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Outubro: rentrée com estilo mas de forma consciente

Cara leitora, sabemos exatamente como se está a sentir neste momento… Setembro não foi fácil, trazendo uma mistura de emoções à medida que nos despedíamos dos dias preguiçosos de verão e dávamos as boas-vindas à rotina do nosso trabalho e da escola das crianças. Mas não se preocupe, estamos aqui para tornar a transição mais suave e, claro, sempre com a sustentabilidade em mente.

Nesta edição, queremos falar sobre opções de moda sustentável que elevam os looks para as suas rotinas diárias sem esforço, enquanto causam um impacto menor no planeta. Na agitação repentina da vida quotidiana, é essencial manter a calma, os pés no chão e fazer escolhas conscientes no geral. Isto também se aplica ao guarda-roupa. Pode estar elegante e na moda sem precisar ceder à tentação de recorrer ao ultra fast fashion para um update rápido e mais barato para o regresso ao trabalho.

A nossa principal dica é a seguinte: reveja, reinvente e reutilize o que já possui, mas se tiver de comprar, compre de forma consciente.

Comece por tentar guardar um dia ou umas horas quando possível para, calmamente, dar uma vista de olhos a todos os seus armários. Quem nunca se cruzou com uma peça que nem se lembrava que tinha e que continua a servir perfeitamente? A moda é um ciclo e as tendências frequentemente regressam.Aquela camisola de malha com gola bordada ou a saia rodada que esteve esquecida no fundo da gaveta podem agora voltar ao centro do palco. Além disso, atualmente, já não há vergonha em adaptar roupas antigas, ajustá-las ao nosso gosto ou até mesmo trocá-las com outras pessoas. Pelo contrário, acrescenta valor!

Quando pensar também no vestuário dos seus filhos, se eles estão numa idade em que você ainda tem influência nas suas decisões, tente incutir uma mentalidade de fugir das modas rápidas, aquelas que vêm e vão num piscar de olhos. Muitas vezes, as marcas incentivam constantes mudanças nas tendências, e os jovens podem sentir a pressão de estar sempre atualizados para serem considerados “cool”. No entanto, é essencial ensiná-los que a verdadeira moda vai além das tendências passageiras. A moda sustentável abraça a originalidade e a individualidade, e encoraja-os a expressar quem são e os seus valores através do seu próprio estilo, sem a necessidade de seguir uma moda efémera massificada.

Contudo, se realmente precisar ou quiser optar por comprar peças novas, a que questões deve prestar atenção?

Na hora de escolher a roupa, esteja atenta às etiquetas; para além dos conselhos de manutenção que vão prolongar o tempo útil da sua peça, fornecem informações importantes sobre a sua composição e o seu processo. Sempre que possível opte por peças com menor mistura de materiais, facilitando assim a sua futura reciclagem.

Quanto às fibras, lembre-se que fibras de origens naturais não têm necessariamente pouco impacto no planeta. Sabia que uma t-shirt de algodão consome cerca de 3 mil litros de água durante todo o seu processo até à peça final? E que o cultivo do algodão e o correspondente uso de químicos e pesticidas causa uma grande contaminação e erosão dos solos?

Existem fibras com impacto ambiental muito menor, como o cânhamo, por exemplo, que é uma excelente alternativa sustentável. Além de bonita e versátil é uma fibra que o seu cultivo não exige pesticidas nem uma grande quantidade de água. É igualmente uma planta de vasto crescimento, podendo ter-se várias colheitas anuais no mesmo espaço de cultivo. Contudo, ainda vamos presenciar o aumento de utilização desta fibra, pois neste momento a necessidade de um processo e maquinaria diferente na fiação faz com que ainda não a estejamos a utilizar no seu verdadeiro potencial.

Outras fibras também muito interessantes são as viscoses, como o lyocell e o bamboo, que produzem peças frescas, muito fluídas e elegantes. No entanto, certifique-se de que a fibra seja certificada, garantindo que a exploração das árvores usadas para recolher a polpa seja feita de forma sustentável e que o processo químico seja fechado e controlado, evitando assim uma maior poluição ambiental.

Agora, para terminar de forma diferente, um desafio à leitora: No final do mês de Setembro ou já em Outubro, quando nos deliciarmos a rever os desfiles das semanas de moda, que tal um olhar atento para tentar identificar algumas tendências sustentáveis? Desde os materiais utilizados, às técnicas e aos próprios designs em si, vamos manter o olho bem aberto e refletir criticamente. Vai ver que assim o mês até custa menos a passar!

Até lá, desejamos a todas coragem e força. Vamos voltar a encarar a rotina confiantes, com sorriso nos lábios e de forma sustentável; um look de cada vez!

Artigo de Opinião de Sara Celina

Sara Costa

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