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O amor é lindo, mas tenha cuidado com as burlas românticas

Começa como uma ligação online, muitas vezes em redes sociais ou aplicações de encontros, e evolui para uma relação real… ou, pelo menos, é isso que as vítimas pensam. 

As burlas românticas são um fenómeno generalizado e são, quase sempre, perpetradas contra pessoas solteiras, especialmente mulheres. Nestes casos, as vítimas são convencidas de que estão numa relação com uma pessoa que, depois de ganhar a sua confiança, começa a partilhar problemas e dificuldades que têm sempre um pedido de dinheiro como solução.

De acordo com dados do banco digital Revolut, os golpes românticos representam 1% dos chamados golpes de pagamento push autorizado (ou APP), ou seja, golpes em que o criminoso engana a vítima para que esta envie dinheiro para uma conta fraudulenta. Segundo David Eborne, Diretor de Fraude do banco digital Revolut, as burlas românticas são das mais complicadas de gerir, não só devido ao impacto financeiro, que por vezes pode ser muito significativo, mas também devido aos danos psicológicos que causam às vítimas, que muitas vezes têm dificuldade em reconhecê-las, aceitá-las e denunciá-las”.

O Diretor de Fraude explica ainda que os “pedidos de dinheiro são frequentemente muito emocionais, por exemplo, os criminosos dizem que precisam de dinheiro para uma cirurgia de emergência ou para pagar uma dívida urgente. Por vezes, convencem as vítimas a investir somas avultadas em plataformas de investimento fraudulentas, para que possam finalmente construir a sua vida em conjunto”. Além disso, este tipo de relação é frequentemente vivido de forma confidencial pela vítima, “que pode até ficar zangada se lhe fizerem perguntas sobre o seu parceiro“, conclui.

Alguns conselhos da Revolut sobre as “red flags” (sinais de alerta) a que deve estar atenta para se proteger de burlas românticas:

  • Romances rápidos e intensos: Os burlões sentimentais expressam imediatamente sentimentos fortes pela sua vítima, levando a cabo um bombardeamento amoroso que visa conquistá-la num curto espaço de tempo, com o objetivo de se tornarem um recurso emocional de que a pessoa já não pode prescindir. É frequente chamarem a vítima por uma alcunha afetuosa, o que os ajuda a evitar usar o nome errado, uma vez que conversam com muitas pessoas ao mesmo tempo.
  • Raramente, ou nunca, estão disponíveis para encontros: Os criminosos normalmente nunca, ou quase nunca, conseguem encontrar-se pessoalmente para um encontro real e atribuem esta situação ao trabalho, à vida, ao facto de estarem no estrangeiro ou a qualquer outra coisa. As promessas são sempre demasiadas e os resultados concretos são sempre poucos.
  • Pessoas misteriosas que querem “proteger” a sua relação: têm um perfil social que não revela muito sobre elas ou sobre a sua vida. Partilham poucas fotografias e poucos detalhes sobre as suas vidas e relações. Muitas vezes convencem a vítima a não falar com os outros sobre a sua relação, com a desculpa de a proteger daqueles que não a compreenderiam ou que poderiam ter inveja.
  • Os seus problemas podem sempre ser resolvidos com dinheiro (aviso: mas nunca com o deles): Este tipo de burlões são pessoas que parecem ter muitos problemas nas suas vidas para os quais a única solução é o dinheiro, que obviamente pedirão à vítima. Nalguns casos, pagam um primeiro empréstimo para enganar a vítima e fazê-la acreditar que está a lidar com pessoas honestas, e, depois, iniciam uma nova série de pedidos de dinheiro, muitas vezes de montantes muito superiores.
  • Pedem-lhe que envie dinheiro em seu nome: Não só nas burlas românticas, em alguns casos, os criminosos envolvem a vítima em crimes como o “money muling”, que consiste em lavar dinheiro proveniente de atividades ilícitas. Por conseguinte, é melhor não efetuar transferências em nome de outras pessoas, a menos que tenha a certeza da legitimidade da origem e do destino do dinheiro.

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