[wlm_register_Passatempos]
Siga-nos
Topo

Verão sem pausas: ensinar os miúdos a gerir dinheiro também faz parte das férias

As férias escolares trazem liberdade e diversão, mas também oportunidades valiosas para cultivar hábitos financeiros saudáveis. Cristina Judas, especialista em educação financeira infantil, defende que o verão é o momento certo para mostrar às crianças que poupar, gastar e planear pode (e deve) ser leve, divertido e significativo

Com os miúdos em casa de férias, a rotina familiar muda por completo: menos horário, mais liberdade, mais atividades e, muitas vezes, mais consumo. Cristina Judas, especialista em educação financeira infantil e fundadora da Hey!Möney®, alerta para o facto de que o verão é sinónimo de descanso, mas não de pausa nos valores que constroem o futuro.

Cristina Judas, Especialista em Educação Financeira Infantil

“A educação financeira não precisa de pausa, o verão pode, e deve, ser um terreno fértil para continuar a ensinar sobre dinheiro, escolhas e responsabilidade. Pode adaptar-se ao ritmo das férias e continuar a acontecer de forma leve, divertida e com significado”, defende Cristina, também autora do livro Desperte o Génio Financeiro do Seu Filho.

Durante o ano letivo, muitos hábitos financeiros são mais estruturados. Mas, nas férias, com mais tempo livre e mais estímulos de consumo (refeições fora, gelados, atividades extra, visitas a lojas ou atrações), surgem oportunidades valiosas para trabalhar:

  • Autonomia na gestão do dinheiro pessoal: por exemplo, dar um valor semanal e permitir que a criança o administre em lanches ou pequenos passeios;

  • Planeamento coletivo de programas: escolher atividades em família com base num orçamento conjunto;

  • Consumo consciente: conversar sobre prioridades, comparar preços ou escolher entre “experiência” e “objeto”;

  • Adoção de hábitos sustentáveis: como reutilizar materiais de praia ou preparar piqueniques em vez de gastar em refeições fora todos os dias.

Ferramentas para praticar em família

Cristina propõe que, nas férias, a educação financeira ganhe um tom ainda mais vivencial, deixando algumas sugestões:

  • Criar um “orçamento de férias” com as crianças: quanto vamos gastar? O que podemos planear juntos? Há margem para um presente especial?

  • Desafios semanais de poupança: por exemplo, usar uma tabela visual para acompanhar objetivos ou recompensar com experiências em vez de bens materiais.

  • Mini-negócios de verão: incentivar atividades empreendedoras simples, como venda de limonada ou ajudar num projeto comunitário, desenvolve criatividade e senso de valor.

“O verão é uma oportunidade para mostrar que a liberdade financeira anda de mãos dadas com escolhas inteligentes. E que poupar, gastar e doar também fazem parte das férias”, afirma a especialista.

Mais do que diversão: é formação

Ensinar sobre dinheiro nas férias não significa tirar a leveza da infância. Pelo contrário, é aproveitar o tempo livre para aprofundar o sentido das escolhas e a alegria da autonomia.

“As férias permitem experimentar. E é na prática que a educação financeira se torna real: quando a criança escolhe, erra, reflete e tenta de novo”, reforça Cristina.

Ao transformar as férias numa experiência consciente, as famílias ajudam a preparar crianças e jovens para um futuro mais equilibrado, onde a liberdade de gastar anda lado a lado com a responsabilidade de pensar.

[whatsapp_share]

Veja mais em Lifestyle

PUB


LuxWOMAN