Nelson Carvalheiro cresceu com os seus avós na aldeia da Marinha das Ondas, onde de pequeno aprendeu a dar valor ao “Portugal Gastronómico dos Pequenitos”. No início de 2014, foi declarado o Melhor Travel Blogger Europeu, uns meros seis meses depois lançar o blog homónimo.
Em 2015, ganhou o FITUR World Travel Blogger. Escreve em inglês para o mundo, mostrando Portugal como identidade e marca que leva consigo para os destinos onde viaja. Pessoas, viagens e gastronomia são as razões pelas quais se fez à estrada, e que o levaram a trocar o mundo da hotelaria de luxo internacional pela caneta, pelo papel e pela máquina fotográfica.
É um crente da identidade cultural através da gastronomia e procura sucessivamente locais pequenos e íntimos, pois acredita que é nestes que se pode ter contacto com a cultura de um povo em estado puro. Numa viagem à Alemanha, apaixonou-se e agora chama casa a Berlin.
O seu mais recente projeto em parceria com a APTECE, o livro ‘The Portuguese Travel Cookbook’, é a sua forma de prestar homenagem aos verdadeiros bastiões da gastronomia portuguesa, que diariamente fazem com que a maior expressão cultural Portuguese se mantenha como a sua mais definitiva identidade. Um retrato de como o português diz “Amo-te” quando coloca comida na mesa.
Mini Bio
Idade: 33 anos
Naturalidade: Coimbra
Presença online: Blog / Facebook / Twitter / Instagram
No meu blog encontra: Artigos e fotografias que retratam em profundidade o sentido de estar num lugar, em que se nota o querer saber e conhecer o que define culturalmente este destino, através das pessoas que conheço, das fotografias que tiro e da gastronomia que provo. Viajar com sentido de estar!
‘The Portuguese Travel Cookbook’
O ponto mais alto de 2014 foi a viagem de cinco semanas que fiz no verão por Portugal para escrever o ‘Portuguese Travel Cookbook’, um livro que vai ser lançado em conjunto com a APTECE em abril. Percorri Portugal de lés a lés com o fotógrafo Emanuele Siracusa, na ideia de capturar a essência da identidade gastronómica portuguesa através das histórias, receitas e imagens das pessoas e dos lugares que fazem dela a sua realidade. Locais como a Adega Velha, em Mourão, o Solar Bragançano, em Bragança, o Zé Manel dos Ossos, em Coimbra, ou o Café Correia, em Vila do Bispo. São estes sítios, únicos no mundo, únicos em Portugal, que deverão ser showcased como vivências gastronómicas para inspirar visitantes a viajar em Portugal pela sua gastronomia. Muito para além de uma tremenda profundidade de sabor que é feita em lugares como estes, há alma, há caráter, há autenticidade, há orgulho e há muitas histórias para contar – escritas e visuais. Basicamente, há Portugal não processado nestes lugares! O livro pretende ser uma vitrina para o sentimento português de dizer “eu amo-te” através da gastronomia. É uma viagem através de um Portugal gastronómico fidedigno às suas origens, orgulhoso da sua identidade e herança culinária, onde se contam histórias sobre os pratos, os locais, os restaurantes, as tascas, as terras, os produtores, os pescadores, os agricultores, os cozinheiros que diariamente se dedicam a fazer, a dar tangibilidade a esta realidade.
<\/p><\/blockquote>Bahrain
A viagem de duas semanas pelo Bahrain foi a primeira viagem a convite depois de ter ganho o prémio de Melhor Travel Blogger Europeu. O Bahrain é uma pequena ilha no golfo pérsico, mais ou menos do tamanho da região de lisboa, e nestas duas semanas tive hipótese de conhecer a cultura, as gentes, a terra e gastronomia de uma forma muito profunda. Fiquei completamente apaixonado pela cultura árabe, pela herança portuguesa nesta parte do mundo e pela maneira como este país encara o islamismo com uma certa leveza e naturalidade. O meu artigo que mostra o Bahrain como um pais Islâmico mas muito livre, foi um sucesso naquele país, contando com mais de 40 mil visitas no meu site, fora as interações nas redes sociais. É também o artigo mais comentado no meu blog.
<\/p><\/blockquote>Varanassi, Índia
Já tinha ouvido muitos viajantes amigos dizerem que a Índia é o país mais intenso do mundo para se viajar, mas foi quando aterrei em Delhi que essa realidade me esmagou por completo. Da grandeza de Delhi, dos seus mercados de especiarias, da herança Mogul e de uma população de ratos maior do que pessoas (Delhi tem 20 milhões de pessoas), passei por Jaipur, Agra, Varanassi e viajei por todo o estado de Kerala no sul da Índia. Posso afirmar, sem ser comedido que, Varanássi é, até agora, a experiencia de viagem mais extrema que já alguma vez vivi. É uma cidade santa para o hinduísmo, onde os templos ao deus Shiva (o destruidor) são mais de 3000. Aqui toda a cultura da cidade vive à volta da morte e das cremações diárias nas margens do rio Ganges. Conseguir traduzir toda esta experiencia em palavras é algo que é extremamente difícil fazer, pois o uso de superlativos não chegaria para dar o sentido de estar que é viajar pela Índia. A única coisa que escrevi foi tentar definir a Índia através de uma frase com 500 palavras.
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