O Holmes Place está a lançar uma nova modalidade de treino, a AntiGravity, e convidou-me para experimentar. Disse logo que sim, afinal agora eu gosto mesmo de treinar. Foi só quando comecei a ler sobre a AntiGravity e, sobretudo, a ver as fotografias das aulas, que comecei a ter medo… muito medo. Quando soube que ia ter uma aula só para mim com o fundador da modalidade, ainda fiquei mais amedrontada.
A AntiGravity é uma disciplina de treino criada por Christopher Harrison, que foi ginasta de competição, bailarino, treinador e performer na Broadway. Em 1991 fundou a companhia com este nome, dedicada à construção de espetáculos (ou partes de espetáculos) em que os atores/bailarinos atuavam suspensos num pano preso ao teto. Aos poucos, e com o intuito de criar uma rotina de aquecimento, Christopher Harrison foi desenvolvendo técnicas que beneficiavam os atletas/artistas profissionais, com uma particularidade: o pano era suspenso em dois pontos no teto.
Depois de muito estudo e de homologações de entidades desportivas americanas e inglesas, a AntiGravity passou a ser, também, uma rotina de treino para desportistas não profissionais. Pelas suas posturas, pela sua coordenação, pelo movimento e pela respiração, é muitas vezes chamada de yoga suspenso, mas a AntiGravity tem também uma componente de fitness importante e as vantagens são muitas: diminui-se o esforço das articulações, diminui-se a pressão arterial com as inversões do corpo, aumenta-se a tonificação da pele… O criador destas técnicas acrescenta:
“E fazemos tudo isto enquanto nos divertimos. Como é divertido, é mais fácil.”
OK. Primeiro passo, pensar: “Isto é possível”. E confiar, confiar, confiar. E pensar nas leis da física: um pano esticado ao máximo não nos deixa cair no chão. Depois oiço com atenção Christopher, que diz: “Quando abres espaço no corpo, abres espaço na mente. Abres possibilidades.” OK. Abrir espaço no corpo, ouvir as indicações que me dá e acreditar. Sento-me no pano como se fosse um baloiço, abro as pernas, fecho as pernas, junto os pés e, de repente, já estou a fazer a minha primeira inversão. Ou seja, estou de cabeça para baixo, com o corpo suspenso pela bacia, e posso soltar as mãos do chão. E o mais estranho é que é… muito bom. Aguento uma aula de 60 minutos, parece às vezes que estou a voar e chego a fazer o pino sem mãos. E chego a dizer “espere, não me ajude já, eu consigo controlar”.
Brutal! É verdade, diverti-me! Fiz abdominais sem dores nas costas, eu que sofro deste mal com frequência. E… senti-me uma criança durante vários dias. E fiquei mesmo tonificada, logo na primeira aula. Muito bom! Confesso que por dias achei que esta modalidade nasceu de propósito para mim! Estou ansiosa por voltar a este treino. É incrível tudo o que consegui fazer: