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(Un)Gluten by Ana Vitor

Este projeto nasce do meu desejo de ajudar mulheres celíacas que se sentem restringidas e condicionadas pela doença a tomar o controlo da sua saúde e a viver uma vida plena.

Aos 27 anos, fui diagnosticada com doença celíaca depois de um ano e meio a combater uma anemia sem causa aparente.

A doença celíaca é uma doença autoimune em que a ingestão de glúten leva o corpo do paciente a atacar os próprios tecidos, nomeadamente as paredes do intestino delgado. Estes danos conduzem à inibição da absorção de nutrientes, levando a uma miríade de diferentes sintomas, desde queixas gastrointestinais a enxaquecas, ou mesmo, problemas de fertilidade.

Por ser uma doença com várias caras, facilmente se confunde com outras patologias e o diagnóstico pode demorar vários anos. Face a isto, doze meses não é muito tempo, pelo que o meu caso foi de sorte.

Os primeiros tempos após o diagnóstico da doença celíaca são desafiantes com grandes ajustes a nível alimentar e grande impacto na nossa vida familiar e social, porque, afinal de contas, o glúten parece estar em todo lado! É fácil sentirmo-nos isolados ou desamparados. E foi aí que comecei este projeto. O que começou por ser apenas uma página de desabafo, partilha de receitas e produtos sem glúten, cresceu para ser hoje uma grande comunidade, o que me faz sentir muito orgulhosa.

O diagnóstico trouxe uma mudança drástica ao meu dia-a-dia e à minha dieta, que acabou por ser positiva. Faço mais refeições caseiras, percebo melhor os rótulos dos produtos que compro e tenho uma alimentação mais diversificada. Hoje, seguindo a dieta isenta de glúten, tenho mais energia e vitalidade e os meus sintomas regrediram.

Esta minha experiência, aguçou o interesse pela nutrição. Tanto, que decidi estudar Nutrição Integrativa, certificação que irei concluir no final deste ano e sei que me vai permitir impactar ainda mais pessoas que vivem com esta condição.

Pela dificuldade de diagnóstico, pela falta de informação entre os próprios profissionais de saúde, pelo impacto que tem na alimentação e na vida social e por ser uma doença crónica, os celíacos vivem, muitas vezes, em grande ansiedade diária. Considero-me uma celíaca cuidadosa, preocupada com a minha saúde, mas descomplicada. Quero ajudar a desmistificar esta doença para quem vive com ela e para quem nos rodeia.

Porque acredito mesmo que a única coisa que um celíaco não pode ter na sua vida é glúten!

Acredito que cozinhar sem glúten pode ser delicioso e nutritivo, por isso deixo duas das minhas receitas preferidas:

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