Artigo de Opinião de Sandra Carujo
“Mãe é tudo!!!!”. Foi assim que a minha filha mais velha descreveu o que é ser mãe, aos seus olhos, quando tínhamos uma das nossas conversas.
Somos sem dúvida uma figura poderosa e inspiradora aos olhos dos nossos filhos. O poder de mãe vai muito além do cuidado físico, uma profunda influência na formação de valores, na autoestima e no futuro dos filhos. O seu amor, abnegação, carinho são forças únicas, capazes de superar obstáculos e de oferecer conforto e segurança nos momentos mais difíceis. É um poder que não se vê, mas que se consegue sentir em cada fibra do corpo.
As mães são a força que move o mundo, que constrói pontes, que cura ferida. O seu poder manifesta igualmente na sua capacidade de transformar vidas através do exemplo. Uma mãe que demostra coragem, honestidade, vulnerabilidade como força, dedicação e autocuidado só estará a inspirar os seus filhos a seguirem pelo mesmo caminho. A sua presença, o seu acolhimento, a sua entrega são pilares de estabilidade e esperança que ajudam a se construir uma sociedade mais justa e amorosa. O seu dom de curar só com um abraço, com um olhar que vê o que mais ninguém vê, de lutar com uma garra absurda pelos que ama.
“A maternidade é um dos atos mais corajosos que existe. Criar um filho é viver com o coração fora do corpo, andando por aí” Brené Brown
Ser mãe é o encontro com a própria sombra, e um processo de transformação e de travessia de um portal que não tem volta. O poder da mãe é uma força invisível, mas extremamente real e impactante. É uma energia de amor, proteção, esperança, que molda o presente e o futuro de todos ao seu redor. Com este “poder”, a pressão na mãe é dilacerante, fazendo com que a busca pela perfeição em todas a área da sua vida, se torne muitas vezes um fardo insuportável e inglório. Na verdade, uma das maiores dádivas que uma mãe pode dar aos seus filhos é ser autêntica, saber que é imperfeita e poder mostrar que a vulnerabilidade não é uma fraqueza, mas sim uma força. Ao sermos gentis para connosco, estaremos a ensinar aos nossos filhos a fazerem o mesmo. Não duvidemos, que esta força, este poder vem do seu interior, do seu encontro com a sombra, da sua capacidade de transformação e adaptação. Cada mãe é sim a mãe que deveria ser para os seus filhos, é um caminho de autoconhecimento e uma das melhores oportunidades de crescimento interior. Neste caminho da maternidade, é importante que as mães encontrem o seu lugar na mulher que são, e que sem sombra de dúvida, agentes influenciadoras para os filhos e para quem os rodeia.
“O nosso trabalho não é criar filhos que se comportam como queremos, mas criar filhos que saibam que são amados independemente de como se comportam” Brené Brown
Um poder em que tudo conta, como cada tom de voz até a cada atitude, por mais subtil que seja, para moldar carácter, dar visão de mundo e autoestima. São as primeiras educadoras, protetoras, provedoras de amor e segurança. São naturalmente, os primeiros exemplos de empatia, de compaixão e resiliência que os filhos conhecem, e é através das suas ações diárias que os valores são transmitidos, que se irão refletir para as gerações futuras.
Quero manifestar a minha gratidão a todas as mães, por serem quem são, a minha mãe por todo o amor, abnegação e carinho.
Este poder que não nos damos conta no dia a dia, a coragem e dedicação que colocam no seu dia a dia e que sem se darem conta moldam o futuro da nossa sociedade.
Que as mães possam continuar a inspirar, a apoiar, a fortalecerem-se umas às outras em busca de um mundo mais saudável, mais seguro e mais feliz.
Sejamos todos mais empáticos com todas as mães, que mesmo atravessando a sua própria dor, são somente humanas, com um poder inegável, o poder de trazer luz a este mundo.
Artigo de Opinião de Sandra Carujo
