Formado em Engenharia de Som pela Universidade de Kingston, em Londres, fez parte do primeiro movimento eletrónico do País quando a house music deu os primeiros passos.
Editou para a conceituada Tribal América e para a Kaos nos anos 90. Foi o início de uma era, feita de fusões e cumplicidades químicas, de vanguarda e audácia. Em 1992, fundou o estúdio Som de Lisboa, com André Roquette.
Enquanto Tó Ricciardi se dedicava aos desafios de produção sonora no estúdio, traçava paralelamente um caminho de DJ, e é assim que muitos o conhecem, como o nome que já correu vários clubes nacionais (Indústria, Lux-Frágil ou Alcântara-Mar, Locomia e Plateau, noutros tempos) e clubes internacionais (o 93 Feet East, em Londres; o Club Europa, em Paris; o The Room, em Madrid; o Sugar Club, em Toronto; ou o Disco, em São Paulo), além de todos os festivais que nos últimos anos têm acontecido em Portugal.
Em 1999, formou a Nylon Discographics, com Pedro Passos e André Roquette, mais um passo de gigante para a história da música de dança. Foi daqui que saíram produções como Precyz, Type, Shrimp, Space Boys, Loopless, Cyz, Azóia ou Mr. Spock.
Ao lado de Miguel Guia, com quem produziu ‘Shelter Av.’, continuou o seu trabalho na área da música e produção de som. Como DJ, caracteriza-se por um ecletismo e por um profundo conhecimento de todas as áreas de música de dança.
Faz parte de uma Lisboa em movimento. Sonha com uma cidade ainda mais cosmopolita e faz por isso. O som é o seu contributo, a música é o seu caminho…
Em 2013 abre o Station… e o círculo está fechado (Estúdio-Editora-Clube). Remisturou artistas (Tosca, Madredeus, António Variações, Red Hot & Lisbon, Bala, Coldfinger) e editou para editoras como Studio k7, G-Stone, Om-Rcords, Sony-Records, Emi, Mole Listening Pearls, Wagram.
Mini Bio:
Agnes Obel
Descobri a Agnes Obel quando procurava música nova na Fnac (les Halles), em Paris, provavelmente a única loja de discos que ainda tem uma seleção de discos como antigamente. No posto de escuta estava o seu primeiro disco (‘Riverside’) – não passei da primeira faixa. Ouvi o álbum vezes sem conta. Foi a banda sonora que escolhi no dia em que morreu o meu pai.
Cervejaria Ramiro
Quando ando deprimido, recorro ao marisco para alterar o meu estado de espírito. O Ramiro é sem qualquer dúvida o melhor restaurante do género em Lisboa e arredores. Durante vários anos tive o meu estúdio (Som de Lisboa) na Mouraria, muito perto da Almirante Reis. Quando entrava um trabalho que justificasse um festejo, ia a correr para o Ramiro.
Groove
Numa das minhas pesquisas net adentro, tentando encontrar uma capa decente para o meu iPad, descobri em Seattle uma verdadeira joia. Capas para iPad/iPhone feitas de bambu ou com aparas de restos de tábuas de skate recicladas por um grupo de teenagers com um sentido estético e ergonómico muito acima da média. O pior são as altíssimas taxas cobradas à entrada.
Perfume Zadig & Voltaire
Uma das minhas lojas de roupa preferidas quando procuro algo para vestir. De todas as vezes que me dirigi à caixa para pagamento, tinha ao lado os perfumes para testing, e levei sempre comigo no bolso uma tira para ir cheirando ao longo do dia. Desta vez comprei.
New York
A cidade que nunca dorme. De todas as vezes que fui a Nova Iorque, nunca de lá vim indiferente. De cada vez, tive uma experiência nova. Uma dessas vezes, entrei numa das melhores lojas de discos (ainda aberta nessa altura) chamada Other Music, por volta das 2h da manhã para dar uma vista de olhos na seleção musical… Saí de lá a correr para ir ver os Grand Master Flash ao vivo e de seguida um set de Dj com o David Holmes, muito antes de ele andar a fazer os soundtracks para os Oceans. Tudo informações de última hora e fora de horas.
Station
Finalmente… ufff. Ao fim de quase seis anos consegui finalmente abrir o Station (restaurante/bar/club) que tanto trabalho e dor de cabeça me deu. Fazer negócios em Portugal não é fácil, com tantas burocracias e entraves. Houve muitos problemas por resolver, pensei por várias vezes em desistir. Por fim, acho que valeu a pena. A cidade ganhou mais uma alternativa às muitas e boas já existentes… Mais um espaço para a conta de uma das cidades mais visitadas da Europa.
Família
Não sei se será por ter uma costela italiana, mas a família é realmente muito importante para mim. São eles que me dão segurança e me agarram à terra. São eles que me fazem pensar no futuro, que me fazem crescer, e melhorar como ser humano.