Tudo começou ainda na barriga da minha mãe, com o espírito aventureiro do meu pai e a perceção mútua de que as crianças são capazes e merecem aventuras variadas.
Com isto, os fins de semana em família e as férias foram sempre para explorar novos locais, estar em contacto com a Natureza e aproveitar ao máximo as oportunidades que nos aparecem à frente.
Aos 5 anos, a Sofia deixou de dormir na tenda em cima do Jeep com os pais e teve a sua primeira própria tenda, que guardou religiosamente até hoje. Foi também aos 5 que fez o primeiro voo sozinha, de Lisboa a Düsseldorf, para visitar os tios.
No final da 4.ª classe, a sua professora primária (Marina de Melo Sales) escreveu no diploma: “Sempre pronta para aventuras que nós, os comuns mortais, nem sonhamos…”, uma frase da qual, admite, sempre se lembra em situações mais difíceis.
Descer rios, velejar no oceano, escalar, esquiar e fazer snowboard, acampamentos e muitas caminhadas por Portugal e pelo estrangeiro só podiam antever que Sofia não ia para Benidorm como a maioria dos adolescentes, mas, sim, ia pegar na sua mochila para passar um mês nos Açores a percorrer as ilhas à boleia de cargueiros. Esta foi a sua primeira viagem sozinha!
Viajou por todos os continentes de mochila às costas e sempre em low budget, como gosta! Aos 27 anos, o destino fê-la “empacotar 20 kg da sua vida, alugar a casa, despedir-se do emprego como professora de Educação Física e mudar-se para a Austrália”. Assim começou o blog ‘Sofia na Austrália’.
Mini Bio:
Idade: 31 (mas a idade é coisa de B.I. o que importa é o espírito, a forma de estar na vida; bem vistas as coisas, nem eu sei que idade tenho…).
Nacionalidade: Portuguesa (a viver neste momento na Austrália).
Presença online: Sofia na Austrália | Facebook | Instagram | Twitter
No meu blog encontra: A minha paixão por viver em harmonia com o mundo. As minhas viagens, as minhas experiências, a minha sensação dos lugares, as minhas fotografias, a vontade de partilhar com os outros as coisas boas – regra geral, simples – da vida.
Viajar
A minha vontade de viajar não é passageira. Viajar e um dos maiores prazeres da minha vida, e forma de colecionar memórias sobre o mundo. Viajo porque tenho uma curiosidade insaciável por descobrir o desconhecido e por adorar a adrenalina de não saber onde vou dormir, o que vou comer ou mesmo o que vai acontecer, o imprevisível é uma constante nas minhas viagens, que não se consegue através de viagens organizadas.
As coisas boas vêm com o tempo; as melhores surgem sem se fazerem anunciar, pelo menos no meu caso. Acho, por isso, que tudo tem sempre um lado bom, mesmo quando às vezes os planos parecem furados.
Perder a noção do tempo, nem sempre escolher destinos, são detalhes que pretendo sempre manter, talvez ao estilo dos “presentes embrulhados”, que não sei o que lá está dentro. Viajar para mim deve conter sempre algo próximo da surpresa e nunca saber que às 13h vou ser obrigada a almoçar porque algum guia turístico assim o estipulou há vários meses.
Fim de semana
Não ficar enfiada em casa. Faça chuva ou faça sol, saio sempre. Nem que seja para explorar a minha zona. Gosto de ver o mundo com os meus olhos. Por vezes, as pessoas tendem a viajar no sofá à frente da televisão. Na própria noção da palavra fim de semana está algo que implica “fim das coisas rotineiras”, daí eu perseguir, de certa maneira, esse período como algo a explorar, quer seja perto ou longe do local onde habito. Acordar cedo, por volta das 5h30 da manhã, e ir surfar, assim começa a maioria dos meus dias e fins de semana. Quando não há surf, caminhadas matinais pela praia também sabem bem! Adotei o lema “quanto mais cedo acordamos, mais horas parecemos ter para explorar o que temos ao nosso redor!”
Escrever
Cresci a ver os meus pais a escrever, lembro-me do som da velha máquina de escrever do meu pai desde pequenina e, mais tarde, dos grandes computadores, dos livros da minha mãe, assim como dos inúmeros blocos de notas com vários tamanhos e anotações a canetas de cor. Mais tarde, comecei também a ter diários de viagens, que guardo religiosamente. E depois apareceu o blog. Tinha de ser! ‘Sofia na Austrália’ é hoje o meu verdadeiro diário, embora com as novas tecnologias faça outras anotações sobre coisas de momento para, talvez mais tarde, trabalhar de maneira diferente.
Fotografar
Já perdi muitas câmaras fotográficas e imensas fotos. As imagens, os flashes na memória são, sem dúvida, as mais seguras. Adoro fotografia mas “perco” tempo a imprimir imagens na minha cabeça mais do que com a máquina. O instantâneo do momento especial é sempre difícil de registar e o que muitas vezes “apanhamos” é o local, para mais tarde nos recordarmos dos cheiros, da temperatura, de todo o envolvente, que faz do instante algo que não queremos perder. Com a fotografia apenas fica o “quadro”, o resto fica para sempre na nossa cabeça. Muitas vezes mostro imagens aos meus amigos, mas quase sempre eles apenas se apercebem de uma parte do que pretendi captar. Muitas vezes o mais importante fica sempre e só quase para mim e para quem está comigo no preciso momento em que carreguei no botão.