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Gengivas: os 5 mitos mais comuns

A gengiva desempenha um papel crucial como estrutura de suporte para os dentes, formando uma barreira protetora que impede a fácil penetração da placa bacteriana na camada óssea. Como tal, e ao contrário da perceção comum, uma pobre saúde gengival é uma condição séria que pode ter consequências graves se não for tratada. Isto porque, segundo o Chefe ortodontista da Impress em Portugal, “existe uma correlação direta entre infeções bucais — como a gengivite —, e a falta de higiene oral”. O Dr. Kasem alerta, ainda, para o impacto que esta condição pode ter nas pessoas e nas suas relações: 

Pode resultar na inibição do sorriso devido à preocupação com a aparência dos dentes e interferir nas relações interpessoais, na autoconfiança e até mesmo no simples ato de desfrutar de uma refeição”.

Neste sentido, e porque “é importante alertar para os perigos associados à desinformação sobre saúde oral e fazer os pacientes compreender que decisões informadas e uma supervisão regular de um médico dentista são fundamentais e devem ser sempre levados a sério para evitar potenciais riscos futuros”, a Impress destaca cinco mitos associados às gengivas, bem como os seus fatores de risco.

Mito 1: O sangramento gengival na escovagem dos dentes é normal

O sangramento gengival deve ser levado a sério e tratado de imediato, pois é um sintoma comum da doença das gengivas (ou gengivite). Esta ocorre quando a placa bacteriana se acumula nos dentes e à volta da linha das gengivas, caracterizado por uma alteração da coloração natural da gengiva, o que causa inflamação, e que, em alguns casos, pode levar ao sangramento com edema. Embora pequenas hemorragias possam ocorrer devido a escovagens excessivamente fortes ou à utilização de uma escova de dentes nova, uma hemorragia persistente ou intensa não é normal e deve motivar uma visita ao dentista. Muitas vezes, a doença das gengivas avança silenciosamente e sem dor, sem causar desconforto aparente, até que danos significativos ocorram e se não for tratada a tempo, pode resultar em danos irreversíveis.

Mito 2 : O sangramento gengival é causado pelo fio dentário ou por uma escovagem agressiva

Outra perceção comum é a ideia de que o sangramento é causado pelo uso do fio dentário. Na realidade, o fio dentário não danifica as gengivas; quando se sangra, é um sinal de inflamação e um pedido de socorro da gengiva para que o dente seja mais limpo. Portanto, e ao invés de evitar o uso do fio dentário, deve-se fazer o contrário: usar com mais frequência. 

Mito 3 : A gengivite não é uma doença grave

A gengivite representa o primeiro estágio da periodontite, uma condição comum caracterizada pela acumulação de bactérias nos dentes e pela gradual destruição das estruturas de suporte, levando à inflamação dos tecidos. Os sintomas incluem gengivas inchadas ou sensíveis, sangramento durante a escovagem ou o uso do fio dentário, mau hálito e dentes soltos. Ocorre devido aos maus cuidados orais, alterações hormonais, como, por exemplo, na gestação ou na menopausa, ou, ainda, devido a certas doenças sistémicas, como diabetes ou HIV. Contrariamente à perceção comum, a gengivite é uma doença grave e o seu tratamento não deve ser negligenciado; fazê-lo, pode resultar em consequências sérias, como perda dentária, formação de abcessos, infeções, danos nos ossos e até  levar a outros problemas de saúde, como doenças cardíacas e diabetes.

Mito 4 : Não existem tratamentos eficazes para doenças gengivais

Muitos, por falta de melhor conhecimento, acreditam no mito de que não existe um tratamento para as doenças relacionadas com a gengiva. Apesar de ser verdade que, após a primeira ocorrência, o paciente fica mais suscetível a futuras, o facto é que existem vários tratamentos eficazes disponíveis, dependendo da gravidade do caso. Para controlar a gengivite numa fase inicial, é fundamental fazer uma limpeza profissional com instrumentos frios ou ultrassónicos. Este procedimento elimina o tártaro fixado debaixo da linha gengival e suaviza irregularidades nas raízes dentárias, prevenindo acumulações futuras. Já o tratamento da periodontite consiste numa destartarização e uma raspagem minuciosa para remover os restos de comida debaixo da gengiva, ou o enxaguamento com clorexidina, um antissético químico com ação antifúngica que destrói as bactérias. Numa fase ainda mais avançada, tratamentos invasivos podem ser recomendados e antibióticos podem ser prescritos pelo dentista para reparar danos nas fases avançadas da doença gengival.

Mito 5 : Bochechar substitui a escovação

Por fim, outro mito comum é a crença de que bochechar pode substituir a escovação e é importante desmistificar estas ideias erradas.  Embora os bochechos possam ser úteis na eliminação de bactérias causadoras de cáries e gengivite, não são eficazes por si só. Apenas a manutenção de hábitos exemplares de higiene oral, incluindo a escovagem dos dentes duas vezes ao dia e a utilização regular do fio dentário, são capazes de desempenhar um papel significativo na prevenção do desenvolvimento de doenças gengivais.

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