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Ciência do Beijo

A palavra ‘beijo’ vem do latim ‘basium’ e significa toque nos lábios. Desde sempre foi utilizado das mais variadas formas e em todo o lado. Na antiga Mesopotâmia era costume enviar beijos aos deuses. No séc. XV, por exemplo, os nobres franceses podiam beijar qualquer mulher e os italianos eram obrigados a casar-se se fossem vistos a beijar em público.

Entre amigos ou família, o beijo é como um cumprimento ou um gesto de afeto. E entre amantes e apaixonados é visto como uma prova de paixão.

A sensação de tensão que se sente antes do ato de beijar, as mãos suadas, os lábios hesitantes, o coração acelerado… Beijamos porque queremos, porque gostamos, porque é bom e para nos rendermos ao outro. E deixamo-nos levar pelos impulsos românticos.

Mas o fenómeno do beijo é muito mais complexo do que a união de duas bocas. Por detrás de cada gesto de afeto existe um labirinto de reações orgânicas. E por isso mesmo foi criada a filematologia, a ciência que estuda o beijo e as suas funções.

Os lábios são a zona erógena mais exposta do corpo humano. Um simples toque pode libertar uma série de informações ao cérebro, que ajudam a decidir se queremos continuar com um beijo ou não.

O beijo é um dos atos mais importantes na vida de um casal. Um dos gestos mais significativos da sexualidade que pode mesmo ter o poder de definir o avanço de uma relação. Beijar está, assim, ligado ao processo de escolha de um parceiro. Inconscientemente, são trocadas informações que levam à perceção de qual o grau de compromisso.

Os homens preferem beijos mais molhados e com mais contacto de língua, e isto porque a saliva masculina contém grandes quantidades de testosterona, que pode influenciar a libido da mulher.

E porque homens e mulheres não são iguais, também quando se fala em beijos há discrepâncias. Os homens (não todos, claro) utilizam o beijo como um meio para atingir um fim (envolvimento sexual), enquanto as mulheres têm tendência para utilizar o beijo para perceber qual o grau de compromisso.

A ciência apresenta ainda outros factos curiosos: o ato de beijar faz o ser humano movimentar-se, segundo a Dra. Martine Mourier, da Faculdade de Bobigny, em França, que dedicou 200 páginas da sua tese de doutoramento aos efeitos do beijo, 17 músculos num beijo carinhoso. E um beijo mais apaixonado exige ainda mais do corpo, com 29 músculos a serem utilizados ao mesmo tempo (12 dos lábios e 17 da língua). A pressão sobre o corpo do outro pode chegar aos 12 kg, os batimentos cardíacos atingem os 150 por minuto e são trocados cerca de 250 tipos de bactérias.

Não se assuste. As bactérias transmitidas acabam de alguma forma por se tornar benéficas, ao reforçarem o sistema imunitário, fazendo com que a pessoa crie uma espécie de defesa.

E melhor ainda é que o beijo pode ajudar no combate à depressão, sendo considerado um calmante natural. Com um beijo baixam-se os níveis de cortisol, uma hormona que responde ao stress do organismo.

Um beijo não é somente um beijo: é um estímulo e não pode ser esquecido. E por mais que a ciência diga bem ou mal, beijar é sobretudo um ato de prazer.

Quer goste de beijos lentos ou fugidios, inesquecíveis ou surpreendentes, ousados ou mais tímidos, nunca deixe de beijar.

Imagem de destaque Pr Shots, River Island

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