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Mutilação genital feminina

Hoje é o dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina. Por todo o mundo há comunidades em que esta prática de retirar os órgãos sexuais externos da mulher, parcial ou totalmente, se mantém.

Há vários tipos de corte, feitos quase sempre sem anestesia em meninas entre os 4 e os 15 anos. A ideia que subsiste nestas comunidades é a de que só assim serão puras e boas mulheres. Quando as famílias não submetem as suas filhas ao “fanado” (uma das expressões usadas nas comunidades), votam-nas a uma vida de isolamento.

Em Portugal há, desde há muito, relatos desta prática, sobretudo nos concelhos da Grande Lisboa.

A Plataforma de Dados de Saúde (PDS), que nasceu em 2014, por iniciativa do Ministério da Saúde, para proporcionar ao pessoal médico o historial clínico de cada paciente, está a ser a base para conhecer a realidade estatística desta prática em Portugal.

Para o estudo da Mutilação Genital Feminina, que, até à data, não tinha qualquer tipo de registo no País, este é o primeiro instrumento. Os dados atuais, segundo a PDS, são: 40 casos assinalados em 2014; três casos sinalizados em 2015; 65% dos casos detetados são mutilações do tipo II, ou seja, corte do clítoris e dos pequenos lábios vaginais.

Estas mulheres têm em média 29 anos e foram mutiladas aproximadamente aos 6 anos de idade no seu país de origem. No universo de casos detetados, 74% corresponde a mulheres oriundas da Guiné e da Guiné-Bissau, as restantes do Benim, da Nigéria e do Senegal.

A maioria dos casos são detetados no âmbito de um internamento (40%), no seguimento da gravidez (30%) e em consulta externa (25%).

Foto © Reuters.

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