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Lady Kidman

Nicole Kidman é, mais uma vez, a imagem do emblemático relógio Ladymatic, da Omega, prolongando desta forma a sua ligação com a marca, que começou com o lançamento daquele modelo, em 2010. À semelhança do que aconteceu em campanhas anteriores, a atriz vai ser a protagonista do filme de televisão bem como dos anúncios para a imprensa e para a internet, a cargo do célebre fotógrafo de moda Peter Lindbergh. A propósito do lançamento dos novos modelos Ladymatic, Nicole Kidman falou com Olly Richards sobre a sua carreira e como a concilia com a vida familiar.

Já há algum tempo que não a vemos no cinema. Decidiu fazer uma pausa?

Na verdade, nos últimos anos tive muito tempo livre. Tenho duas filhas pequenas, por isso não queria estar sempre ausente. Queria estar disponível para elas. Realmente, tento estar mais tempo em casa do que a trabalhar.

O que mudou na sua vida depois de deixar Los Angeles, a cidade que está 100% focada no cinema?

Bom, eu continuo a trabalhar, e agora estou imersa nos anos 60, por causa da Grace Kelly. É muito gratificante, mas também vou levar e buscar as minhas filhas à escola, lanchar e brincar com elas na piscina. A vida é curta, e temos de fazer aquilo que é realmente importante. Aos 40 anos, giro estas coisas de uma forma diferente do que fazia quando tinha 20.

Um dos seus projetos mais recentes é o filme ‘Hemingway and Gellhorn‘, da HBO, no qual interpreta Martha Gellhorn, a mulher de Ernest Hemingway. É o seu primeiro grande papel em televisão. Teve alguma hesitação em fazer algo para o pequeno ecrã?

Não. Hoje em dia, a televisão é muito importante na maneira como vemos as coisas. A maior parte das pessoas vê os filmes na TV. A HBO é bastante diferente da TV de sinal aberto. Quando se fala sobre televisão na Austrália, pensamos em telenovelas, mas a HBO e este tipo de TV têm muito pedigree.

O que pensa sobre o facto de ir interpretar um ícone como Grace do Mónaco?

Eu não quero interpretar um ícone. Quero representar uma mulher e a sua luta. Estou muito ligada ao [realizador] Olivier Dahan. É uma ligação tão boa que espero estar sob o seu feitiço. Foi o que aconteceu com Baz Luhrmann [em ‘Moulin Rouge!’], e sinto o mesmo com o Olivier. Ele não quer pôr a Grace num pedestal e, na verdade, isso também não me interessaria.

Quais são os seus thrillers favoritos?

Don’t Look Now’. Quase tudo de Hitchcock. Estive a rever ‘A Janela Indiscreta’, e a sua experiência na criação de momentos é imaculada. Não houve ninguém como ele, desde então.

Para si, em que aspeto é que a indústria mudou desde que começou a representar?

A correria é maior do que na minha altura, mas confesso que já não me lembro muito bem. Agora, é muito difícil alguma coisa ter um grande sucesso e encontrar o seu lugar, como ainda aconteceu com o ‘Moulin Rouge!’. Hoje em dia, vive-se e morre-se muito rapidamente, o que não é necessariamente bom. É difícil os filmes crescerem. Acho que as coisas não são descobertas como acontecia antigamente.

Já representou uma série de papéis pouco comuns. Existe algum papel que tenha considerado demasiado incomum para representar?

Sim, claro, mas tem mais a ver com a minha vida pessoal. Ofereceram-me um papel quando eu estava grávida e era um papel maravilhoso, mas, por causa do medo de trabalhar grávida, não aceitei fazê-lo.

Como é olhar para trás, para esses primeiros filmes?

Peculiar. Os nossos filhos, com os vídeos caseiros e essas coisas, vão-se ver a si próprios toda a vida. A minha geração não tem acesso a isso, mas eu tenho, porque comecei muito nova. Acho que agora me sinto muito mais solta. Provavelmente, na altura era muito mais ansiosa e tímida.

Está mais satisfeita com a sua carreira do que quando era mais nova?

Não sei. Não. Agora, posso desfrutar mais dos bons momentos, como quando recebi a nomeação para um Óscar pelo ‘Rabbit Hole’ [que a atriz produziu]. Foi inacreditável, porque tinha sido uma caminhada bastante longa para conseguir fazer o filme. Foi extraordinário ser nomeada! Poderia voltar atrás e desfrutar apenas disto. Quando era mais nova, o meu nível de escolhas simplesmente não existia. Estava sempre preocupada com o futuro. Acho que isso é algo que vem com a experiência. Hoje em dia, tento não me preocupar com o futuro.

Não deixe de ver também o video da campanha da Omega.

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