A ideia surgiu em 2017, quando Elisabete Moreira não conseguiu mais superar a falta de representação no universo da roupa interior, principalmente nos artigos cor de pele. “Trabalhei 10 anos como Assistente de Bordo e optava por usar collants azuis-escuros com a farda porque não encontrava collants cor de pele para o meu tom”.
Foi então que em 2019, enquanto se preparava para abraçar o papel de mãe, começou a construir uma visão de futuro alinhado com as suas raízes, a sua essência feminina e os seus valores. No Dia Internacional dos Direitos Humanos, a 10 de dezembro de 2021, a KACAU veio ao mundo “para nos lembrarmos que todos nascemos livres e iguais em dignidade e direitos. Todos merecemos ser vistos, incluídos e valorizados. Todos pertencemos”.
KACAU
É a única marca portuguesa, e uma das poucas no mundo, especializada em artigos cor de pele para vários tons de pele. Contribuir para que as mulheres se sintam confiantes, sexy e valorizadas tal como são, é o grande objetivo da KACAU.
“Viemos não só ressignificar o conceito de cor de pele como o de beleza, ao incluirmos e celebrarmos mulheres autênticas e de todas as formas. Bonitas e poderosas, tal como são”.
100% nacional, tanto a matéria prima como a confeção são feitas em Portugal. Esta foi uma das preocupações da fundadora, que quis apostar no mercado e na qualidade dos materiais nacionais, valorizando não só o know-how dos parceiros e fornecedores como a mão de obra nacional e o desenvolvimento da economia portuguesa.
Disponíveis em quatro tons (Kacau 25, Kacau 35, Kacau 65 e Kacau 85), na KACAU encontra duas coleções: a MUSA e a DIVA. A coleção MUSA é uma linha mais prática e discreta, sem perder a sofisticação, para o dia a dia, com malha de corte invisível para oferecer um efeito segunda pele. A coleção DIVA é mais sexy e arrojada, onde a renda nacional é a grande estrela.
Quanto aos best sellers, Elisabete diz-nos sem hesitar, que são o “nosso soutien cai-cai MUSA, a cueca subida MUSA, a tanga e cueca subida DIVA e o Bustier Triangular DIVA”.
A coleção pode ser adquirida na loja online, em kacau.pt, ou no El Corte Inglés de Lisboa.
Por detrás de um grande projeto, está uma grande mulher
Elisabete Moreira, 37 anos, é mãe de dois meninos e ambiciona deixar no mundo um “legado de amor, igualdade e união”. Formada em Relações Públicas e Comunicação Empresarial, e depois de uma carreira em que conciliou a profissão de assistente de bordo com a de locutora de rádio e apresentadora de televisão, percebeu que queria colocar a sua voz, e a paixão por comunicar, ao serviço de uma marca-causa.
Ser empreendedora não foi algo que tivesse algum dia imaginado ser, tão pouco uma das suas ambições. “Eu só queria empoderar pessoas e despertar consciências através do meu trabalho”. Algo que pensou que seria através da comunicação e da televisão, e que acabou por acontecer através da KACAU.
“Hoje sinto que estou no meu elemento. Resolver um problema real, inovar, contribuir para um mundo melhor e trabalhar com propósito e para os meus próprios sonhos tem sido incrível e tão gratificante”.
O caminho, esse, não foi fácil. Começou do zero numa área que não dominava, a do retalho e da indústria têxtil, e deixou um emprego estável e bem remunerado, em plena pandemia, com um bebé de 2 anos e grávida do seu segundo filho. “Podem imaginar o quão desafiante foi e ainda é. Mas também podem perceber o quão sério e importante é para mim”.
O que ajudou a erguer a KACAU foi acreditar que esta precisava de vir ao mundo e de saber que existem milhares de mulheres que anseiam sentir-se vistas, incluídas e representadas. Além de todos os parceiros que acreditaram consigo.
Enquanto empreendedora, preocupa-lhe tudo aquilo que está fora da sua capacidade de trabalho. No entanto, não deixa que isto lhe ocupe muito tempo no seu dia a dia e substitui esses sentimentos por “fé, trabalho, confiança e pela lei do não esforço”.
“Sei que tudo o que tiver de ser encontrará uma forma de chegar até mim. Além disso, sou flexível o suficiente para recalcular a rota sempre que necessário e tenho aprendido a fazê-lo com leveza e serenidade”.
E o que é que o futuro reserva?
Para o futuro, Elisabete diz querer expandir cada vez mais o conceito de cor de pele e beleza a artigos essenciais do universo feminino e não exclui a hipótese de entrar no universo masculino.