozinheira de Frida”

Porquê Frida Kahlo?

Os meus editores mexicanos, Gabriel Sandoval e Sergio Villela, chamaram-me porque sentiram que a curiosidade dos leitores sobre Frida e o seu mundo não se esgotou, apesar da passagem do tempo. E tinham razão! Quando comecei a pesquisar sobre ela, pude entender as razões pelas quais Frida nunca sai de moda. Acredito que ela foi e continua a ser uma mulher do futuro. A sua cabeça, os seus atos, a forma como carrega as suas dores, o seu corpo e até a sua sexualidade são absolutamente disruptivos e fascinantes.

Foi difícil descrever e retratar uma figura tão emblemática?

Em alguns momentos, sim, foi difícil. O universo dela era tão rico em todos os sentidos que eu tinha medo de perder questões que iam contribuir muito para o arco dramático da minha protagonista, que é a Nayeli. E, por outro lado, eu não queria, em hipótese alguma, inventar uma Frida que não existe. Tentei preservar a sua voz e a sua visão do mundo e de si própria.

O que podem os leitores esperar deste livro?

Uma viagem pelo México dos anos 40 e pela Buenos Aires pré-pandémica. E um bom passaporte para o mundo da arte, não só para Diego e Frida, mas também para Cristobal e Ramiro, que nos levam ao fascinante mundo dos falsificadores, dos quadros amaldiçoados e dos roubos de milhões e milhões de dólares.

O que o torna diferente dos demais? 

Penso que tem um tema bastante original: a mistura de dois géneros. Por um lado, o romance histórico e, por outro, o thriller clássico.

Devemos ler este livro por que?

Sou daquelas que acredita que qualquer livro que desperte algum tipo de interesse ou curiosidade em nós deve ser lido, sejam os meus livros ou qualquer outro. A curiosidade é a grande força motriz para mim, mesmo para a leitura.

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