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FNAC Live regressa para promover o talento nacional

Da vontade de dar palco a jovens talentos, de promover o talento nacional e o livre acesso à cultura, nasceu o FNAC Live, que já se encontra na sua 21.ª edição. Este ano, regressa aos Jardins da Torre de Belém nos dias 2 e 3 de junho com muita música e animação. Não podemos, também, deixar de mencionar a entrega dos prémios Novos Talentos FNAC em seis categorias diferentes — fotografia, ilustração, escrita, cinema, música e videojogos. Catarina Ribeiro da Silva, Responsável de Comunicação Institucional e Cultural / Programadora FNAC Live, conta-nos como é que surgiu este projeto e tudo o que está por detrás dele.  

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Catarina Ribeiro da Silva, Responsável de Comunicação Institucional e Cultural / Programadora FNAC Live

O grande objetivo do FNAC Live é?

O FNAC LIVE surge de uma necessidade que sentimos de dar palco a jovens talentos. O nosso objetivo é, desde sempre, promover o talento nacional e o livre acesso à cultura. Trabalhamos para proporcionar uma rampa de lançamento de artistas emergentes, para trazer a público todo o tipo de sonoridades e despertar paixões quer de quem está no palco quer de quem está no público. Desde 2007 que a FNAC edita, anualmente, a colectânea NOVOS TALENTOS FNAC com o intuito de compilar numa única edição uma diversidade de artistas emergentes. Com o passar do tempo sentimos que, mais do que editar o disco, era preciso levar estes artistas para junto do público e ajudá-los a tocar ao vivo e ganhar escala. Para o fazer acabámos por encontrar esta estratégia, que nos parece vencedora, de os envolver sempre em cartazes com alguns nomes já bem conhecidos do público e de entrada gratuita. O nosso intuito é a celebração da cultura, e não há melhor forma de o fazer do que promovê-la.

A celebrar 21 anos, o balanço que faz é positivo?

O primeiro festival da FNAC aconteceu em 2013 sob o nome Festival Novos Talentos FNAC, no fundo como uma expansão da colectânea que ainda hoje se mantém. O nome FNAC LIVE aparece em 2016 no momento em que, para além de novos talentos, começámos a juntar alguns nomes já mais conhecidos do público aos nossos cartazes. O festival começou nas ruas de Lisboa, passou pelo cinema São Jorge, pelo Village Underground, Capitólio, Pavilhão Carlos Lopes, Coliseu e, desde o ano passado, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, chegámos aos Jardins da Torre de Belém.

Ao longos dos últimos 5 anos crescemos substancialmente, conseguindo inclusivamente fazer acontecer o festival nos dois anos de pandemia – em 2020 no Coliseu ainda com bastantes restrições  – mas tendo chegado, hoje em dia, a uma dimensão de que nos orgulhamos bastante. O cenário da Torre de Belém é único e deu-nos a possibilidade de trazer a entrega dos prémios Novos Talentos FNAC para “dentro” do festival. Estes dois projetos, apesar de estarem intrinsecamente ligados aconteciam em momentos distintos no tempo, e desta forma parece-nos que faz tudo ainda mais sentido.

Como é feita a escolha dos artistas? 

A nossa aposta recai sempre numa programação que cruze gerações integrando jovens talentos em início de carreira com nomes já reconhecidos pelo público. Sabemos que estes nomes maiores vão trazer bastante público que será crucial para a difusão do trabalho dos artistas emergentes. Para além disso, temos também uma preocupação genuína em ter um cartaz bastante eclético e diverso, seja em estilos, géneros ou gerações e sonoridades. Dessa forma sabemos que mobilizamos também públicos bastante diversos que certamente vão ter uma experiência bastante diferente e enriquecedora. Tentamos que os nossos alinhamentos sejam sempre “pouco óbvios” para tentar que toda a gente que passe pelo FNAC Live descubra, ou dedique algum tempo a alguma banda nova ou que nunca esperava ver ao vivo, acabando por ficar connosco ao longo do dia. No fim, o nosso objetivo é oferecer uma experiência musical diversa e envolvente, e acima de tudo, despertar paixões.

Esta edição é ainda mais especial por se comemorarem 25 anos da FNAC Portugal. O que podemos esperar de surpreendente?

