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Music is alive!

James Blake, Willy Moon e Jake Bugg. Com exceção do primeiro – que já vai no segundo –, os outros editaram há pouco tempo os primeiros trabalhos. O que os une: a idade e a qualidade musical. Não são apenas mais uns miúdos que fazem uma música gira, boa para ouvir aos berros na rádio do carro. Bem… também é boa para isso, mas o que os distingue de todos os outros são as influências, as composições, os ritmos e a sonoridade. Cada um deles distingue-se claramente do outro, e acrescenta valor ao panorama musical atual.


Vamos por partes:


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Jake Bugg, 19 anos, inglês. Começou a compor e a escrever aos 16 anos, influenciado por nomes, como Donovan, The Beatles, Johnny Cash, Jimmy Hendrix, The Everly Brothers e Laney Staley, mas também nomes mais recentes, como os Oasis, Alice in Chains e Artic Monkeys.


Diz que o seu ‘momento musical’, foi quando ouviu Dean McLeon a cantar ‘Vincent (Starry Starry Night’), num episódio dos ‘Simpsons’.


Aos 17 anos, chamou a atenção da Mercury Records, quando foi escolhido pela BBC para tocar no seu palco no Festival de Glastonbury. Nessa altura, a guitarra e a voz que evocam sons dos anos 60 e 70, despertaram os ouvidos atentos de quem o ouviu, e viu, em palco.


O primeiro álbum, ‘Jake Bugg’, foi lançado em outubro de 2012, e a guitarra e a bateria transportam-nos para outros tempos, quando as composições e as letras falavam de amargura, descoberta e solidão, como os temas ‘Two Fingers’ ou ‘Taste It’. ‘Broken’ é um hino aos corações partidos e ‘Fire’… bem, ‘Fire’ é uma canção. Universal, €13,99.





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Willy Moon, 23 anos, neo-zelandês. Willy não gosta de perder tempo, por isso, o seu álbum de estreia, ‘Here’s Willy Moon’, tem menos de 29 minutos. “Normalmente, os dois primeiros minutos são os mais interessantes, depois disso acho uma seca”, justificou o músico no seu site. “Eu sou um grande defensor da simplicidade e da rapidez e tenho um nível de concentração muito baixo, por isso nem sequer leio livros, só contos.”


Willy tem um swing dos anos 50 e um ritmo da década de ‘60, gosta da energia física de Cab Calloway e de Michael Jackson, da concisão dos Ramones e do estilo dos filmes negros. É como se o rock’n’roll tivesse sido descongelado nos anos 60 e tivesse sido descoberto agora e isso é muito notório nos temas ‘Yah Yeah’ e ‘What I Want’. Não há meios-termos.


Depois do lançamento do single ‘I Wanna Be Your Man’, em 2011, muitos perguntaram quem era este jovem de cabelo com brilhantina, fatos completos, de corte clássico e uma voz cheia de maturidade, que acompanhada por instrumentos mais clássicos, como trompete e saxofones, nos remetia para um ambiente de gangues. Jack White apadrinhou-o e acolheu-o na sua editora, Third Man Record, e ajudou a criar este fenómeno que veio, da Nova Zelândia, para Londres aos 18 anos, vindo de um lar destruído pela morte da mãe de cancro, aos 12 anos; e pelo desemprego do pai. Desistiu da escola aos 16, porque sempre lidou mal com autoridade e considerava-se um autodidata. A primeira namorada apresentou-lhe as Andrew Sisters, dos anos 40, e Willy ficou apaixonado pela pop e pelo rock pré anos-60. Depois daí, não havia como falhar e, como o próprio disse no seu site: “eu sempre soube que, um dia, iria ser famoso”. Universal, €16,40





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James Blake, 24 anos, inglês. Lançou o primeiro álbum em 2011, o qual recebeu logo uma nomeação para os Mercury Prize, um dos mais importantes a nível de música.


Formou-se em Música Popular, pela Universidade de Londres, em 2009, e foi nesse mesmo ano que lançou o seu primeiro single, ‘Air & Lack Thereof’, gravado no seu quarto, quando frequentava a Latimar School, e que acabou por tornar-se um dos preferidos de Gilles Peterson, DJ da rádio BBC 1. Este convidou-o a fazer um espetáculo com ele, a nível internacional.


Em 2010, Zane Lowe escolheu a cover de Blake, sobre um tema de Feist, ‘Limit to your Love’, como a ‘gravação mais quente do ano’ e conquistou o prémio Single do Ano, com ‘CMYK’.


A voz doce de Blake misturada com a eletrónica da sua música, além da forma como ele consegue reinterpretar canções de Joni Mitchell, como o belíssimo ‘A Case of You’, fazem dele um caso sério na música eletrónica e pop.


Depois de ‘James Blake’, em 2011, que revela a experimentação e o ritmo ‘coleante’ das suas canções, o compositor e produtor, chega até nós com o recente ‘Overgrow’, que mostra mais maturidade, mais experiência, quem sabe, até vontade de ir mais longe. Vale a pena redescobrir este maravilhoso cantor e compositor. Universal, €15,99





E vale a pena estar atenta ao trabalho destes três excelentes músicos.


POR

H.A.P.