Gatos
Sou uma cat person, sempre tive gatos, aprecio a personalidade e a individualidade destes animais. Há pessoas que os temem por não os entenderem, por não conseguirem lê-los. No fundo, penso que os gatos são como as pessoas, e isso agrada-me. São silenciosos, o que ajuda quando gravo em casa. Além do mais, são excelentes companheiros e, esteticamente, são um animal lindíssimo.
Neve
Gosto de viajar apesar de sofrer de alguma ansiedade pré-viagem (não faz muito sentido, eu sei) e, apesar do sangue africano que me corre nas veias, prefiro os países de norte da Europa em qualquer altura do ano, e se houver neve é o ideal. Quando Deus inventou os países com clima muito austero, deve ter pensado: “Tenho de compensá-los de alguma maneira.” A capacidade quase transcendente que a neve tem de transformar uma paisagem austera em algo totalmente belo é uma coisa que me comove bastante, para não falar do bom que é estar dentro de casa, quente, de t-shirt e meias, enquanto neva lá fora… Sinto-me sempre uma criança nessas alturas.
Guitarras
São o meu instrumento favorito, tenho umas seis ou sete, e teria facilmente mais se pudesse. Cada uma é única e com uma personalidade vincada, e cada uma me faz tocar de forma diferente. Além de serem os instrumentos em que componho maioritariamente, são um objeto com um design único.
Sorrir
Pode parecer algo simples demais, mas para quem, como eu, sofreu de uma depressão, poder voltar a sorrir é uma vitória. Cada sorriso esboçado ou cada gargalhada que escapa incontrolavelmente é algo que tão cedo não tomarei como garantido, e tenho sido abençoado pelas pessoas que me rodeiam, a minha família próxima, amigos, a minha comunidade (CCLX) e a minha equipa de trabalho. Todos eles conspiram positivamente para que sorria.
O nosso público
A maioria do que fazemos e do que somos hoje não seria possível sem as pessoas que nos seguem, que compram a nossa música e que vão aos nossos espetáculos. Não fazemos música simplesmente para estar em cima dum palco, mas fazemo-lo, em parte, por sentir que é nosso dever, que estes dons e talentos com que fomos confiados servem para algo maior, algo que é totalmente percetível quando nos relacionamos através desta linguagem universal que é a música. Creio que aponta para algo maior do que todos nós, e basta estar num festival de música para perceber essa experiência quase congregacional. Para nós faz todo o sentido, visto que aprendemos a tocar os nossos instrumentos em contexto de igreja, por isso é uma extensão disso mesmo.
Alex
A designer Daniela Duarte usa tecidos antigos, sobras que encontra por aí, por vezes com mais de 30 anos, e combina-os de forma única e original nas suas coleções limitadas. Hoje temos a sorte de poder usar as suas criações, nos nossos concertos.
Um espaço acolhedor, na Rua Professor Lima Basto, em Lisboa, com um ambiente familiar, onde, além de podermos beber chá acompanhado por doces, também encontramos ótimas opções para o almoço, sempre com sabor a comida caseira.
A curadora Susana Pomba organiza mensalmente o projeto Old School, uma série de eventos únicos onde se apresenta o trabalho de artistas plásticos nacionais e estrangeiro,s na Rua das Gaivotas, o novo espaço do Teatro Praga.
É a editora responsável pela propagação da Future-POP. Foi confundida com um novo estilo de música quando o site de música eletrónica Thump a considerou “Tendência do ano”, em 2014. Traz algo novo e refrescante não só a nível sónico, mas também a nível de toda a componente visual e performativa. Estou constantemente a ouvir a compilação, que está disponível online.
Imagens das Mini Bio: © Vera Marmelo.