Acabo de chegar de umas férias revigorantes pelas ilhas gregas. Depois de um voo cansativo, o pensamento de voltar à realidade caótica do dia a dia faz-me querer regressar rapidamente. Mas já aterrei no atarefado Aeroporto de Lisboa. Antes de apanhar o táxi, penso: “Que bom seria poder ir relaxar a um spa e fazer esta transição de forma mais agradável.”
Esta é apenas a minha imaginação a trabalhar enquanto descanso numa das espreguiçadeiras do El Spa, no Hotel Tryp Lisboa Aeroporto. Imaginação, sim, mas via-me bem a passar por esta história.
O hotel está colado ao Aeroporto da Portela, mas não há som do exterior que perturbe. Aqui, no circuito de piscinas, banho turco e sauna, só se ouve música calma e os chuveiros da hidromassagem.
Dentro de momentos espera-me a terapeuta sénior Tatiana Costa para tratar da minha pele. De tão relaxada que estou, decidi escolher uma limpeza de rosto, que há tanto tempo não faço. Mas antes ainda passo os olhos pelo livro que trouxe e, nas entrelinhas, volto às minhas ilhas gregas de faz de conta.
São três da tarde e está na hora de ir para uma das salas de tratamentos. Guia-me um aroma suave e uma penumbra que me mantém relaxada. Na marquesa, peço à terapeuta para me ir falando do que vai fazendo, mas depressa concluo que não é boa ideia. “É suposto relaxar e eu estar em silêncio”, diz-me. Assenti.
A limpeza de pele dura cerca de uma hora e tudo é aplicado de forma lenta e suave, para uma ótima absorção. Além da limpeza mais comum, da aplicação do tónico para repor o PH da pele e da exfoliação, Tatiana aplica uma máscara à base de frutos secos. Consigo distinguir vários aromas, incluindo o de flor de laranjeira, que adoro.
Além desta limpeza facial, há ainda outros tratamentos de rosto: Anti-idade, Especial Homem e um personalizado (hidratante, purificante ou pele sensível).
Na área das massagens, o El Spa conta com as de Bambu, Pedras Quentes, Drenagem Linfática Manual, Duche Vichy, Pré-mamã e Massagem com Óleos Aromáticos.
Faço um esforço para não adormecer enquanto Tatiana termina o tratamento. Pelo meio, há ainda tempo para pequenas massagens a pés, braços, mãos e cabeça. No final, saio com o rosto suave, quase polido, e sinto-me revigorada.
A saída foi mais dolorosa, uma vez que tive de obrigar literalmente o corpo a reagir, dada a falta de energia para conseguir voltar à realidade, que nada tinha a ver com a das ilhas gregas…
Imagem de destaque: a piscina interior do El Spa, no Hotel Tryp Lisboa Aeroporto.