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Mão Verde II: música para ‘verdes e maduros’

 “Ser criança é não perder o encantamento com a novidade”. É assim que Ana Fernandes, mais conhecida por Capicua, descreve a beleza de ser criança, neste que é o dia dos pequenos lá de casa…!

Socióloga de formação, rapper, escritora e mãe, Capicua já está familiarizada com o mundo das crianças. Prova disto é o projeto Mão Verde.

O Mão Verde surgiu de um convite, em 2015, do Teatro Municipal de São Luiz, em Lisboa, para a criação de um concerto para crianças e famílias. Um ano mais tarde, Capicua e Pedro Geraldes, transformaram este concerto num livro-disco com rimas e lengalengas em torno da natureza, da alimentação, do consumo consciente e das boas práticas ecológicas. Este ano, em março, lançaram a parte dois, que partiu, como nos explica Capicua, da “vontade de compor a quatro”, juntando-se assim Francisca Cortesão e António Serginho ao projeto. Para além disso, também permite que tenham “mais possibilidade me palco, tocar mais instrumentos e ser assim mais festivo”.

Este quarteto formou-se em 2017, com músicas do primeiro disco. No entanto, quando voltam à “casa de partida, onde tudo começou” – o Teatro Municipal de São Luiz- decidiram compor duas canções novas para esse concerto, em 2019, “para celebrar esse regresso ao São Luís”. O Pequeno Ditador– uma canção que foge ao tema da ecologia e aborda a maternidade- e Leão deram início a esta composição a quatro, que apesar dos “backgrounds muito diferentes” dos compositores resultou às mil maravilhas e faz parte da essência do Mão Verde.

Além disso, o incrível acolhimento do Mão Verde, por parte do público, incluindo a comunidade escolar, com vários exemplares vendidos e muitos concertos pelo País, precipitou a vontade de concretizar este novo capítulo.

“Percebemos que de facto as escolas têm abraçado o Mão Verde e têm utilizado o disco-livro em sala de aula, para fazer projetos de sensibilização e o livro está cheio de dicas práticas de conteúdo informativo que ajudam verdes e maduros a ter comportamentos mais sustentáveis”, conta Capicua.

Numa casa de campo no verão do ano passado, durante uma semana, os quatro juntaram-se para dar vida ao Mão Verde II. “Foi super divertido, porque estávamos assim mesmo completamente dedicados àquilo. Foi intenso, trabalhamos imenso, mas divertimo-nos muito no processo”, revela Capicua.

E, apesar de compor a quatro poder soar a um verdadeiro desafio, a rapper portuguesa conta-nos que esta imersão funcionou como uma espécie de “jam session” festiva e enriquecedora.

Com a ecologia como tema central- tanto no primeiro como no segundo Mão Verde– Capicua conta-nos que um bom ponto de partida para abordar temas como este é através do “encantamento que as crianças têm para com os elementos da natureza e esse olhar, que eu acho que vamos perdendo à medida que vamos crescendo”. No fundo, a proposta é abordar estes temas de uma forma leve, divertida e às vezes irónica. Algo que Capicua revela ser o que faz com que “os pais, os avós e as pessoas que consomem o disco-livro com as crianças também tenham uma abertura para se sensibilizarem por esses temas, que se calhar não teriam se o discurso fosse mais panfletário, mais moralista ou mais científico”.

Livro 'Mão Verde II'

Livro ‘Mão Verde II’

No livro, encontra rimas e lengalengas escritas por Capicua, sobre plantas, animais, pessoas, insetos, flores, frutos, coisas sérias e coisas boas. A publicação inclui ainda pequenos poemas e muitas notas informativas, com consultoria de Luís Alves do Cantinho das Aromáticas, que ajudam a perceber melhor os temas abordados e ilustrações de Mantraste que complementam todo o imaginário Mão Verde com um toque de fantasia.

Já o disco tem dez canções e dois poemas musicados, que serão apresentadas em vídeo no canal Youtube Mão Verde no dia 21 de cada mês.

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