“Uma cozinha de mercado”, é assim que o chefe Vítor Dias descreve a cozinha do restaurante que gere, o Arcadas, na Quinta das Lágrimas, em Coimbra. O Arcadas é, acima de tudo, um restaurante onde encontra produtos frescos e tradicionais, da região, assim como plantas e ervas biológicas, produzidas na própria quinta. Tudo, recriado depois em receitas pelas mãos do chefe Vítor Dias, cujo sabor se reflete único.
Conheça as inspirações da carta de inverno.
A inspiração para as entradas e sopas:
A foz do Mondego, o rio que passa a pouco mais de 200 metros da
Quinta das Lágrimas, é um ecossistema muito rico, onde o chefe Vítor Dias vai buscar os ingredientes para a sua cozinha.
A Bairrada, uma região de vincadas tradições gastronómicas, situada às portas de Coimbra, é outra das inspirações do chefe.
No pomar, na horta e nos canteiros de ervas aromáticas da Quinta das Lágrimas, o chefe Vítor Dias encontra a inspiração para criar um novo prato a cada dia, feito exclusivamente com produtos orgânicos que a Natureza proporciona.
A oeste de Coimbra situa-se o conjunto montanhoso da Lousã e Rabaçal, uma zona que ainda vive ao ritmo de outros tempos e onde se produzem ingredientes autóctones de grande qualidade, como o queijo do Rabaçal e carnes de animais selvagens que vivem em zonas remotas de montanha. É aqui que o chefe vem, igualmente, buscar inspiração para a carta de inverno.
A cidade portuária da Figueira da Foz é outro dos lugares inspiracionais, uma cidade portuária, com uma tradição milenar de pesca. É à sua lota que o chefe vai buscar muito do peixe e marisco para o Restaurante Arcadas, no que toca às entradas e sopas.
A inspiração para os peixes e as carnes:
Os ingredientes para os pratos de peixe e carne são levados da Gândara, a faixa litoral entre a foz do Mondego e a do Vouga, onde ainda se pratica agricultura, pesca e salinicultura de forma tradicional. É aí, aliás, que o chefe Vítor Dias vive, na Tocha, e esse terroir genuíno e natural que inspira fortemente a sua cozinha.
E falar em peixe sem falar em bacalhau é quase pecado! Portugal é sinónimo de bacalhau. A Figueira da Foz é terra de bacalhoeiros e de indústrias de seca de bacalhau. Na versão do chefe Vítor Dias, o bacalhau surge com uma mistura de um feijão raro que apenas existe na zona de Coimbra.
Ainda sobre o peixe, falemos sobre a Arte Xávega, um tipo de arte que consiste num método de pesca artesanal de arrasto feito desde a costa com o
recurso a bois de carga, que ainda hoje se pratica nas praias de Mira e Torreira. Para homenagear essa tradição em vias de extinção, o chefe criou um prato que usa o robalo pescado nestas águas.
Falemos agora sobre a carne… Era na margem sul do Mondego, na atual Quinta das Lágrimas, que Dom Pedro vinha caçar, atividade que tinha como grande paixão. Nessa época, estes campos e bosques eram ricos em faisões e também em amoras e cogumelos, que guarnecem agora um prato que o chefe dedica ao príncipe das Lágrimas.
A inspiração para as sobremesas:
O coração de Inês de Castro estará para sempre ligado à Quinta das Lágrimas, onde deu as suas últimas batidas, antes de falecer às mãos dos seus assassinos. No Arcadas, o coração evoca essa que é a maior fonte de inspiração.
A Quinta das Lágrimas é um local de fantasia, onde lendas antigas se misturam com a História. A sobremesa ‘Floresta Doce’ celebra esse mundo mágico que se abre para lá das portas do Arcadas e que convida à descoberta, num passeio a qualquer hora do dia ou da noite…
Morada: Rua António Augusto Gonçalves, Coimbra
Tel.: 239 802 380