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Ana Bá: ao ritmo da música eletrónica

A única bailarina portuguesa de música eletrónica posou para o editorial de moda da LuxWoman, já nas bancas, que antecipa o calor do verão

Sem conseguir resumir a sua dança num só estilo, afirmando que é uma mistura de vários,  Ana Bá – nome artístico de Ana Batista – é a única bailarina portuguesa de música eletrónica a representar o país lá fora. Uma apaixonada por este género musical, da carreira fazem parte atuações com artistas, como Marco Carola, Joseph Capriati, Nina Kraviz, Fisher, Pawsa e Martinez Brothers. Atualmente, é bailarina oficial das festas Paradise, que acontecerá na discoteca Universe, e Metamorfosi, que acontece na discoteca Hi Ibiza às sexta-feiras. Numa conversa intimista, abriu-nos as portas desta indústria pouco falada.

Quem é Ana Batista? 

A Ana é uma pessoa sensível, não gosta de chamar a atenção. Adora a tranquilidade do lar. Tem uma grande paixão pela dança e um fascínio pela Arte no geral. Tem pânico de multidões, quando não estou a vestir a capa de performer. Não gosta de música alta – engraçado, eu sei. Adora uma vida de gato: comer e dormir no sossego.

No mundo artístico é conhecida como Ana Bá. Porquê um nome artístico?

Neste meio todos elegemos um nome pelo qual somos conhecidos. Pode ser um apelido ou uma alcunha que escolhemos ou nos foi dada por alguém. No meu caso, foram as minhas amigas do secundário que me apelidaram de Ana Bá e esse nome ficou até hoje. Decidi, então, usá-lo como nome artístico.

O que tem a Ana Bá que a Ana Batista não tem?

A Ana Bá é muito confiante. É  fierce, destemida, tem garra, vive para o spotlight. Já a Ana gosta de uma vida de Buddha, como costumo dizer, sem chamar a atenção e sem grandes ruídos.

Como começou o seu percurso na dança?

Comecei numa crew de hip hop aos 15 anos, onde permaneci dois anos. Aos 21 comecei a trabalhar como bailarina.

E na indústria da dança de música eletrónica? Como veio aqui parar?

Aos 22 chamaram-me para dançar no Carlsberg Festival com o Armin Van buren. Passados dois anos fui chamada para fazer a tenda eletrónica no Rock in Rio Lisboa, onde dancei com o Carl Cox. Porém, foi quando me mudei para Londres, que evolui. Comecei a dançar em discotecas como a Studio 338 e a Ministry of Sound. Através da minha agente de Londres, que me informou do casting para o Amnesia, comecei a minha jornada em Ibiza e a fazer desta arte vida.

É a única bailarina portuguesa de música eletrónica?

Há outros bailarinos portugueses à volta do mundo, mas eu sou a única neste momento a dançar música electrónica em diferentes países.

Quais são os requisitos para se ser um bom bailarino de música eletrónica?

A paixão pela música eletrónica, a garra e nunca sorrir, são detalhes que nos distinguem dos outros estilos de dança. E, por detrás das cortinas, é importante a pontualidade e a ética. O ser bom colega é essencial também para a construção de um bom bailarino.

Como são feitas as coreografias ?

Normalmente, é estilo livre. Temos 4 sets de 15 minutos, chegamos subimos ao pódio e sabemos todos que temos de começar quando vem a parte forte da música. Uma vez uma senhora perguntou-me como sabíamos quando começar e eu expliquei-lhe que tínhamos de estar atentos ao aumento do ritmo da música.

Atualmente em Ibiza. É lá que mora ?

Passo a maior parte do ano em Ibiza. Depois divido o meu tempo entre Miami e Londres, durante o inverno. Além disso, quando posso, venho a Portugal para rever a família e os amigos.

Onde a podemos ver atuar ?

Neste momento, ainda à espera da confirmação de outros contratos, estarei a dançar na discoteca Universe com a festa Paradise de Jamie Jones e no Hi Ibiza para a festa Metamorfosi de joseph capriati. Durante o inverno podem ver-me a atuar no Space Miami.

Esta é ainda uma indústria pouco falada em Portugal ?

Sim, mas já se começa a falar mais. Porém, não há investimento. Já se vê apostarem em trazer grandes Djs, mas acho que precisam de uma formação para esta área.

Sente que se não tivesse ido para Londres, e tivesse ficado por cá, não teria conseguido vingar na área?

Com certeza. Aperfeiçoei muito o meu estilo trabalhando com colegas profissionais da área, fazendo cursos e aulas. Além disso, a minha agência de Londres tem ligação direta com Ibiza.

O que tem de ser feito para mudar esta realidade ?

Uma formação sobre como dançar música eletrónica. Por parte das festas, tem de haver um investimento, nos bailarinos, no vestuário e nos pódios para dançar.

Como podem os portugueses ter mais contacto com esta arte ?

Neste momento, indo a discotecas fora do país. Até para verem a dimensão desta arte.

A moda sempre foi importante para si ?

De certa maneira sim, o nosso estilo transmite também a nossa personalidade.

Costuma estar atenta às tendências? Ou não liga muito ?

Gosto de saber quais são as tendências, mas tenho de gostar para as usar. Não vou usar só porque é tendência.

Como foi interpretar este editorial de moda ?

Foi bastante leve e divertido. Foi algo diferente, normalmente estou mais habituada a que me gravem a dançar.

É algo que gosta de fazer ?

Sim, voltaria a fazer. Gostei muito.

O que está ainda por conquistar ?

Gostava de fazer uma tour com algum dj no futuro e gostava de dar uma formação em Portugal para que se comece a ter mais contacto com esta Arte.

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