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Carmen Souza: De Corpo e Alma…

Um cunho pessoal, uma entrega que busca, na alma, aquilo que lhe passa pelo corpo. O canto das origens que tem no sentimento a arma perfeita para deixar sair canções… ‘Port’ Inglês’ é o novo trabalho de Carmen Souza, a cantora de origem cabo-verdiana, aclamada pela crítica internacional.

No novo trabalho, conta as histórias das marcas deixadas na cultura cabo-verdiana, pela presença britânica. Porquê um trabalho sobre esta temática?

Este trabalho surgiu de uma pesquisa que fiz para a minha tese final de mestrado em Etnomusicologia, em Londres, na Goldsmiths University. E foi uma temática que desde logo despertou o meu interesse, porque eu não sabia desta presença inglesa e, ainda por cima, foi uma presença de mais de um século. Então, este trabalho acabou por se tornar numa pesquisa de cunho pessoal e foi muito esclarecedora e enriquecedora. Este álbum foi composto como se fosse uma suite musical: tem vários momentos e movimentos musicais que contam histórias do passado entre estas duas culturas. O objetivo deste álbum é dar a conhecer este encontro cultural, mas, também, construir pontes de diálogo e de reconhecimento das marcas deixadas por esta interação cultural e a riqueza que este momento nos deixou, apesar do tempo conflituoso e conturbado da colonização.

O que sente neste novo disco? É uma mescla de sonoridades?

Sim, é uma mescla de sonoridades britânicas e cabo-verdianas, com música de improvisação e o jazz. Inspirei-me, tanto na morna, no batuque e no funaná, como no folk britânico, como nos contos ingleses do mar comuns das culturas insulares.

Queria algo deste género?

A minha música já é, por si, uma música de variadas influências, bebo, sempre, das minhas referências tradicionais da música cabo-verdiana e lusófona, e do jazz, também. A particularidade, aqui, é que fui, também, beber um pouco da sonoridade da música britânica, que é caraterizada, sempre, por instrumentos de cordas, como as guitarras e as flautas. Quando surgiu esta temática, esta sonoridade mesclada foi algo que tinha em mente. A minha ideia inicial era de arranjar temas já existentes, possivelmente de artistas cabo-verdianos que expressassem esta presença inglesa em Cabo Verde. Mas, depois, ao encontrar tantas histórias interessantes, fez todo um sentido, para mim….

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