Há 8 anos, grávida da sua filha, Marisa Fernandes fundou a marca Fluffy Organic & Eco. A nossa nona Mulher com Atitude conta-nos que na altura mantinha na cabeça a ideia de usar fraldas reutilizáveis, algo que já tinha usado no seu filho mais velho.
“Comecei por experimentar fazer algumas fraldas e só depois é que pensando melhor, achei que era uma ideia interessante criar uma marca portuguesa de fraldas reutilizáveis, pois na altura havia apenas uma, também uma marca artesanal”, diz-nos Marisa.
Fluffy Organic & Eco
Na Fluffy Organic & Eco podemos encontrar vários produtos, na sua maioria reutilizáveis, como, por exemplo, fraldas reutilizáveis, toalhitas multi-usos, pensos menstruais reutilizáveis, cuecas menstruais, toalhas de cozinha e cosmética biológica e natural.
“Tenho produtos de marca própria e produtos de outras marcas, essencialmente portuguesas”, explica-nos.
Com uma loja online, onde pode adquirir os produtos, a Fluffy Organic & Eco também se encontra em algumas lojas parceiras. Quanto aos preços, estes variam entre €2 a €45.
A ideia da marca é ajudar as famílias a diminuir o impacto ambiental causado pelos produtos descartáveis. “O nosso objetivo é continuar a trabalhar com tecidos excedentes provenientes de fábricas portuguesas e ter apenas produtos de marca própria”
Flow Underwear
Para além da Fluffy Organic & Eco, Marisa criou em 2020, a primeira marca de cuecas menstruais portuguesa, a Flow Underwear.
“Com a Flow quero mostrar que é possível vivermos a nossa menstruação de forma natural e confortável, apresentando uma solução inovadora e sustentável, diminuindo o impacto ambiental que os produtos de higiene íntima têm no meio ambiente.”
Por detrás de um grande projeto, está uma grande mulher
Marisa Fernandes, tem 44 anos, é mãe, esposa, professora e empreendedora. Considera-se uma pessoa simples, que gosta de apreciar a beleza da natureza. É otimista, batalhadora e, mais ou menos, teimosa – não fosse ela do signo carneiro.
Marisa Fernandes
Ser empreendedora não foi algo que sempre quis, ou, se quer, algo que lhe tivesse passado pela cabeça.
“Começou sim a fazer sentido quando realmente comecei a costurar os primeiros produtos e percebi que este nicho não estava explorado”.
Marisa diz-nos prontamente que o caminho “foi, sem dúvida”, difícil. “No início tens a própria família que não acredita em ti, no teu projeto e te faz questionar se estás no caminho certo.”
Para além disso, a falta de experiência em vendas, gestão, apoio ao cliente e todas aquelas coisas que estão relacionadas a ter uma marca, também contribuíram para as dificuldades.
E o que é que o futuro reserva?
Para o futuro, pretende expandir a seleção de produtos de marca própria e entrar, mais, no mercado estrangeiro.
