Apesar de ser ainda muito jovem, Diana Martinez revela já maturidade como artista, não tivesse começado a acompanhar o pai em espetáculos com apenas seis anos.
Na realidade, o seu sonho sempre foi que um dia as músicas que compunha na sua cabeça, onde tecia todas as linhas melódicas e harmónicas, fossem ouvidas. Com o apoio de João André, músico e produtor, encontrou a visão e o conceito para Diana Martinez & The Crib, cuja sonoridade reflete a sua verdadeira paixão: o R&B, o Soul e o Hip Hop.
A formação, partilhada entre a Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto, a Faculdade de Letras da Universidade do Porto e o Complete Vocal Institute, de Catherine Sandolin, em Copenhaga, ajuda a consolidar o seu percurso na indústria musical.
Apesar de muito jovem, Diana Martinez já colaborou com Expensive Soul, Pedro Abrunhosa, Valete, We Trust e Souls of Fire.
Depois dos sucessos ‘That’s Just How We Do It’ e ‘Reverie’, o terceiro single ‘Put Your Love In Me’ une o amor de Diana Martinez e The Black Mamba. O tema conta com a voz de Pedro Tatanka e anuncia o álbum de estreia da jovem artista para 2017.
Mini Bio
Nome: Diana Martínez
Idade: 26 anos
Naturalidade: Vila Nova de Gaia
Presença online: Instagram | Facebook | Youtube
Lema
“Um relógio avariado bate sempre certo duas vezes por dia.” É dos meus dizeres preferidos. Ajuda-me a aceitar a diferença e os imprevistos, e que nem tudo está sempre completamente perdido. Quando penso desta forma, evito ataques de ansiedade ou desilusões profundas. Perspetiva é tudo na vida, certo?
Objetos: Ipad e headphones
O iPad veio facilitar a minha vida de tal forma que nunca saio de casa sem ele. Desde que o tenho que deixei praticamente de usar papel: na faculdade escrevia a matéria no Pages e tinha todos os textos e livros em formato digital. Também me possibilita, graças ao Garage Band, compor em qualquer altura e em qualquer lado. Penso que a minha produtividade aumentou imenso graças a isso. Aliado ao iPad, convém andar sempre com os meus headphones de eleição, da Focal. Uma vez que estou SEMPRE a ouvir música, convém que seja com a maior qualidade possível.
Livro: ‘To Kill a Mockingbird’, de Harper Lee
Estudei Cultura e Literatura norte-americanas na FLUP. Americanófila como sou, era claramente a minha área de estudos favorita… li imenso sobre os Estados Unidos, mas curiosamente esta obra, não fazia parte do currículo. Decidi lê-la este verão e apaixonei-me, sugou-me completamente para aquele mundo. Aprendi imenso sobre História, Cultura, Justiça e Humanidade. Superútil para entender a comunidade afro-americana dentro do tecido conceptual dos EUA e as tensões raciais dos recentes anos.
Série de TV: ‘Will And Grace’
Bem sei que já tem alguns anos, mas esta série é daquelas que vejo repetidamente e não perde a piada. Para além do elenco brutal, é das ‘sitcoms’ mais interessantes e bem escritas de sempre; as questões de género e de orientação sexual a que deu visibilidade, no contexto de uma Nova Iorque rica e privilegiada, continua relevante nos dias de hoje.
Lugar: Faculdade de Letras da Universidade do Porto (Campo Alegre)
Foi aqui que me formei, em muitos sentidos da palavra. Apesar de ser um edifício polémico (é comparado a uma arena de touros), gosto da distribuição do espaço, das duas torres, das escadas de passagens e do jardim. O ex-libris é a nossa grande biblioteca e a vista para o Douro.
Blog: ‘Trash is for Tossers’, de Lauren Singer
Descobri a autora deste blog há cerca de dois anos, numa reportagem do canal MSNBC. Lá, Lauren Singer conta a sua experiência dentro de uma nova filosofia de vida ecológica e sustentável, que consiste em viver ‘zero waste’, ou seja, não produzindo lixo. Fiquei fascinada com tudo isto, porque embora tenha tido uma educação sensível a estas questões, foi a primeira vez que percebi que a sustentabilidade podia ter tantos contornos. As dicas da Lauren são inteligentes e úteis: como fazer compras de forma sustentável evitando o plástico e levando os nossos próprios sacos, fazer pasta dos dentes ou manteiga corporal hidratante em casa com apenas três ingredientes, entre muitas outras. Claro que é muito difícil viver uma vida sem produzir lixo como a autora, cujo lixo acumulado num ano cabe num pequeno boião de vidro. O mais importante para mim é ir dando pequenos passos que reduzam cada vez mais a minha pegada ecológica.
Loja: UR, Porto
Dentro da filosofia de um estilo de vida sustentável, o primeiro hábito que alterei foi a compra de vestuário. Antes das lojas vintage, já gostava de receber roupa de amigas, coisas que elas já não usavam/gostavam e eu retribuía. As lojas vintage e em segunda mão vieram oficializar esse movimento, melhorando-o! Na UR Vintage Store (Rua do Bonjardim, 540, Porto), em particular, a oferta é cada vez maior: peças únicas e originais (URbrand), as roupas estão em bom estado e o gosto da Senra é irrepreensível. É um ótimo local para ir com amigas!
Rotina: acordar cedo
É de manhã que me sinto mais feliz e em paz. Acordo por norma muito bem-disposta e costumo ter muita energia, por isso tento acordar bem cedo sempre que posso. Isto é por vezes complicado na minha profissão e exige que eu o encare quase como uma atitude filosófica.
Especiaria: canela
Este foi, curiosamente, um gosto adquirido. Lembro-me de recusar canela a minha vida toda, e de há uns anos para cá provar e adorar! A canela é muito versátil, a cor e o aroma seduzem-me; o paladar é reconfortante, ativa-me os sentidos. Esta minha escolha, no meio de tantos outros sabores que me são igualmente prazerosos, reflete o esforço que tive que fazer para descobrir algo novo e benéfico na minha vida, lutando contra aquele instinto inicial de se recusar uma coisa porque não se gosta/compreende a priori. E, afinal, a canela é doce, exótica e light!