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Manuella Botti: viver intensamente

A convite da LuxWoman, a criadora de conteúdos deu vida ao editorial de moda Divine Créature – disponível na edição de novembro, já nas bancas –, onde interpretou um encontro entre o clássico e o inesperado, entre a força do carisma e a subtileza de uma elegância intemporal

Numa mistura de opostos que convivem em harmonia, Manuella Botti descreve-se como inquieta, curiosa e criativa. Com raízes em Minas Gerais, vive entre o Rio de Janeiro e Lisboa, reinventando-se a cada experiência. Desafiando-se diariamente, é ao sair da sua zona de conforto que se sente verdadeiramente feliz. Para si, a moda é uma forma de expressão e liberdade, espelhando o seu estado de espírito e a sua autenticidade. No editorial Divine Créature, foi protagonista de um encontro entre o clássico e o inesperado, destacando o carisma, a elegância intemporal e a paixão em tudo o que faz. Inspirada pela diversidade de ambientes e referências artísticas, valoriza o aprender contínuo e o contacto genuíno com pessoas e sítios—defendendo que ser fiel à essência é o que torna cada estilo único e com propósito.

A Manuella Botti é…

Uma pessoa inquieta, curiosa e criativa. Gosto de explorar diferentes áreas – do styling à fotografia, do design ao branding – e de me expressar através da moda e do conteúdo que produzo. Tenho raízes em Minas Gerais, mas vivo o ritmo carioca do Rio de Janeiro, e ainda sobra tempo para passar uns meses em Lisboa. Valorizo muito a autenticidade e a liberdade! Adoro aprender coisas novas, conhecer pessoas e lugares. Estou sempre em movimento: para mim, sair da zona de conforto é essencial para manter a criatividade viva.

“Estou sempre em movimento: para mim, sair da zona de conforto é essencial para manter a criatividade viva”

Foi a protagonista do editorial de moda da LuxWoman deste mês. Como viveu esta experiência e o que mais a marcou quando se viu nas páginas da revista?

Foi uma experiência muito divertida! O facto de ser uma revista portuguesa tornou tudo ainda mais especial, pois tenho um carinho enorme pelo país. Também foi incrível poder contar com o olhar e o talento de outros profissionais. No meu dia a dia, como criadora de conteúdos, acabo por fazer muita coisa sozinha e tenho um lado controlador. [risos] Então, desta vez, poder entregar-me e confiar noutras visões foi enriquecedor.

Como descreveria o seu estilo e de que forma este reflete quem é no seu dia a dia?

O meu estilo é um reflexo direto da minha personalidade: uma mistura de opostos que convivem em harmonia. Gosto de brincar com contrastes. Acho que isso traduz muito a minha maneira de ser: sou curiosa, versátil e estou sempre em movimento. Não sou uma pessoa presa a uma estética e sinto que vou mudando e evoluindo conforme os lugares e as fases da minha vida. No fundo, vestir, para mim, é uma forma de expressão e liberdade, uma maneira de traduzir como estou.

Sendo a moda essa forma de expressão e liberdade que menciona, procura transmitir algo quando se veste?

Acima de tudo, quero transmitir verdade. Hoje em dia, com tantos influenciadores e o surgimento constante de novas tendências, é muito fácil perdermo-nos a tentar encaixar-nos no que está em alta (ou até tentar preencher um vazio com tudo isso). Acredito que o maior poder é ser quem somos e conseguir expressar isso em tudo o que fazemos. Gosto de usar a moda, o styling e as minhas criações de conteúdos como forma de mostrar o meu olhar e o meu lifestyle genuínos. Para mim, autenticidade é o que conecta e torna tudo mais real e com propósito.

Vivemos num tempo de múltiplos padrões de beleza e de muita exposição. Como encontra o equilíbrio entre cuidar da sua imagem e manter-se fiel à sua essência?

