As escolhas de Pedro Rolo Duarte, autor do blogue pedroroloduarte.blogs.sapo.pt

Já fez de tudo na vida, e há 30 anos que Pedro Rolo Duarte é jornalista. Passou por todos os meios de difusão, dos jornais à radio e à televisão. Deu aulas e escreve livros. A sua opinião é uma opinião que interessa. E foi depois de, na sequência da sua saída do DN, ter ficado sem espaço para a sua opinião num jornal, que foi desafiado por Maria José Nogueira, do Sapo. Um blogue pareceu uma boa alternativa e, ao fim de seis anos, o balanço confirma-o.

Tem como hobbies cozinhar, ver cinema, viajar e fazer praia, mas se espreitarmos um dos posts mais recentes do seu blogue, podemos descobrir um hobby mais sui generis:

Adoro assistir a casamentos para os quais não fui convidado. Ou seja: passar por uma igreja, de jeans e ténis, e perceber que está a decorrer um casamento. Entrar. Observar. E depois ir à minha vida, sem transpirar com o fato e a gravata, sem me sujeitar à boda de três pratos e seis horas, seguindo direto para a praia ou para o cinema.

Mini Bio

Não sei se é politicamente correto dizê-lo, mas acho sinceramente que o melhor da vida se encontra à mesa, no quarto ou junto ao mar. Não me perguntem porquê.

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Comecemos pela mesa.

Nos tempos em que o dinheiro não era problema, eu dizia que os melhores restaurantes onde tinha jantado tinham sido o Nobu (em Londres, onde há um bacalhau negro agridoce de cortar a respiração), e a Colombe D’Or, em Saint Paul de Vence (perto de Nice e de Cannes).

Agora, que o dinheiro acabou, confesso que não dispenso as sardinhas do Pátio 13, em Alfama, ou o bitoque perfeito do restaurante (cujo nome nem sei… – mais tarde descoberto: O Cantinho de Alvalade) junto aos Bombeiros de Alvalade (na Avenida Rio de Janeiro). Claro que o confit de pato da Velha Gruta, o bacalhau fresco da Bica do Sapato, os peixinhos da horta (e todos os fritos!) do Pap’Açorda, e o sushi e o sashimi da Confraria e do Estado Líquido me seduzem sempre que posso.

Mas sou flexível: gosto dos hambúrgueres do Honorato, ou do Cais da Pedra, gosto das pizzas do Lucca, gosto de um H3 de vez em quando. Como canta Caetano Veloso, sou um homem comum.

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Passemos ao quarto.

Gosto de hotéis – não vou sugerir nenhum, mas recomendo hotéis onde não haja limites ao número de almofadas na cama e onde as camas de casal tenham pelo menos dois metros de largura, ou seja, hotéis onde se privilegie o prazer da cama, seja pelo amor, seja pelo sono.

Senti esse privilégio e esse investimento num hotel da cadeia brasileira Fasano, e num pequeno hotel francês, em Villefranche-sur-Mer, cujo nome não me ocorre.

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Por fim, o mar.

As praias da costa alentejana, a começar na Comporta e a terminar no Carvalhal da Zambujeira do Mar, são as melhores de Portugal. Para mim, a eleita das eleitas é a Aberta Nova, junto a Melides.

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Completaria esta lista com três imagens:

O pôr do sol no deserto de Marrocos.

Uma feira de rua de Natal em Salzburgo.

O Dia das Flores (que por acaso é 25 de abril…) em Barcelona.

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Guia de moradas:

O Cantinho de Alvalade

Rua Ricardo Jorge, 19, junto ao Bombeiros de Alvalade, Lisboa

Pátio 13

Calçadinha de Santo Estêvão, 13, Lisboa

Tel. 218 882 325

A Velha Gruta

Rua da Horta Seca, 1 B

Lisboa

Tel. 213 424 379