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‘Corpolítica’ estreia hoje no Festival Queer Lisboa

Distribuído pela Vitrine Filmes, estreia hoje a nível mundial o documentário “Corpolítica” de Pedro Henrique França e Marco Pigossi com a coprodução da ACME. Foi selecionado no Chicago Indie Awards, nos Estados Unidos, e concorre ao prémio de melhor documentário no Festival Queer Lisboa.

Foi a partir de um recorde de candidaturas LGBTQIA + para as câmaras municipais no Brasil, nas eleições de 2020, que o diretor e roteirista Pedro Henrique França quis ir atrás do que motivava esse despertar político. Associou a sua produtora, Representa, à do amigo, ator e produtor executivo, Marco Pigossi, e começou às vésperas daquela atípica eleição o documentário independente “Corpolítica”.

Pedro Henrique França e Marco Pigossi

Marco Pigossi e Pedro Henrique França

Em 102 minutos, o documentário acompanha as eleições de 2020 e debate a representatividade LGBTQIA+ através de imagens de arquivo, entrevistas com pessoas de diferentes opiniões políticas, ativistas e especialistas, todos LGBTQIA+.Um filme tem o poder de tocar, humanizar e fazer refletir. E esse documentário mobilizou-me desde o início pelo objetivo de cumprir esses requisitos, sobretudo de humanizar esses corpos, muitas vezes violentados por mentiras, difamações e uma falsa e violenta ideia de pecado, e trazer pro debate a importância que temos de nos posicionarmos e ocuparmos esses lugares“, afirma o produtor Marco Pigossi. 

Queremos que este filme provoque também as famílias, que por algum motivo tenham medo, como a mãe de uma das personagens afirma no filme, a compreender que essa relação deve ser baseada sempre no amor e no acolhimento“, complementa o produtor.

Para o diretor Pedro Henrique França, o documentário tenta entender o porquê da comunidade LGBTQIA+ ser tão pouco representada na política. “Tentámos entender o que despertou esses corpos num momento político desfavorável à suas existência, de uma escalada autoritária, conservadora e preconceituosa no Brasil. E como a baixa participação desses corpos na política estão intrinsecamente relacionados aos índices que colocam o Brasil como o país mais violento para LGBTQIA+ no mundo“, afirma o diretor.

Para o diretor, o documentário traz a importância de discutir a presença destas pessoas nas estruturas de poder. “Nenhuma lei, das poucas e muito recentes leis de proteção e direitos à população LGBTQIA+, saiu do Congresso Nacional. Tudo o que tivemos, veio do Judiciário por omissão do legislativo. Representamos hoje apenas 0,16% dos cargos eletivos brasileiros. ‘Corpolítica’ quer trazer esse debate para a sociedade, despertar novos corpos a entenderem que é a partir da política que faremos as mudanças necessárias e fazer um chamamento à diversidade na prática, para além do discurso“.

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