Os anos redondos são sempre uma boa justificação para que a festa seja ainda maior. O nosso caso não é excepção. Sendo o FNAC LIVE o nosso momento anual de celebração da cultura, este ano não podíamos deixar de o assinalar de forma diferente. Com a celebração dos 25 anos temos, efetivamente, um cartaz mais extenso com a introdução de um dia “extra” (sexta dia 2 de junho), que consideramos um warm-up para o festival propriamente dito. Neste dia optámos por incluir outras disciplinas artísticas de forma a ter uma oferta ainda mais rica para o público.

E como temos a sorte de ter parceiros que gostam de celebrar connosco, a REPSOL aumentou também os prémios para os vencedores dos Novos Talentos FNAC, o que significa que, no dia 3 de junho, vamos ainda entregar 10.000€ ao vencedor de cada categoria do nosso concurso, num total de seis categorias (60.000€). Acreditamos que estes prémios vão fazer toda a diferença para o desenvolvimento e crescimento de cada um destes novos projetos.

(créditos Joana Caiano)

Ana Lua Caiano. Créditos: Joana Caiano

Com uma programação que cruza gerações e integra “jovens talentos em início de carreira com nomes já reconhecidos pelo público”, como explicou a Responsável de Comunicação Institucional e Cultural / Programadora FNAC Live, Ana Lua Caiano é uma das jovens talentosas que irá atuar no dia 3 de junho no palco NFT. Ainda em início de carreira, falámos com a artista sobre o evento, o seu novo EP e, no geral, a sua música. 

Atuar no FNAC Live tem um significado especial?

É super importante. O ano passado tinha estado a assistir aos concertos todos nos Jardins da Torre de Belém, portanto, é um prazer enorme para mim estar agora no palco este ano.

Este é um evento importante para os jovens talentos nacionais?

Sim, sem dúvida. Este evento é muito importante, porque o palco dos Novos Talentos FNAC expande aquilo que o concurso faz, que é ser uma plataforma essencial para artistas jovens poderem mostrar o seu trabalho, neste caso, num palco e num recinto de grande dimensão.

A música surge em que momento da sua vida?

O meu caminho na música começou há alguns anos, desde muito pequenina que comecei a estudar piano, fiz coro clássico, formação musical. Mais tarde estudei Jazz, o curso completo de 4 anos no Hot Clube, estive na ETIC um ano… e foi a partir destas experiências todas que, na altura da pandemia, surge este projeto em que fui juntando todas as aprendizagens e experiências que já mencionei.

Crédito: TeresaComCerteza

Crédito: TeresaComCerteza

De que forma define a sua música?

A forma como têm definido, pelo menos que eu tenha visto, é com a palavra “electro-folk”, uma junção de música tradicional com eletrónica. Claro que é sempre muito difícil definir a música, há canções que sinto que vão buscar mais só às raízes tradicionais, outras mais influenciadas pela parte eletrónica, nunca é algo fixo e fechado sobre si.

Lançou em maio deste ano o seu novo EP, “Se dançar é só Depois”. Qual foi a inspiração?

Este EP é uma continuação do anterior, que lancei em setembro de 2022. Ou seja, continua a mesma lógica de junção de música tradicional com elementos mais eletrónicos. A minha inspiração foram cantautores portugueses que sempre ouvi, desde pequena, como o Fausto, Sérgio Godinho (que toca também a 3 de junho no FNAC LIVE), Zeca Afonso, entre outros! Mas depois, também o experimentalismo de Silver Apple, Portishead, Björk. É um conjunto de várias influências.

No teu concerto, vamos poder ouvir músicas deste novo EP?

Sim, vou tocar músicas do meu mais recente EP, “Se Dançar É Só Depois”, e também do meu EP de estreia “Cheguei Tarde A Ontem”.

Quem é Ana Lua Caiano?

Esta pergunta é muito difícil. Neste momento, é a música que eu faço, talvez daqui a um ano ou dois seja um pouco diferente, quem sabe? Algo é certo, sou uma pessoa que gosta muito de compor, é uma grande paixão minha e sempre que posso vou compor uma canção nova, por isso a relação com a música estará sempre lá.

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