Acredito que a maturidade e o autoconhecimento são o que nos ajudam a não nos perdermos. Cuidar da imagem é importante, mas tento sempre fazê-lo de uma forma que represente quem eu sou, realmente, e não por obrigação ou expectativas. Quando conseguimos conectar-nos com a nossa essência, tudo flui de forma mais natural – seja no estilo, nas amizades ou na forma como nos mostramos ao mundo.

“No fundo, vestir, para mim, é uma forma de expressão e liberdade, uma maneira de traduzir como estou”

Tem algum ritual de beleza ou produto indispensável que faça parte da sua rotina?

Sempre fui muito de sol! Moro no Rio e, numa determinada altura, ia à praia quase todos os dias. Mas, a partir de uma certa idade (hoje tenho 28 anos), percebi que a minha pele estava a começar a ficar “diferente” e que era hora de cuidar melhor dela. Comecei com pequenas rotinas em casa, como lavar e aplicar sérum à noite, e isso foi evoluindo até entender a importância de cuidar de uma forma mais completa. Hoje tenho uma rotina simples, mas consistente: lavo sempre, uso sérum, hidrato e vou regularmente ao dermatologista. Não tenho um produto específico para indicar, mas acho indispensável ir sempre que possível ao dermatologista (e fazer uns procedimentos de colagénio). [risos]

Quais são as suas maiores referências no universo da moda e da beleza? Há alguma figura que a inspire especialmente?

Bem, é difícil! É engraçado, mas a minha inspiração vem muito da música e do ambiente em que estou a viver no momento. Também um pouco da década de 60, pois sempre gostei de ver filmes dessa época. Gosto de inspirar-me principalmente em artistas com personalidade e atitude, que misturam estilo e música e não têm medo de ser quem são. No fim, a minha inspiração é eclética: agarro em tudo, coloco no liquidificador e pronto!

 

O tema da moda sustentável está cada vez mais presente. De que forma procura incorporar escolhas conscientes no seu guarda-roupa e na sua rotina?

A sustentabilidade sempre fez parte da minha vida, principalmente porque a minha mãe tem uma marca – a Mabô – que se preocupa tanto com o impacto ambiental quanto com o social. Conviver com isso fez-me dar cada vez mais importância às minhas escolhas. Acho um absurdo a quantidade de unboxings e compras que alguns influenciadores fazem só para tirar uma foto, muitas vezes na casa de banho, sem sequer usarem verdadeiramente as peças. Isso, para mim, é tão preocupante quanto a questão do fast fashion. Já viram aqueles vídeos no Tik Tok em que a pessoa espreme os produtos? Aquilo deixa-me maluca! Especialmente porque vivo no Brasil e a desigualdade aqui está mesmo diante dos nossos olhos.

No meu dia a dia, procuro comprar bastante em lojas de segunda mão, usar verdadeiramente as minhas roupas e priorizar marcas pequenas. Acho que ser consciente é ser responsável e ter respeito pelo mundo em que vivemos.

Depois deste destaque na LuxWoman, quais são os próximos passos que a entusiasmam – seja no mundo da moda, da beleza ou como criadora de conteúdos?

Acho que vou continuar a viver. [risos] Voltei agora para o Brasil e estou cheia de trabalho por aqui. Quero continuar a aprender, a conhecer pessoas, sítios e referências que me inspiram. Gosto de estar sempre em movimento, até fisicamente, porque isso faz-me sair da zona de conforto (o que considero bem perigoso para mentes criativas). Também tenho vontade de me envolver em projetos com mais conceito e narrativa, que me permitam mostrar o meu olhar de forma completa. No fim, quero continuar a ser fiel à minha essência, expandindo sempre horizontes e, claro, divertir-me no processo.

Créditos

Fotografia João Paulo

Direção Criativa Diogo Raposo Pires

Styling Diogo Raposo Pires & Fernanda Fuscella

Make Up e Cabelo Natanael Tito

Management Pablo Gomes

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