… Sílvia Cardoso, autora do blog ‘Laissez Moi’

Moda

Não podia não estar aqui. É um dos meus interesses e tudo o que é blogue, revista ou site é cá comigo. Não gosto – ou, pelo menos, não concordo – que a encarem como fútil, trivial ou desnecessária. Pelo contrário. É uma grande e importante indústria, é trabalho, é semiótica, é – certamente – diversão, é construir e desconstruir, é identidade, é a arquitetura aplicada aos tecidos. A Moda pode ser mesmo muitas coisas, nenhuma delas tão linear como possam fazer-nos crer. A moda parte da criatividade e a criatividade não conhece limites. Parece-me que, de uma forma ou de outra, nos deixamos todos apanhar por ela, ainda que, para alguns, admitir tal coisa seja uma heresia. Desprezo, porém, fashion victims. Moda sim, modas não. Dito isto, gosto muito de ir às compras. Oh, se gosto! A COS, a Weekday e a & Other Stories são as minhas lojas preferidas. A & Other Stories vende em espaços particularmente bonitos e prima pela originalidade das campanhas que marcam um ponto de vista. Visitem o site e perceberão o que estou a dizer.

Beauty, not a beast

No que toca à cosmética, sou especial fã da Sisley, da Lush e da Caudalie. Cuido sempre bem da pele de manhã e à noite, faça chuva, sol ou sono. Com o blogue veio a oportunidade de experimentar imensos produtos de diferentes marcas e por isso não posso dizer que tenha uma rotina fixa. Neste momento, e porque a minha pele se lembrou de andar cheia de personalidade, estou a usar a água micelar para pele sensível da La Roche-Posay, o gel de limpeza, também para pele mais reativa, da Bioderma (Sensibio DS+), assim como o creme hidratante da mesma linha. Para finalizar, aplico o sérum da Caudalie Vinosource para pele seca a muito seca, um aliado ótimo para o frio cortante de Hamburgo. Também já não dispenso as máscaras e faço uma, pelo menos, duas vezes por semana. A minha predileta é a Catastrophe Cosmetic, da Lush. Em viagem, a rotina tem de continuar e não há melhor do que os estojos da Sisley com tudo aquilo de que precisamos em pequenas amostras. Para me maquilhar, gosto dos produtos da Calvin Klein, com uma relação qualidade/preço bastante razoável. De resto, faço por beber muita, muita, água e, há coisa de um mês, tomo, ao acordar, um copo de água morna com limão e mel. Tem muitos benefícios para a saúde e para a pele também.

#instagram

É fácil comunicar por lá, atualizo com frequência e adoro tirar fotografias! Acaba por ser um diário e fica lá armazenado um sem-fim de bons momentos. Há contas muito inspiradoras e é delas que retiro, não raras vezes, ideias para atualizar o blog, para cozinhar, para decorar a casa, ou de sítios para visitar. Edito, normalmente, as minhas fotografias com o VSCOCam ou com o Afterlight e, recentemente, comprámos uma Samsung NX 3000. O iPhone tira fotografias muito razoáveis, mas nada como uma boa máquina fotográfica.

“Uma casa sem livros é como um corpo sem alma”

Assim escreveu Cícero. Sou moldada por pessoas, lugares, músicas e livros. ‘O Inverno do Nosso Descontentamento’, de John Steinbeck – lido e relido –, teve especial impacto no meu crescimento e creio que pousou na minha mesinha de cabeceira na altura certa. Ensinou-me muito sobre honra, dignidade, carácter, valores, moralidade, sobre o quão volátil é o Homem e a sociedade em que vive. São páginas de uma viagem enriquecedora e é uma tristeza quando, enfim, nos encontramos com o fim. E já que acima se fala em crescimento e mudanças, não podia deixar de mencionar a ‘Metamorfose’ do meu querido Kafka que tanta companhia me fez em inúmeras viagens de comboio. Nunca com tanta simplicidade se escreveu sobre coisa tão complexa. Cresci com os Cinco e com os livros do Júlio Dinis que já tinham pertencido à minha mãe e aos meus tios. Cresci, também, com o meu pai a ler-me poemas do Eugénio de Andrade. Na altura não os percebia, hoje em dia valorizo-os muito.

“É ter na alma a chama imensa”

Quem ainda não me conhece muito bem fica admirado com esta minha faceta de fervorosa adepta do Benfica. Tenho noção de que posso ser insuportável e a minha mãe faz questão de me lembrar que pareço uma tasqueira. Não sei perder e também não sei ganhar. Sou das que, a cinco ou dez minutos do fim de um jogo mais importante, têm que se retirar para outra divisão sob pena de terem um “real treco”. Também sou das que choram de alegria (ou na ausência dela) e das que ficam de trombas três horas depois de uma derrota. Quem é do Benfica sabe que ser adepto deste clube é uma preparação emocional para a vida!